Venezuela caminha para um impasse e Amorim teme “guerra civil no país”

Amorim voltou a comprovação de resultado

Pedro do Coutto

A situação na Venezuela caminha para um impasse e o assessor especial para assuntos externos da Presidência da República, Celso Amorim, revelou em entrevista ontem ao O Globo que teme que o agravamento da situação resulte em uma “guerra civil no país”.

Amorim voltou a cobrar do presidente Nicolás Maduro a comprovação de um resultado oficial, mas disse não confiar nas atas eleitorais apresentadas pela oposição, destacando a importância da flexibilidade entre governo e oposição no país para se chegar a uma conciliação, criticando a postura de outros países, como os Estados Unidos.

RECEIO –  “Eu temo muito que possa haver um conflito muito grave. Não quero usar a expressão guerra civil, mas temo muito. E eu acho que a gente tem que trabalhar para que haja um entendimento. Isso exige conciliação. E conciliação exige flexibilidade de todos os lados. Por que os Estados Unidos mantiveram sanções violentas quando já havia processo de negociação? Por que a União Europeia manteve sanções quando foi convidada para ser observadora?”, disse.

O posicionamento do Brasil, até agora, é de aguardar a publicação das atas, apesar da demora do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, que sofre influência direta de Maduro. Os documentos, oferecidos nesta quarta-feira ao governo brasileiro pela líder da oposição, María Corina Machado, podem até ser recebidos, mas “não seriam avalizados pela diplomacia brasileira”, dizem integrantes do governo.

DESCONFIANÇA – Na entrevista, Amorim reiterou que não confia nos boletins da oposição. “Claro que é lamentável que as atas não tenham aparecido. Eu não estou dizendo agora, disse isso para o presidente Maduro no dia seguinte à eleição. E também não tenho confiança nas atas da oposição”, afirmou.

A oposição admitiu a possibilidade de uma mediação para a crise e ofereceu as atas das eleições ao Brasil como agente de conciliação. Dificilmente, Nicolás Maduro aceitará essa alternativa, pois são essas atas que confirmam a sua derrota nas urnas. O governo Maduro continua numa posição irredutível de acentuar que perdeu o pleito.

O que acontece na Venezuela é que o problema cresceu tanto que Maduro chegou a convocar eleições sob uma farsa, uma vez que não aceitou resultados concretos, falsificando o que de fato aconteceu. Para o Brasil, aceitar o papel de mediador será uma posição difícil, pois isso significa reconhecer com base nas atas a existência de fraude, colocando em cheque todo o processo eleitoral da Venezuela. Impressionante a desfaçatez do governo de Caracas.  

9 thoughts on “Venezuela caminha para um impasse e Amorim teme “guerra civil no país”

  1. Seguem planos, à Pike, o Albert, conforme:
    “O Plano Demoníaco de Albert Pike Para a Implementação da Nova Ordem Mundial.”
    “Albert Pike foi o Grande Comandante da Maçonaria norte-americana de 1859-1891. Durante seu mandato, teve uma visão de como a Nova Ordem Mundial poderia ser estabelecida. O Plano previa três guerras mundiais. A Primeira e a Segunda Guerra Mundial ocorreram exatamente conforme previsto. O Plano prevê que o Anticristo surgirá a partir da fumaça, poeira e destruição causada por uma Terceira Guerra Mundial, que será travada entre árabes e israelenses. Essa guerra agora está iminente!!”
    PS. Continua, em:
    http://www.espada.eti.br

    • Data de publicação: 9/4/2001
      PS. Muitos haverão de despertar diante do entendimento direto da admoestação:
      “Sai dessa babilônia povo Meu, para que não incorras em seus pecados, pragas e crimes!”

  2. Quanta baboseira, não tem impasse nenhum e esse Amorim é um canalha lambe bota de ditador.

    A Venezuela já era uma ditadura desde Chavez, só o que mudou é que o teatro de faz de conta acabou.

  3. Guerra civil? O povo venezuelano vai lutar com o que nas mãos, porretes, machados, facões e facas contra o exército e as milícias armadas pela ditadura? O ditador foi bem claro e sincero, ou ganhava ou mergulhava o país em em banho de sangue.

  4. A entrevista de Celso Amorim, no Estúdio ressaltou o desconforto do governo com a grave crise na Venezuela.

    A eleição foi uma farsa armada por Nicolas Maduro. O ditador venezuelano, impediu a candidata da oposição, Maria Corina de concorrer, a segunda indicada da oposição também foi descartada e só admitiram o candidato Edmundo Gonzales, de concorrer, porque aos 78 anos, pensaram que seria uma barbada, vencer o oponente.

    Amorim, deixou claro, uma queda pelo regime, mas, se tornou difícil defender um ditador golpista na Venezuela e ser contra a Ditadura Militar de 1964 e os que tentaram nova ditadura no Brasil, entre o fim de 2022 e o início de 2023.
    O Manifesto dos Coronéis, a favor do Golpe, entregue ao Comandante do Exército, general Freire Gomes, no final de novembro de 2022, põe luz, na narrativa, de que houve mesmo um planejamento e execução de uma Intentona golpistas no Brasil, que teve seu epílogo fracassado em oito de janeiro de 2023.
    Ainda, há, quem não acredita e colocando a cabeça dentro do buraco, igual avestruz, considera isso tudo uma piada e escrevem blá, blá, blá. São da mesma estirpe do ideólogo, Celso Amorim, de sinal trocado.

    O ditador como todos eles, não são confiáveis, querem o Poder para se locupletar, beneficiar os filhos, a família inteira e se sobrar os áulicos e amigos. Usam as Forças Armadas como braço militar e os coronéis, generais, brigadeiros e almirantes, se beneficiam também tirando tudo que podem do Estado, como fazem os políticos de todos os Partidos.

    Toda essa pilhagem da nação, principalmente no Brasil, na Venezuela, na Nicarágua e afins, tem levado o povo a miséria e a desesperança total, daí o aumento vertiginoso da emigração em massa, caso dos venezuelanos.

    Uma casta de políticos, loucos por orçamento secreto e agora emendas PIX, drenam a economia do país.
    Quem manda no país, chamado Brasil é o Legislativo. O presidente, seja Bolsonaro ou seja Lula, não passam de rainha da Inglaterra. Por essa razão, o governante, desejoso de mandar sem amarras legislativas, planeja Golpe de Estado com fechamento do Congresso e cassação de ministros do STF.

    É a receita do Hugo Chaves, que todos tentam copiar. Apoiado no estamento militar, cooptado por ele, o regime venezuelano, controla o Legislativo e o Judiciário. Não há, nenhuma possibilidade concreta de mediação. Quem detém o Poder não entrega de bandeja para o adversário.

    Só tem um Poder, que é respeitado por ditadores e militares: O Povo. Quando o povo para tudo e vai para as ruas, sem medo de morrer abatido pelos tiros de canhão ou metralhadoras, drones assassinos e bombas letais, não existe nenhum governo que permaneça de pé. Afinal, eles não podem matar todo mundo. Quando a munição acabar, seriam trucidados.
    Se fosse fácil, Mussoline não seria esquartejado depois do enforcamento em praça pública.

  5. A hipocrisia, o cinismo, a indiferença perversa, a conivência gananciosa, o interesse criminoso… com Fidel ditando o destino da vida cubana por 49 anos. Alguém fora da ilha perdeu o sono?
    Assim é o mundo, assim continuará sendo. A importância da Venezuela foi enterrada há milhões de anos.

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