Queimadas brasileiras comprometem exportações para União Europeia

Queimadas combinadas com a seca severa atingem diversas regiões

Pedro do Coutto

As queimadas que atingiram vários estados este ano têm implicações econômicas profundas, afetando não apenas a agricultura, mas também a imagem do Brasil no cenário global. O país, líder mundial na exportação de produtos como soja, milho, café, açúcar, suco de laranja e carnes, enfrenta uma crise que vai além das perdas diretas causadas pelo fogo. Integrantes do governo e representantes do setor privado expressam preocupação com a possibilidade de que esses incêndios possam ser utilizados para desqualificar a produção agrícola brasileira.

A crise das queimadas, combinada com a seca severa que atinge diversas regiões, configura uma ameaça econômica significativa. O governo brasileiro tem trabalhado para mitigar os impactos externos, apresentando a situação como resultado de condições climáticas extremas e possíveis ações criminosas, além de destacar que outros países também enfrentam problemas semelhantes com incêndios florestais.

NOVA LEGISLAÇÃO – O desafio para o governo é ainda mais urgente com a iminência da nova legislação da União Europeia, que entrará em vigor em 1º de janeiro de 2025. Esta regra proíbe a comercialização de produtos originários de áreas desmatadas, o que representa uma ameaça direta para as exportações brasileiras.

Com a previsão de que o Brasil possa perder mais de um terço de suas exportações para o bloco europeu, o equivalente a cerca de US$ 15 bilhões anuais, o governo busca uma prorrogação para adaptar-se às novas exigências e está em negociações para garantir um período de adaptação mais amplo.

MENSAGEM –  O governo tem levado ao exterior a mensagem de que os incêndios ocorrem em meio a uma forte seca, de que há suspeita de ações criminosas e que outros países também sofrem com o fogo. Além disso, afirma que o Brasil está atuando para conter os problemas. Por isso, argumenta o governo Lula, não haveria motivos para punir as exportações brasileiras.

As queimadas deste ano não apenas representam uma crise ambiental e econômica imediata, mas também uma oportunidade para o Brasil reavaliar suas estratégias de exportação e comunicação internacional. O governo e o setor privado enfrentam um desafio complexo, que exige ações decisivas e uma colaboração internacional robusta para proteger a sustentabilidade da produção agrícola e a reputação global do país.

O Brasil tem que combater o fogo, como está fazendo no cerrado, por exemplo, prender os criminosos, levá-los à Justiça, deixar evidente o comprometimento do governo tanto com o combate aos incêndios quanto a destruição da floresta amazônica. Não é possível assistir ações irresponsáveis de forma passiva e que comprometem a economia e a imagem do país.

12 thoughts on “Queimadas brasileiras comprometem exportações para União Europeia

  1. Demorou a perceber

    (Só com incêndios, fumaça e fuligem batendo em Brasília) Lula admite que ‘o Brasil não está preparado para combater queimadas’.

    “As cidades não estão cuidadas; 90% das cidades estão despreparadas para cuidar disso”, afirmou.

    “Os Estados são poucos que têm preparação, que têm Defesa Civil, que têm bombeiros. Brigadistas, quase ninguém tem”.

    Fonte: O Estado de S. Paulo, 17/09/2024 | 19h23 Por Victor Ohana e Sofia Aguiar

    Incêndios florestais em Brasília cobriram o céu da capital do país com uma nuvem de fumaça e forçaram escolas a suspenderem as aulas nesta terça-feira (17).

    Fonte: UOL, Brasília, 17/09/2024 16h51 Reuters

  2. (Foi preciso que incêndios, fumaça e fuligem chegassem à Brasília, para) Lula concluir que ‘o Brasil não está preparado para combater queimadas’.

    “As cidades não estão cuidadas; 90% das cidades estão despreparadas para cuidar disso”, afirmou.

    “Os Estados são poucos que têm preparação, que têm Defesa Civil, que têm bombeiros. Brigadistas, quase ninguém tem”.

    Fonte: O Estado de S. Paulo, 17/09/2024 | 19h23 Por Victor Ohana e Sofia Aguiar

    Incêndios florestais em Brasília cobriram o céu da capital do país com uma nuvem de fumaça e forçaram escolas a suspenderem as aulas nesta terça-feira (17).

    Fonte: UOL, Brasília, 17/09/2024 16h51 Reuters

  3. A lei tem que ser alterada para tratar esses criminosos responsáveis por esses incêndios (sabemos quem são) como terroristas. Sei que é utopia, pois a bancada ruralista do congresso (o sabemos quem são) jamais aprovaria essa lei.

  4. Sr. Newton

    São as Queimadas do Amor…

    Cadê a musiquinha para “Salvar a Amazônia”.?

    Cadê o Caetano Veloso.?

    Cadê o Gil.?

    Cadê dona fernanda montenegro.?

    Cadê a Fadinha da Floresta.?

    Bora fazer música ….

  5. Não é possível assistir ações irresponsáveis de forma passiva e que comprometem a economia e a imagem do país.

    Sr. Pedro

    Seriam os irresponsáveis o Ladrão e toda sua Quadrilha de Picaretas Corruptos.?

  6. É simplesmente mais uma realidade política do país, política não, corrupta, legislação e medidas de prevenção, não dão votos nem pixulecos.

  7. As florestas brasileiras queimam 20 vezes mais nas mão do LADRÃO e da MULHER DO MADEIREIRO do que quando o Bolsonaro e o Salles estavam responsáveis por ela. Nem um pio da impren$a mercenária, nenhuma ação da $uprema De$graça, um silêncio ensurdecedor do DiCapprio, Gretta, Macron, ONGs com muito dinheiro no bolso sem tempo de se preocupar com isso, etc. E para fechar a tampa do caixão, o LADRÃO usurpador fala em confiscar terras, então era esse o plano desde o início?

  8. O Brasil não está preparado para combater as queimadas, generalizadas, na Amazônia, no Cerrado ( Goiás, Tocantins e Brasília).
    Em Tocantins por exemplo, falta estrutura de brigadistas para combate ao fogo el Jalapão.
    O Parque Nacional de Brasília foi destruído em mais de 60% do seu bioma, o que pode comprometer o abastecimento de água de Brasília.

    Todos os governadores, os prefeitos e o governo federal sabiam, que a seca deste ano seria terrível. Não acreditaram nas previsões dos especialistas e agora lutam para recuperar o tempo perdido.

    O estrago foi terrível, de Norte a Sul. Poucas chuvas nesse final de inverno e a teimosia de provocação de queimadas para surgir capim novo, para plantar e o gado pastar, além da burrice em queimar as folhas ao invés de enterrar para virar adubo.

    Não adianta multar os incendiários, ninguém paga multa, nem vai preso por incendiar florestas. País da impunidade.

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