Censura de hoje é pior que a censura do regime militar e afeta todo mundo

Tribuna da Internet | No Brasil, por motivação partidária rasteira, a esquerda apoia a censura

Charge do Nani (nanihumor.com)

J.R. Guzzo
Estadão

O mundo começa a saber, enfim, que existe censura no Brasil, que isso viola a Constituição brasileira e que o responsável direto por criar, impor e manter essa situação ilegal é o mais alto tribunal de justiça do país. A divulgação, por deputados da comissão judiciária da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, de que o STF praticou pelo menos 88 atos de censura, envolvendo 400 usuários, não vai mudar a sua conduta.

Se os ministros não respeitam as leis do seu próprio país, por que iriam se incomodar com as leis dos Estados Unidos? Mas, a partir de agora, não vão poder mais contar com o conforto de fazer o que fazem e se exibir como marechais-de-campo da democracia em Nova York, Lisboa ou Paris.

TODOS SABEM – O Brasil inteiro já sabe, há anos, que há censura nas redes sociais, e que cidadãos são presos, multados, levados para depor na polícia, têm as suas contas bancárias bloqueadas e os seus celulares confiscados por dizerem o que pensam – enfim, o cardápio quase completo dos Estados policiais.

Mas não podem fazer nada para se defender do STF. Estão sob a maldição oficial de serem “golpistas”, “fascistas”, malfeitores que querem destruir a “democracia” – e como tal, em nome dos mais elevados interesses da pátria, não têm direito à proteção da lei.

Não são informados das infrações que teriam cometido. Seus advogados não têm acesso às acusações. Não podem recorrer de nenhuma decisão. É tudo ilegal. Mas o juizado supremo diz que é tudo legal.

PIOR QUE A DITADURA – A censura no Brasil de hoje é pior do que a censura da ditadura militar. A repressão só perseguia, então, quem escrevia ou falava contra o governo, mesmo porque não existia rede social. Hoje persegue todo mundo, porque todo mundo pode falar através da internet – o grande mal do Século XXI, segundo o ministro Alexandre de Moraes.

O STF diz, naturalmente, que não há censura – tanto que o Estadão, por exemplo, está publicando este artigo. E daí? Há censura escancarada nas redes sociais.

Do ponto de vista da liberdade de expressão dá exatamente na mesma. A liberdade de pensar é direito de todos os cidadãos, e não apenas dos jornalistas. E a reação ao gesto da Câmara americana, até agora, foi uma tristeza.

É TUDO SECRETO – De um lado, o STF diz que foram divulgados “meros ofícios”, e não as suas “decisões fundamentadas”. Que fundamentos? É tudo secreto. Além disso, a questão não é a natureza técnica dos papéis publicados – é a censura.

De outro lado, há a obsessão de criminalizar Elon Musk, que detonou a história toda, o X, os deputados republicanos da Câmara, Donald Trump, a “conspiração da direita mundial”, os “golpistas”.

Só não se discute o essencial: a Suprema Corte brasileira está violando a lei.

De volta à política, Dirceu diz que Lula 3 é governo de “centro-direita”

Governo Lula é de centro-direita”, afirma José Dirceu - Fato 360

Dirceu já prepara a nova candidatura a deputado federal

Rafaela Ferreira
Estadão

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT), condenado pelo mensalão e na Lava Jato, disse, nesta segunda-feira, 22, que avalia o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como de um governo de “centro-direita”, durante Seminário Brasil Hoje, da Esfera Brasil.

“Não é um governo de centro-esquerda, não, é um governo de centro-direita. Eu falo isso e todo mundo fica indignado, às vezes, dentro do PT. O PP e parte do PL, de certa forma, estão na base do governo. Essa é a exigência do momento histórico e político que estamos vivendo”, afirmou.

BASE MAIS AMPLA – Após a repercussão, em nota à imprensa, a assessoria do também ex-deputado federal “esclareceu” que, na avaliação de Dirceu, o terceiro mandato de Lula é apoiado por “forças de direita”. Segundo a assessoria, a estratégia é para “consolidar uma maioria no Congresso e conquistar uma base social mais ampla, já foi externada inclusive em entrevistas do ex-ministro à imprensa”.

No evento, o ex-ministro ainda analisou a atual polarização política, que atribuiu a radicalização e ao “fundamentalismo religioso” propagado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante manifestações como a deste domingo, 21.

“Acredito que o Lula não optou pela polarização ou radicalização. Por que o Brasil está radicalizado, polarizado? Por causa do discurso que foi feito ontem no Rio de Janeiro, que é fundamentalismo religioso com ataque a democracia. E, ainda, chamando a direita internacional, a direita norte-americana, não só como do ex-presidente Trump, quanto do Musk.”

PROGRAMA DE DIREITA – Em seguida, Dirceu voltou a reforçar que o programa do governo Lula não é um “programa de esquerda”. “Qual é o desafio que o Brasil tem? Primeiro, o Brasil está virando um país de partidos políticos. Quem está puxando isso nem somos nós da esquerda, são os partidos de centro-direita que estão se constituindo, só não vê quem não quer.”

Com o mandato cassado, em 2005, por ser apontado como responsável por liderar o esquema de pagamento de propinas a parlamentares, o mensalão, o ex-ministro afirmou não descarta uma candidatura a deputado federal em 2026.

Após o evento da Esfera Brasil, o petista disse que voltar à Câmara dos Deputados é uma “questão de justiça”, além de que tomará decisão sobre ser candidato, juntamente com o PT, no segundo semestre do ano que vem.

FICHA LIMPA – Em 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-deputado a dez anos e dez meses de reclusão por formação de quadrilha e corrupção ativa.

A manifestação do Ministério Público Federal (MPF) que originou a sentença considerou Dirceu como o “chefe da quadrilha responsável pelo esquema de compra de apoio político.

Pela Lei da Ficha Limpa, Dirceu está inelegível e não pode tomar posse em cargos públicos.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
Enriquecido ilicitamente na corrupção e lavagem de dinheiro, Dirceu vive como um nababo, viajando pelo país para fazer política. Tem até “assessoria pessoal”, apesar de oficialmente viver com apenas uma aposentadoria do INSS (R$ 7.7826,00), que recebeu sem jamais ter trabalhado, e mais uma aposentadoria especial da Câmara, aprovada só para ele, que deve estar em R$ 12 mil. Agora, prepara-se para voltar à Câmara Federal. Só no Brasil, mesmo... (C.N.)

Lula acha (?) que Haddad tem que falar com Congresso ‘em vez de ler um livro’

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Charge do Benett (Folha)

Renato Machado e Idiana Tomazelli
Folha

O presidente Lula (PT) cobrou nesta segunda-feira (22) que seus ministros entrem mais em campo para ajudar na articulação com o Congresso Nacional, em um momento em que o governo vive crise com o Parlamento e sofre o risco de derrotas.

Lula pediu que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), seja “mais ágil”. Também pediu que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deixe de ler livro e passe mais tempo discutindo com parlamentares.

DISSE LULA – “Isso significa que o Alckmin tem que ser mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad, ao invés de ler um livro, tem que perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington [Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social], o Rui Costa [ministro da Casa Civil], passam maior parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B”, afirmou o presidente.

As declarações foram dadas durante cerimônia no Palácio do Planalto para o lançamento de programa de concessão de crédito a empresários e pessoas inscritas no CadÚnico, base de dados do governo federal para o pagamento de programas sociais.

À tarde, na porta do ministério, Haddad foi questionado por jornalistas sobre a cobrança que Lula por mais conversas do titular da Fazenda com parlamentares. “Só faço isso da vida”, afirmou o ministro.

PADILHA NA MIRA – A articulação política do governo vem sendo alvo de críticas no Congresso Nacional, embora conte com o respaldo do presidente Lula. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), chegou a afirmar que o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) era um “desafeto pessoal” e “incompetente”.

Padilha não chegou a ser citado pelo presidente em seu discurso, embora estivesse também presente. O ministro está na mira de Lira e do bloco centrão, pois é acusado de não honrar as promessas e compromissos feitos com os parlamentares.

Por isso, desde o início do ano, o chefe da Casa Civil, Rui Costa, também passou a ser o principal interlocutor de Lira dentro do Planalto e assumiu também a função de articulação política.

PENDURICALHO – Além da briga com Lira, o governo vive um momento delicado com o risco de avanço da pauta-bomba, que pode ter impacto bilionário para as contas públicas. O principal item é a PEC (proposta de emenda à Constituição) que turbina o salário de juízes e promotores, com custo anual de cerca de R$ 40 bilhões.

