Para se fortalecer no poder, Netanyahu dissolve o gabinete da guerra de Israel

Benjamin Netanyahu, a vida e carreira do homem que governou Israel mais tempo e lidera ofensiva contra o Hamas - BBC News Brasil

Netanyahu diz que manterá a guerra até destruir o Hamas

Maayan Lubell e James Mackenzie
Reuters/CNN

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, dissolveu o gabinete da guerra, composto por seis integrantes, disse uma autoridade israelense nesta segunda-feira (17), em uma medida amplamente esperada que ocorre após a saída do governo do líder centrista Benny Gantz, general reformado e ex-ministro da Defesa.

Espera-se agora que Netanyahu mantenha consultas sobre a guerra de Gaza com um pequeno grupo de ministros, incluindo o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o ministro dos Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, que também integravam o gabinete da guerra.

PRESSÃO DE RADICAIS – O primeiro-ministro enfrentou exigências dos parceiros nacionalistas-religiosos da sua coligação, o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, para serem incluídos no gabinete da guerra, uma medida que teria intensificado as tensões com parceiros internacionais, incluindo os Estados Unidos.

O gabinete foi formado depois que Gantz se juntou a Netanyahu em um governo de unidade nacional no início da guerra, em outubro, e também incluiu o parceiro de Gantz, Gadi Eisenkot, e Aryeh Deri, chefe do partido religioso Shas, como observadores.

Gantz e Eisenkot deixaram o governo na semana passada, devido ao que disseram ser o fracasso de Netanyahu em formar uma estratégia para a paz em Gaza.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Benny Gantz apresentou um plano de paz a Netanyahu, mas o premier nem deu atenção. Depois, um grupo de países, formado por Estados Unidos, Arábia Saudita, Egito e Catar, apresentou uma proposta semelhante, mas Netanyahu também rejeitou. Agora, Gantz e outros líderes trabalham no Knesset para derrubar o governo atual e celebrar o cessar-fogo. Mas isso vai demorar, porque a guerra fortaleceu Netanyahu, algo que parecia inviável antes do ataque do Hamas, em 7 de outubro. (C.N.)

8 thoughts on “Para se fortalecer no poder, Netanyahu dissolve o gabinete da guerra de Israel

  1. Sábado teve mais protestos contra Netanyahu (coisa que está cada vez mais frequente). Ele convocou 5 brigadas do exército e tudo indica que terá uma invasão ao Libano é algo cada vez mais concreto.

    O seu gabinete está pressionando muito para que Netanyahu tome uma providência contra Libano e sobre a resgate dos prisioneiros. O Hezbollah combate os FDI sem receio, Israel desalojou mais de 100 mil pessoas do norte de Israel por conta dos ataques do Hezbollah. No Líbano a porca vai torcer o rabo, se Israel está sofrendo para acabar com Hamas… no Libano ele vai levar muita cacetada…

  2. Licença…

    1) Se ele estudasse um pouco de Filosofia saberia que tudo é impermanente, as ideologias são ideias, são pensamentos e tempos depois reencarnam, vejam o nazismo e fascismo aí que não acabaram… o comunismo e o socialismo também não…

    2) Pensamentos são Energias, se transformam, não acabam, não morrem…

  3. Só Israel é pressionado, dá a impressão que o Hamas e o Hezbolla são as grandes vítimas.
    O que os Estados Unidos, Arábia Saudita, Egito e Catar, estão fazendo contra os terroristas?
    Países árabes não aceitam refugiados palestinos, são deixados lá como bucha de canhão para demonizar Israel.

    • Hamas é cria de Israel, inclusive com ajuda do próprio Netanyahu. Porém nessa região todos possuem seus proxies.

      Israel ajudou a financiar o ISIS (Estado Islâmico). ISIS alias é usado por varias paises do Ocidente para assumir atentado terrorista como o que aconteceu na Russia mas quem orquestrou foi a Ucrania junto com os EUA. Israel atuou diretamente na ajuda para o Baluchistão realizando o atentado no aniversário de morte do Qassem Soleimani. Disseram que foram os ISIS, mas o Irã mandou bala no Baluchistão (ataque feito no Paquistão).

      Não tem santo nessa história.

  4. Tudo o que Netanyahu sonhou vem acontecendo há meio ano, a justificativa para não abandonar o poder em nome da “segurança” do povo israelense. E os falcões estão adorando, falar mal do governo é tido como um ato de traição à pátria, como querem o governo e a justiça brasileira fazerem também aqui.

  5. Acontecimentos de 17 de junho de 2024

    No norte da Faixa de Gaza, os israelenses bombardearam novamente a cidade de Gaza : o distrito de Al-Sheikh Radwan estava sob fogo , assim como o Az-Zeitun bairro , onde as tropas israelenses lutam com formações palestinas.

    No sul do enclave continua a operação das Forças de Defesa de Israel ; ocorreram confrontos no campo de Al-Shabura e na área de Tell al-Sultan. O serviço de imprensa das FDI também relatou o estabelecimento de “controle operacional” sobre parte de Rafah, a derrota de dois batalhões do Hamas e a descoberta de 25 túneis transfronteiriços em território egípcio.

    A troca de golpes continua ao longo da fronteira libanesa-israelense. Um oficial do exército israelense disse que o Hezbollah disparou mais de 5.000 tipos diferentes de munição contra Israel desde 7 de outubro de 2023.

    Na região do Mar Vermelho, os Houthis relataram novos ataques à navegação internacional e aos navios de guerra da coligação ocidental. No entanto, nem os recursos de monitorização britânicos nem os militares americanos confirmam esta informação.

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