Boa notícia! A mentalidade de Kamala contrasta com a política americana

Kamala Harris

Kamala começa bem, ao se recusar a receber Netanyahu

Janio de Freitas
Poder 360

O número é aterrador: 722 milhões de seres humanos no mundo passam fome. Presença crescente da miséria, são mais 22 milhões do que em 2020/2022, na estimativa conjunta de cinco agências da ONU.

Ao mesmo tempo, os envios de armas, munição, tanques e aviões dos Estados Unidos e da Europa-Otan, para impulsionar a guerra da Ucrânia e o massacre dos palestinos, já estão na casa dos US$ 200 bilhões. E vai adiante.

NETANYAHU NOS EUA – O Congresso dos Estados Unidos, que autoriza a parte norte-americana desse gasto, concedeu ao condutor do massacre palestino a honra de recebê-lo em sessão solene e ouvi-lo em discurso sobre a devastação de Gaza. Na mesma ocasião em que o Tribunal Penal Internacional reconheceu mais uma violação da Convenção de Genebra por Israel.

Invadir e construir colônias israelenses em terras da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental são ações ilegais. Transgressões ao direito internacional. Crimes. Donald Trump diz falsidades dignas de Benjamin Netanyahu e Netanyahu falseia com a desfaçatez de Trump.

Para um e para outro, o mesmo aplauso exuberante da maioria de congressistas. Apesar de quase 100 anos entre cenas idênticas dos anos 1930 e de agora.

KAMALA DISSE NÃO – A recusa de Kamala Harris a presidir, por atribuição da Vice-Presidência, a sessão de Netanyahu foi já um ato indissociável da candidata. Quisesse só evitar formalidades equivocantes ou antecipar, para o público, uma distância política que atinge também o governo Biden, já seria uma brava atitude, com projeções arriscadas na influente comunidade judaica.

Parecidos em vários traços da personalidade, como mentirosos Netanyahu e Trump são iguais. Do primeiro, ante as manifestações contrárias: Israel tem informações de que “os manifestantes são financiados pelo Irã”, mundo afora. Do outro, em comício: “Ela quer abortos no 8º e 9º mês”.

O primeiro comanda um país e uma guerra de morticínio furioso. O outro presidiu a maior potência mundial e talvez seja levado pelos conterrâneos a dominá-la outra vez. Ambos pendurados em processos criminais. Diante disso, a desistência forçada de Joe Biden, por atrapalhar-se em debate sem sentido e com sinais atribuíveis a ansiolítico forte, deveria ser motivo de vergonha nacional.

BIDEN FALHOU – Com sua contribuição decisiva para os horrores israelenses em Gaza e para o continuado sacrifício da Ucrânia por Putin, associada à guerra fria com a China, Biden nada fez pelo mundo que nos justificasse sua reeleição. Fazê-lo é o que se espera da necessária vitória de Kamala Harris sobre Trump.

No argumento trumpista de que “não é americana nata”, como exigido, Kamala traz uma qualidade particular. De mãe indiana (bióloga e importante pesquisadora de câncer) e pai jamaicano (professor de economia), nasceu na Califórnia, e pronto.

Mas, se eleita, levará para o eixo do mundo uma mentalidade geneticamente contrastante com a dos políticos norte-americanos. E originada de duas formações étnicas enriquecidas pela calma, a reflexão, um profundo sentido de humanidade. O quanto Kamala Harris tem dessa carga bendita, pode ser que os norte-americanos nos deixem saber, mais adiante.

11 thoughts on “Boa notícia! A mentalidade de Kamala contrasta com a política americana

  1. Janio, finalmente esta direcionando a politica externa dos seus amigos?

    Ou este artigo e esta noticia é só coincidência???

    Governo Lula condena ‘veementemente’ assassinato de líder do Hamas no Irã… –

  2. Obama é prova viva de que a tese não vinga.

    Nem em delineamento de Caso Controle, nem Coorte, nem Transversal, sem chance.

    Precisaria ser factível, interessante, nova, ética, como toda pesquisa científica que se preza.

  3. Os Estados Unidos só serão bom para o Jânio no dia que abolir o capitalismo e estabelecer um governo marxista leninista.
    Senhor Jânioer, vai ser preciso o senhor ficar com a boca aberta muito tempo antes que voe para ela uma perdiz assada.

  4. Não vai fazer diferença alguma, talvez com o Trump, os EUA tente cortar ajuda ao palhaço ucraniano, o que seria bom pra forçar o fim dessa guerra. E só.

    Como ponto negativo, teremos que aguentar essa extrema direitinha tupiniquim tecendo loas de vira-latice aos EUA por mais 4 anos.

  5. O lobby armamentista norte-americano é fortíssimo. Para inglês ver, os EUA jogam para a plateia! O que interessa é que continue a pujança da indústria bélica e estamos conversados…

  6. Senhor Sidney Alves de Oliveira , mais cedo ou mais tarde , todas essas matanças , extermínios e mutilações de diversos povos , que os USA promovem nos quatros cantos do mundo , chegarão dentro de suas fronteiras , e nas dos países membros da Otan e afins .

  7. Trump só perde esta para ele mesmo, se não falar tanta besteira até novembro volta à Casa Branca. A atual vice-presidente americana é tão insignificante quanto o velho Joe, este sim em plena decadência depois de tantos anos em Washington.

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