A proposta é patrocinada por Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. a quarta-feira (17), a proposta foi aprovada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e deve entrar na pauta de votações do plenário para as cinco sessões de discussão previstas em regimento.

A proposta altera a Constituição para garantir aumento de 5% do salário para as carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%. E a atuação jurídica anterior dos servidores públicos —na advocacia, por exemplo— poderá ser usada na contagem de tempo.

HOUVE EXTENSÃO – A PEC original tratava apenas de juízes e membros do Ministério Público, mas o relator, senador Eduardo Gomes (PL-TO), incluiu defensores públicos; membros da advocacia da União, dos estados e do Distrito Federal; e delegados da Polícia Federal.

Além disso, o Planalto pode sair derrotado com a derrubada de vetos presidenciais, em sessão inicialmente marcada para esta quarta (24). Um dos vetos que pode ser derrubado é referente ao corte de R$ 5,5 bilhões em emendas parlamentares de comissão.

O governo ainda pretende em breve enviar ao Congresso os projetos de lei para regulamentar a reforma tributária, que foi promulgada no fim do ano passado.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
É mais um escândalo de favorecimento indevido e ilegal da cúpula dos operadores do Direito e agora inclui também os delegados federais. Será que não percebem que o país não suporta esses benefícios adicionais. São pessoas egoístas, com coração de pedra, que só pensam em levar vantagem em tudo. Bolsonaristas nada falam, porque não podem desagradar os membros do Judiciário, e os lulistas também se calam, porque precisam do Judiciário para coonestar suas maracutaias. Quanto ao livro de Haddad, o presidente Lula está claramente desequilibrado e só abre a boca para dizer asneiras. E ainda quer ser reeleito. (C.N.)

Justiça australiana manda X suspender imagens de bispo esfaqueado em igreja

Bispo esfaqueado de Sydney diz que perdoa agressor e fala sobre estado de  saúde: 'estou bem, me recuperando'

Bispo Emmanuel foi ferido e já perdou seu jovem agressor

Deu no Poder360

O Tribunal Federal em Sydney acatou nesta 2ª feira (22.abr.2024) pedido e suspendeu vídeos no X (ex-Twitter) que mostrem o bispo Mar Mari Emmanuel sendo esfaqueado até a quarta-feira (24.abr). O episódio se deu Igreja Ortodoxa Christ the Good Shepherd em 15 de abril. A decisão é do juiz Geoffrey Kennett.

A eSafety (Comissão de Segurança Eletrônica da Austrália, em português) solicitou o bloqueio mundial do conteúdo, que já havia sido omitido em território australiano. O país foi o primeiro a criar uma agência para proteção de cidadãos na internet. As informações são da agência internacional de notícias AFP.

EQUIPE DO X PROTESTANo sábado (20.abr), o escritório de Assuntos Governamentais Globais do X definiu o pedido da comissão como “abordagem ilegal”.

Os representantes da rede social afirmaram ainda que pretendem contestar o governo australiano na Justiça. O dono da rede social, Elon Musk, disse:

“É absurdo que qualquer país tente censurar o mundo inteiro”. Musk ainda afirmou que o governo australiano pratica “censura” e definiu a rede social como um espaço para a “verdade” e “liberdade de discurso”.

DISSE O PREMIEREm entrevista a jornalistas, o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, criticou a plataforma.

“Acho extraordinário que X tenha optado por não obedecer e esteja tentando defender seu caso”, afirmou.

Albanese negou que a questão seja sobre restringir a liberdade de expressão. Caso a plataforma opte por não banir o conteúdo mundialmente, a Comissão de Segurança Eletrônica pode multar o X em até US$ 785.000 por dia.

O ATENTADONa segunda-feira (15.abr), um adolescente de 16 anos invadiu uma igreja e atacou o bispo e o padre Isaac Royel com facadas.

O ato se deu na Igreja Ortodoxa Christ the Good Shepherd, localizada nos subúrbios de Sydney, durante um culto que era transmitido pela internet.

Cerca de 30 pessoas ficaram feridas no incidente, mas não houve nenhuma morte. O atentado, que foi considerado um “ato terrorista” pelas autoridades locais, se deu dois dias depois um ataque em um shopping de Sydney.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Neste caso, Musk e a equipe do X consideram que as imagens são jornalísticas, já foram exibidas no mundo todo e apenas documentam um fato criminal importante. O assunto é realmente controverso e por isso a Comissão pediu a suspensão das imagens somente até esta quarta-feira, dia 24.(C.N.)

Lula quebra sua promessa e imita Bolsonaro nos sigilos de 100 anos 

dedemontalvao: Quebra do sigilo de 100 anos terá impacto altamente negativo  para Jair Bolsonaro

Charge do Duke (O Tempo)

Tácio Lorran

Promessa quebrada, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou, no ano passado, 1.339 pedidos de informações sob a justificativa de conter dados pessoais. A decisão, na prática, impõe um sigilo de 100 anos sobre os documentos solicitados.

Entre as informações colocadas em sigilo centenário pela gestão Lula estão a agenda da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja; comunicações diplomáticas sobre o ex-jogador Robinho, condenado na Itália por estupro; e a lista dos militares do Batalhão de Guarda Presidencial que estavam de plantão durante o ataque à Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023.

IGUAL A BOLSONARO – Os dados mostram que o petista manteve mesmo volume de decisões a favor do sigilo adotado na gestão de Jair Bolsonaro (PL). Em 2022, 1.332 pedidos foram negados sob alegação de que os documentos continham informações pessoais, apenas sete casos de diferença entre o último ano do ex-presidente e o primeiro da gestão petista.

O auge de respostas negadas por motivo de informação pessoal ocorreu no ano de 2013, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Naquele ano, foram concedidas 3.732 negativas desse tipo, de acordo com a série histórica disponibilizada pela Controladoria-Geral da União (CGU). Os números foram analisados pelo Estadão em parceria com o Datafixers.org.

O levantamento considerou todos os pedidos negados cujo motivo da decisão foi “dados pessoais”, conforme o sistema da CGU. O artigo 31 da Lei de Acesso à informação diz que “informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem terão seu acesso restrito pelo prazo máximo de 100 anos a contar da sua data de produção”.

SEM EXPLICAÇÃO – Há casos em que o órgão, ao negar a informação, não cita na resposta, especificamente, o artigo da Lei de Acesso à Informação (LAI) que impõe o sigilo de 100 anos,

Procurada, a CGU afirmou que a gestão anterior usava o sigilo de 100 anos indevidamente e que há razões legítimas para que o segredo seja empregado, a depender do caso. O órgão também aponta para uma queda de 15% em relação a 2022, considerando o total de pedidos feitos.

Durante e após a campanha eleitoral de 2022, Lula prometeu acabar com o sigilo de 100 anos de Bolsonaro. O dispositivo está previsto desde a sanção da Lei de Acesso à Informação (LAI), em novembro de 2011 – apesar de o fato negativo ser atribuído por Lula a seu antecessor.

REVOGAÇO – “É uma coisa que nós vamos ter que fazer: um decreto, um revogaço desse sigilo que Bolsonaro está criando para defender os amigos”, disse Lula a uma rádio do interior de São Paulo, em junho de 2022.

“Qualquer pessoa podia saber o que acontecia no nosso governo. Agora, o Bolsonaro, não. O Bolsonaro dizia que não tem corrupção, mas decreta sigilo de 100 anos para qualquer denúncia contra ele. Decreta sigilo de 100 anos para o filho, para os amigos, para o Pazuello. Nada dele é investigado. Toma aqui 100 anos, para quando ele não existir mais”, acrescentou Lula, que na época estava em campanha para assumir seu terceiro mandato como presidente da República.

Entre os sigilos impostos pelo governo Bolsonaro e bastante criticado por seus adversários estava a lista de convidados da então primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) no Palácio do Alvorada.

MICHELLE E JANJA – A informação sobre Michelle Bolsonaro foi mantida em segredo pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) até 11 de janeiro de 2023, quando a gestão Lula revogou esse sigilo, conforme revelou o Estadão.

O governo petista, no entanto, imitou Bolsonato e preferiu manter em segredo a lista de visitantes da atual primeira-dama, a Janja.

