Laura Maria
O Tempo
No primeiro ato público após a crise com o governo de Israel, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a dizer que os israelenses cometem “genocídio” ao bombardear a Faixa de Gaza. A declaração ocorreu em evento para anunciar a liberação de recursos para a área da cultura, no Rio de Janeiro.
No dia 18 de fevereiro, o presidente comparou a situação do povo palestino, em função do conflito entre Israel e o grupo Hamas, aos judeus perseguidos na Alemanha nazista por Adolf Hitler. A declaração rendeu até um pedido de impeachment protocolado na Câmara dos Deputados.
GENOCÍDIO – “O que o governo de Israel está fazendo não é guerra, é genocídio”, discursou Lula, nesta quinta-feira, dia 22. Em seguida, o presidente defendeu a criação do Estado da Palestina. “Eu sou favorável à criação do Estado Palestino livre e soberano. Que possa esse Estado Palestino viver em harmonia com o Estado de Israel. O que o governo de Estado de Israel está fazendo não é guerra, é genocídio. Crianças e mulheres estão sendo assassinadas. Não tentem interpretar a entrevista que eu dei. Leiam a entrevista e parem de me julgar a partir da fala do primeiro-ministro de Israel”, completou.
No discurso, ele ainda destacou que houve uma interpretação errônea de sua fala durante viagem à África.
“Leia a entrevista, idiota, ao invés de me julgar pelo que disse. Na Palestina, há milhares de pessoas mortas, não só soldados como crianças e mulheres”, insistiu.
CONSELHO DA ONU – Lula também falou que vai lutar para que o Conselho de Segurança da ONU tenha representantes da África e da América Latina. “Hoje, esse conselho não representa nada. Não é possível que as pessoas não compreendam milhões de pessoas que dormem com fome, é importante que as pessoas saibam enquanto é tempo de saber”, falou.
Ele encerrou o discurso destacando que há no mundo, hoje, muita hipocrisia, mas que “não podemos aceitar nenhuma guerra, porque gostamos de paz, futebol e de Carnaval”
Mais cedo, o presidente participou da inauguração do Terminal Intermodal Gentileza, no Rio de Janeiro. Ele estava na companhia da mulher dele, Janja. Na ocasião, ele não citou a crise com o governo de Israel, nem citou o depoimento de Jair Bolsonaro, que compareceu à Polícia Federal nessa quinta-feira (22) para prestar depoimentos sobre uma suposta tentativa de golpe.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Conforme temos dito, Lula não está bem e precisa de apoio especializado. Xingar quem o critica e confundir Eduardo Paes com Sérgio Cabral são sinais de que o pior está para vir. (C.N.)