Maria Hermínia Tavares
Folha
Com o sombrio título “A recessão democrática na América Latina”, o Latinobarómetro acaba de publicar seu informe de 2023. A cada ano, desde 1995, o instituto chileno, dirigido pela economista Marta Lagos, toma o pulso político da opinião pública em 18 países da região. A ideia é aferir as atitudes em relação à democracia, suas instituições e aos governos que dão ou deixam de dar vida a seus princípios e regras.
Trata-se de um acervo precioso que proporciona uma visão comparada de como evoluíram as percepções dos cidadãos de cada país nas três décadas do grande experimento democrático fora dos Estados Unidos, Canadá e Europa Ocidental.
INSATISFAÇÃO GERAL – A pesquisa confirma esperadas variações por países. Mas, na média, aponta declínio do apreço pela democracia, em quaisquer circunstâncias; insatisfação com seu funcionamento no país do entrevistado; aumento da indiferença pela forma do regime. Também mostra a percepção de que os partidos funcionam mal, podendo ser dispensados sem grande prejuízo para o sistema.
Os resultados para o Brasil dão o que pensar. Depois de uma queda muito significativa do apoio à democracia, entre 2017 e 2020, a proporção daqueles que a consideram sempre melhor do que as alternativas voltou ao nível anterior. É relativamente baixo e estável — em torno dos 30%.
Também ficou do mesmo tamanho a minoria dos cerca de 15% que acham que uma ditadura, em certas circunstâncias, pode ser uma boa solução. O maior contingente continua formado pelos brasileiros para os quais dá tudo no mesmo. E não chegam a 1/3 os satisfeitos com a maneira como sistema opera no país. Sete em cada 10 acreditam que os partidos políticos deixam a desejar.
EM TRÊS DÉCADAS – Nada de novo na existência de um número expressivo de brasileiros relativamente indiferentes quanto ao tipo de regime político, descontentes com seu funcionamento e descrentes dos partidos: repete-se com pouca variação ao longo das três décadas em que o Latinobarómetro faz essa medição.
Mudou para melhor no auge do otimismo com relação ao governo do PT, em 2010-2011, e despencou sob o governo Temer e o desastre que se lhe seguiu nas urnas de 2018. É notável que a disputa política renhida, a polarização ideológica e a agitação febril das redes dos tempos de Bolsonaro tenham mexido apenas circunstancialmente com aquelas atitudes básicas que parecem enraizadas nas mentes e corações dos brasileiros.
Como ontem, a democracia há de funcionar no país com poucos democratas convictos e muitos cidadãos indiferentes e desconfiados de suas instituições. Grande é, assim, a responsabilidade das lideranças.
Mais uma militante petralha, eleitora do ladrão e narcotraficante Lula da Silva, que explora o lero-lero “democracia” pra enganar a trinca de “J” (jaco, jacu & joze).
Note que a ptrapaceira considera o resultado eleitoral de 2018 um desastre.
Tudo isso é sobre o texto acima?
Nossa!
Caro Jared,
Como os de mente infeccionadas pelo bolsonarismo não tem argumentos para defender o seu “mito” tosco, apenas atacam os comentaristas que são contra o tosco para desqualificar o texto e os comentários e destilar seu ódio a quem é contra o tosco. Como disse o gal. Geisel: Bolsonaro, é um mau militar e não é uma pessoa normal.
Claro que seus admiradores deve ter um (Longo) histórico de anormalidade.
Os nossos “democratas:
https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/em-dois-meses-de-governo-lula-ja-coleciona-acenos-a-ditaduras/
https://www.nexojornal.com.br/extra/2022/03/31/Bolsonaro-defende-ditadura-militar-e-manda-%E2%80%98cala-a-boca%E2%80%99-a-STF
A sra.articulista até que se diferencia um pouquinho dos gênios imbecilizados, ideólogos do cleptopatrimonialismo
Somente os discípulos que militam em quantidade maior que a corte de eunucos do Rei Xerxes aceitam essa narrativa fraudulenta.
Fariam melhor se avisassem ao Bisonho Mal intencionado que a Taxa Selic é que trava a inflação e não seu arroto fétido de cachaça.