“Os registros de entrada e saída de pessoas em residências oficiais do Presidente e do Vice-presidente da República são informações que devem ser protegidas por revelarem aspectos da intimidade e vida privada das autoridades públicas e de seus familiares”, argumentou a Casa Civil, ao negar o pedido.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Na campanha eleitoral, é fácil prometer, mas cumprir são outros quinhentos. Lula e Bolsonaro têm muitas diferenças, mas também muitas semelhanças. O dois são absolutamente ignorantes, não têm o menor conhecimento de economia, enriqueceram ilicitamente, disputam entre si quem diz mais bobagens e asneiras. Além disso, os dois demonstram ter o dedo podre na hora de nomear auxiliares e ministros do Supremo. A sorte deles é que o país é tão forte e tem tamanho potencial que sempre cresce à noite, quando eles estão dormindo e não conseguem atrapalhar. (C.N.)

Decisões “de ofício” de Moraes foram tomadas sem base legal

Moraes bloqueia perfil sem queixa da suposta vítima

Moraes bloqueia perfis sem queixa das supostas vítimas

Renata Galf
Folha

As decisões do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes divulgadas por uma comissão do Congresso dos EUA reforçam a discussão sobre os parâmetros legais para um juiz bloquear perfis em redes sociais. Atualmente, não há nas leis brasileiras regras e critérios a respeito da suspensão de contas nas plataformas.

No mundo jurídico, há divergência entre uma visão que alega ser necessário haver uma permissão explícita na lei para esse tipo de restrição e outra que defende a possibilidade de maior subjetividade nas decisões. No mundo político, parlamentares aliados de Jair Bolsonaro (PL), principais alvos desses bloqueios, tratam a medida como censura prévia. Já na esquerda predomina a avaliação de que as decisões se justificam frente às ameaças ao Estado democrático de Direito.

 

CONTROVÉRSIAS – O tema ganhou tração na direita nas últimas semanas, a partir de postagens do empresário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), que chegou a questionar Moraes quanto ao porquê de “tanta censura no Brasil” e defendeu o impeachment do ministro.

Ele disse inclusive que descumpriria decisões judiciais brasileiras, que publicaria tudo o que é exigido pelo ministro e “como essas solicitações violam a legislação brasileira”.

Após a divulgação do relatório baseado em despachos fornecidos pelo X, Musk afirmou em sua rede que “a lei quebrou a lei”. No documento, há ordens que partiram tanto do STF, em inquéritos e petições criminais, quanto do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

PGR QUESTIONOU – No caso dos bloqueios por desinformação eleitoral, o TSE aprovou resolução prevendo a suspensão temporária de perfis em caso de “publicação contumaz de informações falsas ou descontextualizadas sobre o processo eleitoral”. Questionada pela PGR (Procuradoria-Geral da República), à época sob Augusto Aras, a regra foi validada pelo plenário do STF no final de 2023.

Existe, entretanto, um debate sobre a amplitude das resoluções aprovadas pela corte eleitoral. Isso porque, em tese, ela estaria limitada a regulamentar e detalhar o que está na lei. Mas, diante da inação do Legislativo em criar regras para lidar com os novos desafios impostos às eleições pelas dinâmicas virtuais, o TSE vem ocupando esse espaço.

Uma segunda camada de discussão é quanto a quais critérios precisariam estar presentes para justificar não a remoção de posts específicos que teriam infringido a lei, mas a suspensão completa de um perfil. Hoje não há parâmetros legais para fazer esta avaliação, seja quanto à gravidade, reiteração ou prazo para a restrição.

MEDIDAS CAUTELARES – O Código de Processo Penal prevê as chamadas medidas cautelares diferentes da prisão. Entre elas estão o uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento periódico em juízo, suspensão do exercício de função pública, proibição de acesso a determinados lugares para evitar o risco de novas infrações e proibição de manter contato com pessoas determinadas.

A professora de direito penal da FGV e advogada Raquel Scalcon explica que há quem entenda, como ela, que a lista prevista na lei é fechada, não sendo possível ao juiz aplicar alguma outra restrição. Essa linha tem como premissa que no processo penal não há um poder geral de cautela para o juiz.

De outro lado, há quem avalie que ela é apenas exemplificativa. Neste último caso, um argumento é o de que seria melhor para o réu ter a possibilidade de sofrer uma medida alternativa, ainda que não prevista, do que uma prisão preventiva.

APLICAÇÃO DO SIGILO – Outro aspecto em debate no caso das decisões de bloqueios por Moraes é a frequente aplicação de sigilo, dificultando um escrutínio público sobre a motivação das ordens.

Em nota nesta quinta (18), a assessoria de imprensa do STF afirmou que os documentos reproduzidos no relatório da comissão parlamentar norte-americana não tratam “das decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas sim dos ofícios enviados às plataformas para cumprimento da decisão”.

“Fazendo uma comparação, para compreensão de todos, é como se tivessem divulgado o mandado de prisão (e não a decisão que fundamentou a prisão) ou o ofício para cumprimento do bloqueio de uma conta (e não a decisão que fundamentou o bloqueio)”, disse o tribunal.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Não há bloqueio de conta nas redes sociais, sem decisão judicial, em nenhum país democrático do mundo. E a decisão judicial só pode ocorrer, em medida liminar, após queixa da vítima, e o suposto infrator pode se defender. Aqui no Brasil há apenas um juiz, chamado Alexandre de Moraes, que se arvorou no direito de agir de ofício, bloqueando contas sem queixa das vítimas. É isso que está errado, absolutamente errado.
(C.N.)

 Moraes dá 5 dias para X se manifestar sobre desrespeito às decisões judiciais

Alexandre de Moraes deu cinco dias para que o X explique eventuais descumprimentos de decisões judiciais

Moraes tenta pegar Musk que nem dorme de tão preocupado

Lavínia Kaucz
Estadão

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu cinco dias para a rede social X (antigo Twitter) se manifestar sobre um relatório da Polícia Federal (PF) que apontou o descumprimento de decisões judiciais por parte da plataforma. O prazo vence nesta sexta-feira, 26.

Na semana passada, a PF disse ao Supremo que o X permitiu a transmissão de lives por seis perfis que foram bloqueados por decisão da Justiça. Entre eles estão os canais dos blogueiros bolsonaristas Allan dos Santos, Oswaldo Eustáquio e do senador Marcos do Val (Podemos). A autorização foi dada desde o dia 8 de abril, segundo o relatório.

FORA DO BRASIL – Para a PF, a suposta milícia digital investigada no STF passou a atuar fora do território brasileiro para burlar ordens judiciais e difundir desinformação para obter a aderência de parte da comunidade internacional.

Nas últimas semanas, o bilionário Elon Musk, dono do X, tem feito uma série de críticas e ataques a Moraes, acusando o magistrado de censura e ameaçando descumprir decisões judiciais. As publicações foram impulsionadas por parlamentares de direita.

Por trás das acusações, está o “Twitter Files Brasil”, uma série de e-mails divulgados pelo jornalista norte-americano Michael Shellenberger na própria rede social no dia 3 de abril. São mensagens trocadas entre funcionários do antigo Twitter em 2020 e 2022 relatando e reclamando de decisões da Justiça que determinaram exclusão de conteúdos em investigações envolvendo a disseminação de fake news.

PANCADARIA – O bilionário chegou a defender a renúncia do ministro do STF que, por sua vez, determinou a inclusão de Musk no inquérito das milícias digitais por “dolosa instrumentalização” da rede social. Moraes também ordenou a abertura de um inquérito à parte sobre o empresário por suposta obstrução de Justiça, “inclusive em organização criminosa e incitação ao crime”.

Depois disso, o X informou ao STF que entregou ao Congresso dos Estados Unidos cópias de decisões sigilosas do magistrado que pediam cancelamento de perfis, entre outras medidas.

O X informou que repassou os documentos por solicitação do Comitê de Assuntos Judiciários da Câmara dos Deputados norte-americana, pedindo que todo aquele material permanecesse sigiloso.

RELATÓRIO DO COMITÊ – Dias depois, porém, o comitê divulgou um relatório assinado pelo deputado Jim Jordan, um aliado de Donald Trump e dos conservadores, revelando documentos do STF e acusando o STF e o TSE de promoverem censura com decisões não fundamentadas.

O STF respondeu, por sua vez, que os documentos eram apenas  ofícios, e não das decisões que, segundo a Corte, traziam toda fundamentação em cada caso de exclusão de contas.

