Vicente Limongi Netto
Notícias correm rápidas, como voos de pássaros. É preciso retê-las e apreciá-las antes que se evaporem. Nessa linha, figuram quatro assuntos publicados no Correio Braziliense de hoje, dia 24.
O editorial saúda a decisão da CBF de incluir três punições severas no regulamento geral de competições da entidade, para casos de racismo dentro de campo. “Antes tarde do que nunca”, salienta o texto, confiante de que o presidente da CBF, o baiano e negro, Ednaldo Rodrigues, não fraquejará diante de pressões de dirigentes atrasados, demagogos, hipócritas, oportunistas e mal intencionados.
OUTROS ASSUNTOS – A deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), aquela que correu pelas ruas de São Paulo, de arma em punho, atrás de um desafeto, é patética, além de ridícula, confusa e destrambelhada.
A deputada afirma que Bolsonaro errou, no discurso de 30 de dezembro. Em seguida acredita que o ex-presidente não fugiu para Orlando, mas que já deveria ter voltado. Depois, observa que Bolsonaro pode vir a ser preso.
Em meio aos comentários mais estapafúrdios, Bolsonaro diz que não leu nem lerá a tal entrevista, Mas o pior é a salada de raciocínios desconexos que passam longe do bom senso.
FALTA DE ASSUNTO – A meu ver, é uma colossal falta de assunto, o fim da picada, o fato de três deputados brasilienses estarem fazendo das tripas coração, enchendo os peitos de orgulho, na disputa para ver quem é o verdadeiro autor ou autora, da proposta na Câmara Legislativa que trocando o nome da ponte Costa e Silva para Honestino Guimarães.
Por fim, ganhou liberdade a técnica de enfermagem Elize Matsunaga, que matou e esquartejou o marido, tentando fugir e sumir com o corpo em duas malas. Nos Estados Unidos, o crime seria punido com pena de morte ou prisão perpétua. Sem direito às inacreditáveis saidinhas.
Agora, Elize tornou-se motorista de aplicativo em Franca, São Paulo. “Cuidadosa e atenciosa”, opinaram, aliviados, os clientes. Faço votos para que nenhum deles se apaixone ardentemente por ela.