Depois do Dia dos Pais, festivo por obrigação, os idosos são sempre desprezados

27 frases de indireta para pai que não liga para o filho - PensadorVicente Limongi Netto

A jornalista Ana Dubeux trouxe ao leitor um tema definitivamente sério e preocupante, merecedor de fortes reflexões (“Um Brasil mais velho é um Brasil mais maduro?” Correio Braziliense – 25/08), onde analisa e expõe preocupações com os idosos. É uma categoria de brasileiros geralmente humilhada, sofrida, desamparada e insultada. 

Ana Dubeux lamenta essa ferida que raramente sara – o inacreditável desprezo que as pessoas têm pelos mais velhos. “Será preciso haver uma revolução cultural e educacional no Brasil para chegarmos a algo minimamente razoável no tratamento das pessoas mais velhas”, indaga a jornalista, acrescentando mais irretocáveis verdades, com o coração triste e indignado.

REALIDADE – “Aqui o velho ainda é motivo de pancada ou peninha, o velho é sempre o outro. Temos imensa dificuldade em nos enxergar lá na frente e uma facilidade constrangedora de viajar em direção ao passado, apenas lembrando do que foi bom na juventude”. 

Palmas para Ana Dubeux. Todo idoso guarda lamentações. Rico ou pobre, precisa ser tombado, no bom sentido, porque deixou de ser necessário e útil.  Ninguém deve se iludir.  A dor pela ausência do apreço é profunda. Idoso deixou de ser útil. Sumiram o afeto e a gratidão de familiares e amigos. Pétalas de respeito, doçura, carinho e amor desapareceram nas águas da melancólica amargura. 

9 thoughts on “Depois do Dia dos Pais, festivo por obrigação, os idosos são sempre desprezados

  1. O etarismo, o capacitismo e toda forma de discriminação merece ser combatida.

    Humanos não têm prazo de validade.

    É precioso o intercâmbio com o tempo.

    Experiência vale muito.

  2. Com licença!
    QUANDO A CASA DOS AVÓS SE FECHA

    Acho que um dos momentos mais tristes da nossa vida é quando a porta da casa dos avós se fecha para sempre, ou seja, quando essa porta se fecha, encerramos os encontros com todos os membros da família, que em ocasiões especiais quando se reúnem, exaltam os sobrenomes, como se fosse uma família real, e, sempre carregados pelo amor dos avós, como uma bandeira, eles (os avós) são culpados e cúmplices de tudo.

    Quando fechamos a casa dos avós, também terminamos as tardes felizes com tios, primos, netos, sobrinhos, pais, irmãos e até recém-casados que se apaixonam pelo ambiente que ali se respira.

    Não precisa nem sair de casa, estar na casa dos avós é o que toda família precisa para ser feliz.

    As reuniões de Natal, regadas com o cheiro a tinta fresca, que cada ano que chegam, pensamos “…e se essa for a última vez”? É difícil aceitar que isso tenha um prazo, que um dia tudo ficará coberto de poeira e o riso será uma lembrança longínqua de tempos talvez melhores.

    O ano passa enquanto você espera por esses momentos, e sem perceber, passamos de crianças abrindo presentes, a sentarmos ao lado dos adultos na mesma mesa, brincando do almoço, e do aperitivo para o jantar, porque o tempo da família não passa e o aperitivo é sagrado.

    A casa dos avós está sempre cheia de cadeiras, nunca se sabe se um primo vai trazer namorada, porque aqui todos são bem-vindos.

    Sempre haverá uma garrafa térmica com café, ou alguém disposto a fazê-lo.
    Você cumprimenta as pessoas que passam pela porta, mesmo que sejam estranhas, porque as pessoas na rua dos seus avós são o seu povo, eles são a sua cidade.

    Fechar a casa dos avós é dizer adeus às canções com a avó e aos conselhos do avô, ao dinheiro que te dão secretamente dos teus pais como se fosse uma ilegalidade, chorar de rir por qualquer bobagem, ou chorar a dor daqueles que partiram cedo demais. É dizer adeus à emoção de chegar à cozinha e descobrir as panelas, e saborear a “comida da nona”.

    Portanto, se você tiver a oportunidade de bater na porta dessa casa e alguém abrir para você por dentro, aproveite sempre que puder, porque ver seus avós ou seus velhos, ficar sentado esperando para lhe dar um beijo é a maior sensação, maravilhosa, que você pode sentir na vida.

    Descobrimos que agora nós temos que ser os avós, e nossos pais se foram, nunca vamos perder a oportunidade de abrir as portas para nossos filhos e netos e celebrar com eles o dom da família, porque só na família é onde os filhos e os netos encontrarão o espaço oportuno para viver o mistério do amor por quem está mais próximo e por quem está ao seu redor.

    Aproveite e aproveite a casa dos avós, pois chegará um tempo em que na solidão de suas paredes e recantos, se fechar os olhos e se concentrar, poderá ouvir talvez o eco de um sorriso ou de um grito, preso no tempo. De resto, posso dizer que ao abri-los, a saudade vai pegar você, e você vai se perguntar: por que tudo foi tão rápido? E vai ser doloroso descobrir que ele não foi embora … nós o deixamos ir …

    Anônimo

    • Nova licença, Caro Vicente.
      “Para nascer precisamos de:
      2 Pais(1 homem e uma mulher)
      4 Avós
      8 Bisavós
      16 Trisavós
      32 Tetravós
      64 Pentavós
      128 Hexavós
      256 Heptavós
      512 Oitavós
      1024 Eneavós
      2048 Decavós
      Apenas o total das 11 últimas gerações, foram necessários 4.094 ANCESTRAIS, tudo isso em aproximadamente 300 anos antes de eu ou você nascermos!
      Pare um momento e pense…
      – De onde eles vieram?
      – Quantas lutas já lutaram?
      – Por quanta fome já passaram?
      – Quantas guerras já viveram?
      – Quantas vicissitudes sobreviveram os nossos antepassados?

      Por outro lado, quanto amor, força, alegrias e estímulos nos legaram?

      Quanto da sua força para sobreviver, cada um deles tiveram e deixaram dentro de nós para que hoje estejamos vivos.

      Só existimos graças a tudo o que cada um deles passou.”
      Autor desconhecido.

  3. Essa é a última e é pácabá!
    “A GERAÇÃO DE OURO: 40/50/60 ESTÁ INDO. AGORA QUEM VAI NOS SUBSTITUIR?

    Sem Amor ao próximo…
    Nós, que temos mais de 50/60/70/80 anos, somos uma geração única e mais compreensiva, porque somos a última geração que ouviu seus pais, avós e tios. Também respeitamos os pais, professores, pessoas mais velhas e amávamos de verdade. Nós tínhamos apelido e não era desrespeito, as músicas que ouvíamos não agrediam. Nós atravessamos a era do rock, woodstok, hippies, viagem a lua, muitas guerras que não eram nossas, crescemos protegidos pelos militares, estudamos em escolas e faculdades públicas, não havia plano de saúde, brincávamos o carnaval nos clubes, havia baile de debutantes, tínhamos 2 meses de férias, namorávamos e muitos de nós se casou com a primeira namorada e está casado até hoje.
    Somos uma edição LIMITADA! Todos os dias somos menos. Aproveite enquanto você pode.
    Aprenda conosco.
    E tenha em mente que, tivemos muito trabalho para construir um *MUNDO* que hoje está sendo destruído por falta do que no passado tínhamos em abundância, *AMOR AO PRÓXIMO*.

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