Na última sexta-feira, durante o lançamento da Pedra Fundamental do Museu da Democracia, no Rio, Alexandre de Moraes afirmou que “irresponsáveis ligados às redes sociais” se uniram a “mercantilistas estrangeiros” e “políticos extremistas” para atacar a democracia e a Justiça.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
As transmissões dos bloqueiros Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio só duraram poucos minutos e depois foram retiradas do ar. Allan já criou mais de 30 perfis, e todos foram bloqueados pelo X. Quanto ao senador, teoricamente tem direito a liberdade de expressão, apesar de Moraes não entender assim. Se ele punir o X por esses motivos, será mais uma Piada do Ano.. (C.N.)

Com US$ 97,5 bilhões para Ucrânia, Israel e Taiwan, a guerra fria ressurge

2 American Mormons detained in Russia | CNN

Zakharova, porta-voz do Kremlin, critica o apoio dos EUA

Deu na Folha

Neste sábado (dia 20), a Câmara dos EUA aprovou, com amplo apoio bipartidário, um megapacote de US$ 95 bilhões de auxílio para Ucrânia, Israel e Taiwan. Segundo Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, está claro que Washington quer que a Ucrânia “lute até o último soldado”, inclusive com ataques a territórios soberanos russos e a civis.

“A imersão de Washington na guerra híbrida contra a Rússia está cada vez mais profunda e se transformará num fiasco ruidoso e humilhante para os EUA, como ocorreu no Vietnã e no Afeganistão”, disse Zakharova. Moscou, acrescentou ela, dará “uma resposta incondicional e resoluta” à iniciativa dos EUA de se envolverem ainda mais no conflito em curso no Leste Europeu.

ZELENSKI PEDE PRESSA – O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, que terá US$ 60,8 bilhões, instou Washington, neste domingo, a transformar rapidamente as medidas em lei e prosseguir com a transferência de armamentos, enfatizando que armas de longo alcance e sistemas de defesa aérea são as prioridades.

Numa entrevista à rede americana NBC, Zelenski disse que a aprovação final do pacote enviaria uma “mensagem poderosa” à Rússia de que Washington apoia Kiev e de que o conflito não terminará como “um segundo Afeganistão”.

“Precisamos que seja aprovado pelo Senado para que possamos obter alguma assistência tangível para os soldados na linha de frente o mais rápido possível, e não daqui a seis meses.”

PARA RESISTIR – O diretor da CIA, a agência de inteligência dos EUA, William Burns, alertou na semana passada que, sem mais apoio militar dos EUA, a Ucrânia poderia acumular derrotas no campo de batalha, mas que, com o auxílio, as forças de Kiev poderiam resistir às forças invasoras este ano.

Os EUA descartaram repetidas vezes a possibilidade de enviar as suas próprias tropas ou de outros membros da Otan, a aliança militar ocidental, para a Ucrânia, que trava uma guerra de artilharia e drones contra a Rússia ao longo de uma frente de 1.000 quilômetros.

A Rússia controla agora cerca de 18% da Ucrânia, ao leste e ao sul do país vizinho, e tem ganhado terreno desde o fracasso da contraofensiva lançada por Kiev no ano passado.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A ajuda dos EUA significa o fortalecimento da indústria militar. O dinheiro volta para os cofres das empresas americanas. É uma ajuda lucrativa, de certo modo. Mas o apoio simultâneo também a Israel e Taiwan mostra que a guerra fria jamais acabou e pode esquentar a qualquer momento. (C.N.)

Exageros de Moraes fazem políticos, STF e governo criticarem sua postura

Alexandre de Moraes | Partido dos Trabalhadores

Moraes perde prestígio no supremo, no TSE e na vida pessoal

Matheus Teixeira e Julia Chaib
Folha

O acúmulo de atritos envolvendo o ministro Alexandre de Moraes ampliou o alcance dos questionamentos sobre os limites da atuação do magistrado no STF (Supremo Tribunal Federal). Integrantes do Congresso, do governo e da corte que costumam oferecer respaldo às ações de Moraes agora admitem reparos e reconhecem, nos bastidores, a necessidade de ajustes.

Essas autoridades mantêm apoio ao ministro e destacam a relevância de sua atuação na defesa das instituições. Elas afirmam, no entanto, que uma mudança calculada e gradual de postura seria importante para baixar a temperatura de recentes embates protagonizados por Moraes.

PONTOS RELEVANTES – A avaliação é feita, em graus diversos, por políticos e magistrados em postos relevantes dos três Poderes. Alguns pregam recuos concretos, enquanto outros somente apontam que Moraes tende a atenuar os focos de tensão no curso natural de seu trabalho.

Essa percepção se acumulou nos últimos meses e ficou mais abrangente depois de embates recentes no Parlamento e a partir das críticas às decisões de Moraes envolvendo o bloqueio de páginas na plataforma X (antigo Twitter). Este último caso teve a atuação do empresário Elon Musk e de integrantes do Congresso dos EUA.

O ministro vive o momento de maior contestação ao seu trabalho desde que começou a relatar inquéritos no STF que miram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seus aliados e integrantes de uma articulação que, segundo investigações da Polícia Federal, teria como objetivo impedir a posse de Lula (PT).

ATÉ NO SUPREMO – Mesmo dentro do Supremo, que costuma respaldar suas decisões por ampla maioria, há ministros que demonstram ressalvas à atuação de Moraes, em conversas reservadas.

Um ministro alinhado a Moraes já fez a avaliação de que críticas antes direcionadas ao ministro passaram a se voltar contra a corte como instituição. Isso, segundo integrantes do Judiciário, teve como consequência o avanço de projetos no Senado que miram o STF.

O trabalho do ministro é considerado importante para defender o STF. No entanto, há uma avaliação de que alguns casos acabam por expor o tribunal mais do que blindá-lo. Por isso, políticos e ministros de tribunais superiores defendem que o ministro atue, inclusive, para concluir os inquéritos polêmicos que relata, como o das fake news e milícias digitais, aberto há cinco anos.

CONTRAINDICAÇÕES – Um recuo abrupto, no entanto, é considerado não apenas improvável como contraindicado, uma vez que daria a impressão de que o tribunal estaria na defensiva ou que foi derrotado por Musk. A Folha ouviu esta avaliação de um ministro do STF alinhado a Moraes e de um integrante da cúpula do Legislativo.

O desfecho das investigações, ainda assim, é considerado próximo pelo fato de as apurações estarem maduras. É visto também como uma medida que pode melhorar a relação com parlamentares.

Magistrados e senadores temem, porém, que aliados de Bolsonaro procurem outras crises para se contrapor a Moraes. Um cardeal do Senado diz que um gesto prático e imediato para diminuir a tensão com o Congresso poderia ser a rejeição da ação que pede a cassação do mandato do senador Jorge Seif (PL-SC) por suposto abuso de poder econômico na campanha de 2022.

SINAL DE FUMAÇA – A avaliação de que o Supremo deve enviar sinais aos parlamentares passa por um temor de integrantes do Judiciário de que a próxima legislatura abra pedidos de impeachment contra ministros do STF.

O PL, de Bolsonaro, está empenhado em eleger uma maioria robusta de senadores, o que assusta aliados de Lula e membros do Supremo. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem descartado essa hipótese.

Parlamentares dizem que um sinal de que Moraes enfrenta o cenário mais desfavorável desde a abertura do inquérito das fake news, em 2019, é que o próprio ministro já iniciou um movimento para se fortalecer diante do aumento das críticas.

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NOTA DA REDAÇÂO DO BLOG
A situação de Moraes é periclitante. Ele se julgava o máximo, agora está caindo na real, ao enfrentar um competidor de peso, que sabe manejar os jornalistas e não tem medo de cara feia. A única saída para Moraes é parar de tirar onda e passar a espeitar os direitos dos outros, para dar um tempo até sair do noticiário. Caso contrário, a melhor saída para ele é o aeroporto, contanto que não se dirija a Roma… (C.N.)

Elon Musk prevê sanções dos EUA ao Brasil por causa de Lula e Moraes

Musk's X to Hire 100 Content Moderators With Focus on Child Sexual Exploitation - Bloomberg

Musk delira e acha que Brasil pode ser a nova Venezuela

Paulo Cappelli
Metrópoles

Em conversa com aliados brasileiros, o empresário Elon Musk disse acreditar que os Estados Unidos (EUA) poderão impor sanções políticas e econômicas ao Brasil num futuro próximo. Tais punições seriam decorrentes do que o bilionário já classificou publicamente como “ditadura” em curso praticada pelo ministro Alexandre de Moraes em conluio com o governo Lula.

