Câmara estuda como criar regras para disciplinar as brigas entre deputados

Presidente do Conselho de Ética ironiza briga entre Nikolas e Janones - Folha PE

Briga entre Nikolas e Janones será analisada pela Comissão de Ética

Vicente Limongi Netto

O oportuno editorial do Correio Braziliense (dia 13/06), “Cartão vermelho para os brigões”, aplaude e incentiva a decisão do presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira, em punir, severamente, inclusive com suspensão do mandato, parlamentares que insistam em promover cenas de pugilato. Jogo será duro com açodados.  Festas juninas com quentão e barbas de molho.

Para não ser chamado de ditador, o presidente da Câmara estuda lançar cartilha com normas e termos apropriados para ocasiões que o sangue ferver entre inflamados engravatados.

DEDO NA CARA – Fica mantido o famoso dedo na cara entre os valentões. Desaforos e ofensas como canalha, miliciano, safado, ordinário, frouxo, trambiqueiro e cafajeste poderão ser usados. Desde que seja com educação e cortesia, tipo: “Vossa Excelência é um canalha safado”.

Será expressamente vetado xingar a mãe alheia. É proibido chamar o outro de ladrão. Seguranças da Câmara ponderam ao presidente Lira que a expressão, muito cunhada entre os brasileiros quando querem homenagear os políticos, poderá causar embaraços.

A situação ficaria incontrolável. Muitos deputados que estejam passando ou assistindo o arranca rabo, poderão não gostar e botar a carapuça.

OUTRAS NORMAS – Os brigões também estão impedidos de jogar lama na honra do desafeto. Vida particular é sagrada, enfatizará a cartilha. Desafiar para socos e pontapés fora do recinto vai ser liberado, mas fica proibido cuspir nas fuças do outro. Bico na canela pode.

Chutar a virilha e os países baixos do adversário, jamais, para não congestionar o Serviço Médico. E a cartilha definirá essa agressão como deplorável, torpe, perigosa e abusiva.

Grupo de deputados sugere a instalação do VAR, como no futebol, para evitar punições injustas.

OUVIR OS LÍDERES – O presidente Arthur Lira prometeu que ouvirá lideranças partidárias para avaliar outras medidas severas que pretende adotar. Como instalar um imenso mural luminoso com os nomes e fotos dos deputados impulsivos, com a lista grosseiros da semana e do mês.

Avalia-se até pugilato com paletó, gravata e luvas de boxe, mas em poucos assaltos, que serão chamados de “rounds”, porque na política brasileira assalto tem outro significado.

Deputados de trato ameno, alheios a rinhas corporais, mais preocupados em trabalhar pela coletividade, que respeitarem os adversários, serão aquinhoados com mais polpudas emendas.

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