As restrições seriam nos moldes das impostas pelos EUA à Venezuela neste ano, após a Suprema Corte venezuelana impedir a candidatura de Maria Corina Machado, principal nome da oposição a Nicolás Maduro. Discussões sobre sanções ao Brasil deverão ganhar força se Donald Trump retornar à Casa Branca na eleição prevista para ocorrer em novembro. O ex-presidente norte-americano é próximo da família Bolsonaro e, mais ainda, de Elon Musk.

OUTRA HIPÓTESE -Por outro lado, se o presidente Joe Biden permanecer no poder, é improvável que os EUA lancem ofensiva política e econômica contra o governo Lula. Os dois mandatários já trocaram manifestações públicas de apoio e mantêm boa relação diplomática. Recentes pesquisas de intenção de voto apontam empate técnico entre Biden e Trump.

A possibilidade de sanções ao Brasil fez com que o PSol acionasse o ministro Alexandre de Moraes pedindo a inclusão do deputado Eduardo Bolsonaro no inquérito que apura tentativa de golpe de Estado.

Em manifestação protocolada no STF, o partido citou reportagem da Agência Pública na qual o veículo de comunicação afirmava que Eduardo Bolsonaro foi aos Estados Unidos para articular junto a Elon Musk,

BLOQUEIO DE PERFIS – As recentes declarações de Elon Musk sobre suposta pressão exercida por Alexandre de Moraes para bloquear perfis de políticos de oposição a Lula reacenderam a discussão sobre o impeachment do ministro do STF.

Contudo, não há a menor chance de que o assunto seja levado ao plenário do Senado.

Até mesmo parlamentares bolsonaristas não querem que o afastamento de Moraes seja pautado. Isso porque o ministro tem apoio da ampla maioria dos senadores para permanecer na cadeira.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Sonhar ainda não é proibido nem paga imposto. Musk não será preso nem Moraes será impedido. Ambos ainda botam muita banca. Musk, porque pegou um otário para lhe servir de pele, como se dizia antigamente. E Moraes pensa (?) que ainda manda no República. São dois perdidos numa política suja, como diria o genial Plínio Marcos. (C.N.)

Brasil hoje é governado com base no rancor e vingança entre os Poderes

Os três... na charge do Duke

Charge do Duke (O Tempo)

Ricardo Corrêa
Estadão

Por onde se olha, no Executivo, no Legislativo ou no Judiciário, o que se vê é um país governado ou movimentado por pirraças, rancores e vinganças. É o que dá o tom dos temas que dominam os debates, declarações e decisões que, em uma democracia saudável e pacificada, tenderiam a ser baseados nos ideais de interesse público.

Exemplo claro dessa gestão baseada nos revides se dá nas atuações de Rodrigo Pacheco e, sobretudo, Arthur Lira, no comando das duas Casas no Congresso. Lira, por exemplo, irritado com a perda de espaço no governo, a briga pessoal com Alexandre Padilha, e com o fato de que teima em não aceitar o esvaziamento de sua força diante do inevitável fim do mandato no comando da Mesa, inventou de resgatar CPIs inócuas, sem fatos determinados.

Tudo, claro, para fustigar o governo e mostrar que ele ainda pode atrapalhar bastante qualquer pauta que Lula queira levar adiante. Em uma das CPIs, também move uma peça no sentido de se vingar do Supremo, após decisões que levaram a buscas em gabinetes de parlamentares e à prisão do deputado Chiquinho Brazão, acusado de matar Marielle Franco.

A ERA DA VINGANÇA – O estilo vingativo de Lira, embora emblemático, se assemelha ao sentimento de grande parte dos parlamentares atualmente, na mesma cruzada contra o STF. Tanto na Câmara quanto no Senado, onde o presidente Rodrigo Pacheco passou a também confrontar o STF com decisões que agradam ao público e à bancada bolsonarista. Foi o que se deu na votação da PEC das Drogas, criada e votada às pressas apenas para peitar o debate em andamento no Supremoe.

O próprio STF também parece agir com rancor e vingança em primeiro plano, que empurra penas excessivamente altas aos manifestantes utilizados para os ataques de 8 de janeiro, e que muda suas decisões para puxar de volta inquéritos contra políticos para tê-los nas mãos ou enfia tudo o que envolve ilícitos e supostos ilícitos praticados por Bolsonaro e sua trupe em um inquérito só, comandado justamente pelo principal alvo do bolsonarismo: o ministro Alexandre de Moraes.

Também no STF e em outros espaços do Judiciário controlados por aliados de Moraes e Gilmar, há um claro sentimento de vingança e rancor com a Lava Jato que, entre erros (foram muitos) e acertos (igualmente), ousou desafiar o topo da classe política e flertou com investigações contra integrantes do próprio Judiciário.

POLÍTICA EXTERNA – Também Lula chegou inegavelmente ao poder movido por um sentimento de vingança contra Sergio Moro e a Lava Jato, que impuseram a ele mais de 580 dias preso na Superintendência da Polícia Federal no Paraná. A ponto de ter dito publicamente que, enquanto preso, afirmava que só estaria tudo bem ao “foder o Moro”.

O pior aspecto de vingança, pirraça e rancor no governo se dá no cenário externo. Movido pela ideia de que os norte-americanos tiveram papel preponderante na Lava Jato (o entorno de Lula acha que tudo não passou de uma conspiração do Departamento de Justiça americano para quebrar empreiteiras brasileiros no exterior), Lula resolveu romper a histórica relação de aliança entre o Brasil e os Estados Unidos para se alinhar a um outro bloco de países que inclui China, Rússia, Irã e mais uma penca de Nações que se unem na denominação de “Sul Global”.

Na mesma linha da pirraça e rancor estão os embates com Israel, um aliado dos americanos e que foi usado como bandeira pelo bolsonarismo evangélico.

POSIÇÃO DIPLOMÁTICA – Fosse pragmático e não agisse com o fígado, Lula não teria tirado o país da posição que sempre esteve nos conflitos no Oriente Médio: a de defensor da solução pacífica dos conflitos, com repúdio frontal ao terrorismo. O mesmo vale para o conflito entre os invasores russos e os ucranianos.

Aonde mais uma gestão baseada no rancor, com uma guerra geral entre os representantes dos Três Poderes, vai nos levar? Dificilmente será na superação do cenário fiscal que se avizinha, do alastramento do crime organizado se transformando em máfia, ou da epidemia de dengue.

São problemas suficientes para render prioridade e atenção de nossos governantes, se não estivessem hoje movidos por vingança.

Bolsonaro vai replicar atos pelo Brasil, e aliados devem manter Moraes na mira

Moraes “é uma ameaça à democracia”, diz Malafaia em ato pró-Bolsonaro - SBT  News

Malafaia sobe cada vez mais o tom contra Moraes e STF

Marianna Holanda
Folha

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quer replicar em outras cidades do país os atos que já ocorreram em Copacabana, no Rio, e na avenida Paulista, em São Paulo. A ideia, segundo aliados, é fazer uma manifestação no Sul, outra no Nordeste e uma em Brasília.

A próxima deve ser em Joinville (SC), possivelmente já no próximo mês. A escolha da cidade se deu por ser a mais populosa do estado, predominantemente bolsonarista, e ficar a duas horas de Curitiba.

POLO ELEITORAL – Bolsonaro é forte em Joinville: a cidade deu 76,6% dos votos a ele no segundo turno da eleição de 2022. Além disso, fica a cerca de uma hora e meia de Balneário Camboriú (SC), onde Jair Renan, filho dele, concorrerá neste ano ao cargo de vereador —no mês passado, ele se tornou réu sob a acusação de falsidade ideológica e uso de documento falso para a obtenção de empréstimos bancários em nome de uma empresa de eventos.

A informação sobre as próximas manifestações foi confirmada à Folha pelo pastor Silas Malafaia, autor dos mais duros ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) e principal organizador dos atos em defesa do ex-presidente —que foi declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e que é alvo de diversas investigações, incluindo a de uma trama golpista em seu governo.

O pastor rechaça a ideia de que replicar atos pode significar seu esvaziamento: “Não vamos fazer em tudo que é cidade. É melhor concentrar [em poucas].”

NO MESMO ESQUEMA – Os próximos atos devem seguir a tônica do que ocorreram até o momento: poucos discursos, defesa jurídica e política do ex-presidente e críticas enfáticas a Moraes.

Quem sobe no palco tem buscado focar os ataques mais ao magistrado do que à corte, como forma de dizer que não se trata de uma agressão às instituições. Assim, faixas têm sido vetadas pelos organizadores.

O ex-presidente tem mantido uma intensa agenda de viagens pelo país. Neste mês, deve ir ainda para Sergipe e São Paulo. Há previsão de visitar, em maio, Amazonas, Pará, Piauí, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Essas viagens, contudo, não têm os moldes de grandes manifestações como as realizadas no Rio e em São Paulo.

MALAFAIA DÁ O TOM – Bolsonaro fez sua segunda manifestação desde que deixou o Palácio do Planalto neste domingo (21). O ato foi marcado por uma elevação no tom das críticas a Moraes e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) —feitas principalmente por Malafaia.

O ex-presidente não citou os nomes de Moraes e de Pacheco e optou em seu discurso por exaltar Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), defender anistia aos condenados pelo 8 de janeiro e retomar a narrativa de que eventual decreto de estado de sítio no país após a derrota na eleição de 2022 não seria um ato golpista —e que, portanto, as minutas encontradas pelos investigadores não serviriam como prova de que ele não aceitaria o resultado das eleições.

Coube a Malafaia o discurso mais duro, no qual chamou Moraes de “ditador da toga” e Pacheco de “frouxo, covarde e omisso” por não investigar o ministro do STF.

DISSE MALAFAIA – “Eu não vim aqui atacar aqui o STF. A maioria dos ministros não concorda com o Alexandre de Moraes. Vocês não podem se calar. Alexandre de Moraes está jogando o STF na lata do lixo da moralidade”, disse o pastor.

Aliados do ex-chefe do Executivo comemoraram o resultado do ato. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou uma foto da multidão e escreveu, no X: “Para brecar isso, talvez a única possibilidade seja no tapetão mesmo”.

Já Alexandre Ramagem, deputado e pré-candidato do PL à Prefeitura do Rio, disse que o “brasileiro volta a ter esperança com o futuro do Brasil”.

LULISTAS DESDENHAM – Do outro lado do embate político, ministros e aliados de Lula (PT) minimizaram a manifestação. A ideia é de não dar relevância ao ato, considerado de médio porte, sem grandes novidades políticas e com adesão de uma parcela da população já cristalizada no bolsonarismo.

O ato de Bolsonaro neste domingo ocorre num clima bem diferente do anterior, na avenida Paulista. Para interlocutores, ele está menos pressionado.

Em fevereiro, a manifestação foi convocada dias depois de uma operação que apreendeu o passaporte do ex-presidente. Agora, Bolsonaro está viajando em clima de campanha eleitoral pelo país. Na última vez, interlocutores do ex-presidente entraram em contato com ministros da corte para prometer um ato sem ataques. Desta vez, eles não viram necessidade de conversa.

NOVO CENÁRIO – Isso ocorre pela distância temporal de operações da Polícia Federal e desgastes no Judiciário. Também porque há o que chamam de aumento de críticas na sociedade civil à atuação de Moraes, em especial impulsionadas na esteira do caso de Elon Musk.

Ainda que o empresário norte-americano não tenha brigado com o ministro do Supremo por causa do ex-presidente, o episódio foi visto por aliados como uma vitória para Bolsonaro e sua militância, por desgastar Moraes.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
O Brasil, apesar dos pesares, ainda é uma democracia, e a realização das manifestações confirma essa realidade. Porém, o Supremo tem de conter a ânsia de vingança, reduzindo as penas dos tais “terroristas” e parando com as censuras desvairadas de Moraes, que abriu a guarda, por vaidade, e agora virou saco de pancadas de Musk, que gosta de treinar boxe. (C.N.)

Atenção para os criativos ataques que vêm sendo feitos à Tribuna da Internet

Carlos Newton

Não satisfeitos em nos tirarem do ar com uma frequência impressionante, além de já terem invadido e corrompido nossos arquivos, os “inimigos da democracia” (vamos chama-los assim, para não fazer acusações) arranjaram mais uma maneira criativa de impedir a leitura da Tribuna da Internet, para evitar a leitura de nossos artigos, sempre com informações importantes e exclusivas, e dos comentários que provocam.

Em vários locais, especialmente em Brasília, quem acessa o blog encontra uma alerta em inglês, dizendo que a Tribuna da Internet estaria bloqueada para leitura, por estar contaminada por vírus e não ter segurança.

Essa é boa e ficamos orgulhosos, porque os ataques significam a importância que conquistamos na internet, como espaço independente e formador de opinião.

Se encontrarem dificuldade de acesso, que é conversa fiada, por favor entrem pelo endereço carlosnewton.com.br., onde seguimos sob signo da liberdade.

E vamos em frente, sempre juntos.

No Brasil, até Elon Musk é vítima de fake news, como mostra o portal UOL

Metrópoles não publicou que Elon Musk 'tirou' audiência da GloboLuccas Lucena
UOL São Paulo

O site Metrópoles não publicou que o empresário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), convocou os usuários a assistirem a Copa do Mundo pela rede social e que isso tenha tirado audiência da TV Globo.

Na verdade, o veículo publicou, em 2022, apenas que Musk convidou os internautas a assistirem o torneio pela rede social, sem mencionar a emissora.

O QUE DIZ O POST – “Elon Musk convoca usuários a ver a Copa do Mundo pelo Twitter e tirar audiência da Rede Globo”, diz o texto sobreposto à imagem, que apresenta uma matéria do Metrópoles.

Na imagem, Musk aponta para o logotipo da TV Globo, com a legenda escrita “Chora Globo”.

É uma fake News, porque Metrópoles não falou que Musk tirou audiência da Globo. Na mesma imagem compartilhada, há um link apontando qual é a url: “elon-musk-convoca-usuarios-a-ver-a-copa-do-mundo-pelo-twitter”.

NOTÍCIA DISTORCIDA – Ao fazer uma pesquisa simples no Google, o buscador exibe o texto do Metrópoles com o título: “Elon Musk convoca usuários a ver a Copa do Mundo pelo Twitter”.

Na reportagem, a emissora não é citada, apenas é comentado que “os usuários poderão acompanhar comentários de jornalistas, celebridades e ex-atletas que estiverem vendo as partidas pela TV”.

A postagem de Musk também não cita Globo. No X, o empresário apenas chamou os usuários a acompanharem a cobertura dos jogos da Copa do Mundo 2022 em tempo real.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Como se vê, nem mesmo Musk consegue escapar de uma tremenda fake News, como essa divulgada pelo UOL. O problema não é como evitar que isso aconteça, é como punir o infrator. Até hoje, em nenhum país do mundo existe legislação a respeito. Fala-se em lei da União Europeia, mas seus termos são genéricos, apenas dizem o que deve ser considerado fake News e nem falam em punições, porque isso cabe a cada país, e não à entidade multinacional. (C.N.)

Bolsonarismo segue apostando na polarização e o lulismo agradece

Tribuna da Internet | Polarização, que é obra de lideranças, depende muito  do futuro incerto de Bolsonaro

Charge do Nani (nanihumor.com)

Sergio Denicoli
Estadão

Flopou ou não flopou? A discussão principal entre direita e esquerda nas redes, neste domingo (21), ficou centrada em um debate inócuo se o público presente na manifestação convocada por Jair Bolsonaro, em Copacabana, foi avassalador ou se revelou algum sinal de enfraquecimento do bolsonarismo. Cada lado impondo sua visão, na busca de exaltar ou rebaixar um movimento extremamente popular, de grande impacto, mas que tem se tornado uma novela arrastada, sem grandes novidades.

E no enredo dessa novela, o capítulo de hoje pareceu nitidamente repetido. Pessoas vestindo verde-amarelo, bradando pela liberdade, na tentativa de reduzir o impacto das investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil.

MAIS DO MESMO – Nada muito diferente do que se viu na Av. Paulista, no dia 25 de fevereiro, mas agora com menos brilho, uma vez que já não havia fatos novos de grande impacto.

O acontecimento mais relevante, destacado pelo ex-presidente em seu discurso, foi o posicionamento de Elon Musk contra Alexandre de Moares. Visando alimentar ainda mais a polarização, o empresário do X deu corda à ideia de que regulação das redes é tentativa de censura às vozes de direita. Mas mesmo esse episódio, exaustivamente falado nas últimas semanas, não era algo novo.

O evento deste domingo, portanto, ficou marcado pela simples necessidade de se manter em voga a polarização política. Algo plenamente corroborado pelo lulismo.

SEM TERCEIRA VIA – Enquanto o Brasil se foca em duas únicas forças de grande envergadura, não sobra espaço para novos atores que possam debater uma agenda mais racional e distante do fundamentalismo que alimenta os conflitos no ambiente online. Afinal, os algoritmos das redes sociais privilegiam os conflitos e amam o radicalismo, dando a ele voz e eco.

É um movimento onde uma hora a direita avança uma peça, mas logo a esquerda faz a sua jogada. Uma dança, ensaiada desde 2018, que segue no palco.

A plateia se movimenta em torno desse ritmo, mas parte do público que antes se empolgava com os brados ecoados está cansada, provavelmente porque, em uma guerra de forças equivalentes, a destruição de reputações atinge os dois lados.

CICLO REPETITIVO– O embate político, protagonizado pela direita e esquerda, parece ter se reduzido a um ciclo repetitivo, onde os eventos se desdobram com uma previsibilidade exaustiva, em uma saga interminável.

Não se falou em Copacabana sobre soluções para a economia, para a criminalidade que assola o País inteiro, para a educação.

E esse vazio de conteúdo ocorre porque, enquanto a política nacional continuar refém dessa polarização desgastante e estéril, o verdadeiro progresso e a busca por resultados eficazes para os desafios do país continuarão sendo adiados.

Saudado em Copacabana, Musk alega que Moraes é contrário à democracia

PGR defende que representantes da X no Brasil sejam ouvidos sobre Musk | Rádio Cachoeira

Elon Musk está marcando presença na sua plataforma X

Levy Teles e Vinícius Valfré
Estadão

O empresário Elon Musk, dono do X, antigo Twitter, e da Tesla, voltou a criticar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes neste domingo, 21, após a manifestação em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro. Ele disse que Moraes é “contra a democracia”.

“Ele (Alexandre) é inimigo do povo e, portanto, da democracia”, escreveu Musk na rede social X em reação a um usuário que questionava por que não havia manifestações a favor do integrante do STF.

ONIPRESENÇA – Ainda que não estivesse presente no ato em Copacabana, Musk foi um dos mais saudados por políticos e manifestantes. A publicação respondida por Elon ainda exibia um cartaz do empresário ao lado de Bolsonaro com a mensagem “o povo brasileiro agradece! Elon Musk”.

O próprio Bolsonaro pediu aplausos para Musk, enquanto o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) discursou em inglês para ser ouvido pelo empresário.

Em outra publicação, o sul-africano respondeu a um usuário que disse que ele merecia muito crédito pela multidão reunida no Rio de Janeiro neste domingo. “Desejo o melhor para o povo do Brasil”, escreveu.

Por que há mais protestos e greves em governos de esquerda do que de direita?

Por que o MST assusta tanto? por Frei Betto - Vermelho

MST fica mais à vontade quando Lula e PT estão no poder

Bruno Boghossian
Folha

Num evento recente, Lula reconheceu que o governo enfrentava risco de greves e acrescentou: “A gente pode até não gostar, mas elas são um direito democrático dos trabalhadores”. Dias depois, seguiu roteiro parecido. Disse estar empenhado numa reforma agrária “sem muita briga” e fez um reparo: “Isso sem querer pedir para ninguém deixar de brigar”.

A ação de movimentos sociais e entidades de classe pode ser descrita como um produto de dois fatores: necessidade e oportunidade. A incidência de manifestações é maior quando há demandas que pressionam esses grupos e quando há abertura para que as reivindicações sejam feitas e levadas em conta.

GREVES E MST – Essas condições costumam determinar as circunstâncias em que movimentos têm atuação mais ou menos intensa em governos de esquerda ou de direita. Greves nas universidades e ações do MST no governo Lula, após quatro anos de Jair Bolsonaro, oferecem uma ilustração.

De maneira geral, protestos de grupos de esquerda ocorrem com mais frequência durante governos de direita (e vice-versa). Quando a esquerda está na oposição, seu poder de ação nos canais políticos tradicionais é menor. Nessas situações, formas de pressão fora desses meios passam a ter um valor maior.

Mas exceções são praticamente a regra nestes tempos.

HÁ DIFERENÇAS – Durante o governo Bolsonaro, a mobilização de movimentos de esquerda foi mais política e relativamente menos intensa nas reivindicações de classe. Como o ex-presidente desconsiderava esses atores e tornava muito mais baixa sua chance de sucesso, o grau de oportunidade também era menor.

No governo Lula, a ação tende a ser maior porque esses movimentos estão diante de um risco de repressão baixo e maior chance de sucesso, graças à simpatia do presidente por suas demandas.

Protestar também têm mais valor porque, hoje, os grupos de esquerda ainda são minoritários em outros foros, como o Congresso, e o governo tem pouco dinheiro no cofre para implementar políticas que os beneficiam.

Haddad vai para o céu, ao tentar fazer Lula curvar-se à realidade econômica

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em evento no Palácio do Planalto, em Brasília

Haddad está sendo boicotado pelo PT e também por Lula

Demétrio Magnoli
Folha

Não existe almoço grátis. Lula sonha ter, ao mesmo tempo, aumento real de gastos públicos, inflação dentro da meta e juros baixos. Mas a economia é implacável: o Brasil só pode obter duas dessas três coisas. Fernando Haddad é o santo que, sob implacável “fogo amigo”, tenta persuadir o presidente a curvar-se à realidade econômica.

No início do governo, a expansão fiscal da PEC da Transição e a persistência de pressões inflacionárias exigiam uma política monetária apertada. O BC cumpriu sua missão, impondo a renúncia a juros baixos. Roberto Campos Neto tornou-se o bode expiatório perfeito para o Planalto e o PT, que tendem a identificar as leis econômicas à vontade de perversos especuladores “da Faria Lima”.

HADDAD EM AÇÃO – Foi então que entrou em cena Haddad, o prestidigitador, com seu arcabouço fiscal: a promessa de contenção dos gastos públicos. No fundo, a complexa geringonça não garantia equilíbrio fiscal nem, menos ainda, uma trajetória de redução da dívida pública. Entretanto, no horizonte de curto prazo, alterou as expectativas, propiciando a redução dos juros com controle inflacionário.

Efetivamente, era um programa de crescimento moderado da dívida pública, em troca do afrouxamento paulatino da política monetária. Os agentes econômicos entenderam a mensagem, mas abraçaram o mensageiro. Sem ele, concluíram, ninguém evitaria o aventureirismo fiscal de um presidente que acredita em almoço grátis.

Haddad, o equilibrista, não teve um único dia de sossego. A gradual redução da taxa de juros afastou Campos Neto da alça de mira e o discurso do negacionismo econômico voltou-se para o ministro da Fazenda.

BOICOTE PETISTA – Lula exibiu publicamente seu desprezo pela meta de déficit zero. Gleisi e companhia bombardearam uma “política fiscal contracionista”, exigindo a expansão acelerada dos gastos estatais e, portanto, um crescimento desenfreado da dívida pública.

Haddad, o mestre da conciliação, precisa criar espaço para investimento e, simultaneamente, curvar-se ao tabu lulista que impugna como “neoliberal” qualquer tentativa de reformar as despesas públicas obrigatórias.

Sem o direito de mexer em despesas que crescem inercialmente e representam 92% do Orçamento federal, o ministro da sofrência engajou-se na ingrata empreitada de obter receitas extraordinárias. Cavou fundo em busca de tesouros escondidos, garimpou o leito de rios inférteis – até, exausto, jogar a toalha.

TUDO INÚTIL – “Ano que vem em Jerusalém”: a meta de superávit de 0,5% do PIB foi transferida de 2025 para 2027 e a quimera de superávit de 1% ficou para 2028. O FMI e o mercado fizeram seus próprios cálculos, cravando déficits sucessivos até 2027. Na prática, o novo programa fiscal implica crescimento acelerado da dívida pública, que deve romper a barreira de 90% do PIB em 2026. Lula deixará uma bomba fiscal no colo do próximo presidente.

No ciclo petista anterior, abençoado por um céu global sem nuvens, a catástrofe fiscal demandou três mandatos. Ao contrário de Lula, Haddad sabe que, sob as nuvens plúmbeas que circulam pelo mundo, a janela do negacionismo feliz tornou-se mais curta.

Ele não quer ser Mantega – e não quer que Lula seja Dilma. Mas, à medida que sua palavra perde credibilidade, a política econômica transforma-se numa coleção de gestos reativos desconexos.

SANTIFICADO – Haddad vai para o céu, mesmo que seu corpo físico permaneça na Fazenda. Sem âncora fiscal eficaz, teremos que optar entre descontrole inflacionário e um novo aperto da política monetária.

O comando do BC troca de mãos no primeiro dia de 2025. O conselho de Campos Neto ao sucessor é “ter a firmeza de dizer não quando necessário”.

O impulso de Lula será indicar alguém incapaz de dizer-lhe não. Meu conselho ao novo timoneiro: estude a história recente da Turquia. Lá, o negacionismo econômico fabricou inflação, recessão e um espetacular fracasso eleitoral.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Como diz o escritor François Rabelais, há 500 anos, a ignorância é a mãe de todos os males, um ditado que Lula jamais aceitará. (C.N.)

Musk usa o Brasil como exemplo de censura à liberdade de expressão

Defensoria entra com ação de danos morais contra Musk e pede R$ 1 bi

Musk diz que só está defendendo o regime democrático

Deu no Poder360 

Elon Musk anunciou nesta quinta-feira que financiará uma campanha de assinaturas em apoio à Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos e a liberdade de expressão. O anúncio do bilionário foi feito depois de Katherine Maher passar a ocupar o cargo de CEO da NPR, a rádio pública do país.

Katherine Maher, em 2021, criticou o poder da legislação norte-americana afirmando que a principal dificuldade no combate à desinformação é a Primeira Emenda da Constituição dos EUA. Segundo a executiva, o texto – que protege a liberdade de expressão e opinião no país – torna “complicado” censurar informações prejudiciais.

MAIOR DESAFIO – “Do ponto de vista da regulamentação governamental, o principal desafio que vemos aqui é, é claro, a Primeira Emenda nos EUA, que é uma proteção bastante robusta dos direitos, tanto para as plataformas – o que eu acho realmente importante, que as plataformas tenham esses direitos para regular que tipo de conteúdo desejam em seus sites – mas também significa que é um pouco complicado lidar com alguns dos desafios reais de onde vem a má informação e os influenciadores que criaram uma verdadeira economia de mercado em torno disso”, disse Katherine Maher.

Em posição contrária, nos últimos dias, Musk tem criticado decisões de autoridades, inclusive do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, por supostamente cercearem a liberdade de expressão.

Ele acusou as “ações de censura contra representantes eleitos” feitas pelo ministro Moraes, de violarem as leis do Brasil. Por conta disso, o bilionário está sendo denunciado por intermediar as relações de conservadores norte-americanos com grupo grupos de “extrema-direita global”.  Em resposta, Elon Musk disse que, se apoiar liberdade de expressão é ser de “extrema-direita”, então ele acha que é.

CASO DA “NPR” – O jornalistaUri Berliner escreveu em 9 de abril o artigo “Eu estou na NPR há 25 anos. Eis como nós perdemos a confiança da América”. Nele, o profissional premiado e muito respeitado no setor faz um extenso relato sobre como a emissora de rádio adotou uma política de pautas identitárias e do universo woke depois que Trump venceu as eleições presidenciais de 2016.

Na quinta-feira (18.abr.2024), o editor sênior da NPR Uri Berline se demitiu. Ele havia sido suspenso em 12 de abril depois da repercussão do artigo.

A NPR é uma empresa de comunicação social sem fins lucrativos e mantida com dinheiro estatal (recursos dos pagadores de impostos nos EUA) e com doações diretas de seus ouvintes. Produz conteúdo que é compartilhado com centenas de emissoras locais norte-americanas.

PARTIDARIZAÇÃO – Com sede em Washington D.C., a NPR está presente em diversas cidades dos EUA e, até recentemente, era admirada pelo seu tom equilibrado. Mas, segundo Berliner, o ambiente de trabalho se transformou depois da eleição de Trump.

“Não existe mais um espírito de mente aberta [na emissora]”, declarou o jornalista. No artigo, Berliner também fala da mudança do perfil dos profissionais da NPR.

Em maio de 2021, na redação em Washington, sede da emissora, havia 87 eleitores registrados como democratas e zero como republicanos. Nos EUA, diferentemente do Brasil, quando alguém decide votar, é possível informar com qual partido se identifica.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A Primeira Emenda é um dispositivo sagrado, orgulho da democracia norte-americana, que agora é atacado por membros do Partido Democrata. Isso significa que Musk está travando uma briga enorme na matriz USA e usa o péssimo exemplo da filial Brazil para mostrar os males do desrespeito à liberdade de expressão. Ou seja, podemos comprar mais pipocas. (C.N.)  

Ao discursar, Bolsonaro insiste na anistia aos presos do 8 de janeiro e exalta Musk

Bolsonaro faz ato em Copacabana — Foto: Reprodução/TV Globo

Bolsonaro disse que Elon Musk é o mito da liberdade mundial

Por g1 Rio

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu apoiadores na Praia de Copacabana, na manhã deste domingo (21). A manifestação aconteceu entre os postos 4 e 5. Os manifestantes começaram a chegar pouco depois das 8h. Bolsonaro saiu do hotel ali perto por volta das 10h10, subiu em um dos caminhões e fez um discurso de cerca de 35 minutos, iniciado às 11h26.

Neste horário, os manifestantes ocupavam as duas pistas da Avenida Atlântica na altura da Rua Bolívar, entre as ruas Xavier da Silveira e Barão de Ipanema – não foi divulgada estimativa de público.

O MITO MUSK – Em sua fala, Bolsonaro criticou o atual presidente Lula e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, citou Elon Musk como “mito” e um “homem que preserva a liberdade”, e voltou a defender a anistia para os presos pelos atos de 8 de janeiro – como já havia feito no ato na Avenida Paulista, em São Paulo, no fim de fevereiro.

“Quando eu estive com Elon Musk em 2022, começaram a me chamar de ‘mito’. Eu falei: Não – aqui, em 2022 – temos um mito da liberdade, Elon Musk”, disse, antes de pedir palmas para o bilionário, que tem usado sua rede social, o X (antigo Twitter), para atacar Moraes por suspender da plataforma contas de apoiadores de Bolsonaro.

O ex-presidente voltou a falar sobre as eleições de 2022, que perdeu para Lula, mas alegou ter havido fraude nas urnas, sem nunca apresentar provas. Desta vez, disse que “não estava duvidando” e que era uma “página virada”.

ELEIÇÃO LIMPA – “O que mais nós queremos é que o Brasil volte à sua normalidade, que possamos disputar eleições sem qualquer suspeição. Afinal de contas, a alma da democracia é uma eleição limpa onde ninguém pode sequer pensar em duvidar dela. Temos problemas hoje em dia. Façamos a coisa certa. Não estou duvidando das eleições, página virada”, disse.

O protesto foi convocado por Bolsonaro em meio a investigações das quais é alvo por suspeita de participação numa tentativa de golpe de Estado para permanecer no poder. O ex-presidente, ex-ministros e assessores e militares são alvos de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga essa tentativa de golpe.

Em fevereiro, durante ato na Paulista, Bolsonaro defendeu passar uma “borracha no passado” e anistiar os presos que teriam participado ou financiado os atos golpistas que culminaram no ataque contra as sedes dos três poderes em 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

MAIOR FAKE NEWS – Durante a semana, Bolsonaro citou, por meio de sua rede social, que a manifestação era para dar continuidade ao ato realizado em São Paulo, em favor do estado democrático de direito e para falar sobre a “maior fake news da história do Brasil, que está resumido hoje na minuta de golpe” – o que ele repetiu em seu discurso neste domingo.

Além de Bolsonaro, discursaram o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto; a ex-primeira-dama, Michelle; os pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano; a cubana nacionalizada brasileira Zoe Martínez; e os deputados federais Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer – que discursou em inglês por um momento.

Também participaram, sem discursar, os filhos de Bolsonaro Carlos (vereador), Eduardo (deputado federal) e Flávio (senador); o deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem; o general Walter Braga Netto, e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), entre outros.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Bolsonaro aprendeu a lição e está sendo mais comedido, devido à ameaça de ser preso. O ministro Moraes decretou uma série de exigências, inclusive o ex-presidente não pode falar com Costa Neto, presidente do PL, e como o general Braga Netto, que foi candidato a vice na eleição de 2022. (C.N.)