André Marsiglia
Poder360
Por decisão monocrática, o ministro Flávio Dino mandou, na sexta-feira (1º.nov.2024), serem excluídos de livros trechos que continham potenciais ofensas contra minorias LGBTQIA+. O que Dino não sabe é que livros não ofendem porque não existe debate ofensivo, ofensivo é não haver debate. Se os trechos contêm burrice intelectual, muito mais burra é a sociedade que os manda excluir. E como antídoto a esse tipo de censura, tenho dois argumentos: um filosófico e outro jurídico.
O argumento filosófico: acreditar que a inexistência de livros resultará na inexistência de ideias indigestas é um pensamento mágico e infantil.
NAÇÃO SEM VALORES – Acreditar que essas ideias colocam em risco os valores reais de uma nação é digno de uma sociedade fraca, frouxa e medrosa. Ou de uma nação sem valores reais. E temos vivido essa democracia covarde no Brasil, desde que o STF se tornou síndico do debate público, com os inquéritos das fake news.
Pelo medo de a democracia ser ameaçada, não permitimos seu questionamento; pelo medo de a liberdade de expressão ser abusada, não permitimos seu uso; pelo medo de batermos o carro, não o retiramos da garagem. E vivemos como se não tivéssemos o carro, a liberdade e a democracia.
Não faz sentido acreditar em valores que não podem ser tirados do plástico, do embrulho, serem postos à prova.
DIREITO FUNDAMENTAL – O argumento jurídico é de que a liberdade de expressão no Brasil não é absoluta, mas é um direito fundamental e, por isso, não pode ser excluído. É uma questão de lógica: se puder ser excluído, não será fundamental.
A livre expressão precisa, portanto, ser conciliada com demais direitos. A decisão de Dino seria mais correta, por exemplo, se arbitrasse indenização a quem eventualmente foi ofendido pela obra, mas não mandasse retirar seus trechos, inibindo ou inviabilizando sua circulação.
Além disso, Dino já havia se manifestado em ocasião anterior, dizendo entender que chamar a alguém de nazista ou fascista faz parte do debate público. Por qual razão, então, para ele, determinados grupos poderiam ser ofendidos e outros não?
UM DESASTRE – Um grupo minoritário não se ofende mais ou menos que outros, não há mais ou menos justiça em ofender esta ou aquela pessoa, desta ou daquela forma. Crer nisso inviabiliza uma análise objetiva dos fatos, deixando pesar na balança da Justiça a subjetividade do juiz, e não a lei.
Por qualquer ângulo, o que Dino fez foi um desastre para a liberdade de expressão. E só não está reverberando como um verdadeiro escândalo porque nós temos no Brasil advogados, jornalistas e intelectuais capachos e interesseiros suficientemente para aplaudir qualquer absurdo que brote de alguma autoridade dotada de poder.
https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2024/11/13/praca-dos-tres-poderes-em-brasilia-e-isolada-apos-explosoes.ghtml
Brasília…
STF há poucos instantes.
Censor cretino! Severino quebra galho já me passou a ficha …. “Iiiiiiiiiiiiisssssso é uma bichona!!!!!!
Dino do Maranhão, Camilo do CE, Dias do PI, Filho das AL e outros foram pedir voto para trabalharem por seus feudos eleitorais , ops! seus estados mas passaram o mandato para suplentes sem voto. Capitanias hereditárias em pleno século 21.
Democracia de mer…!!! Democracia de ARAQUE!!
Placebo e Batoré foram exigir cargos e emendas hoje no planalto. É só isso que interessa em Brasília hoje em dia. A maior cidade da América Latina fica dias sem luz porque a ANEEL foi aparelhada por dois bolsonaristas da câmara alta. Um do Norte e outro do Nordeste. Não resolvem os problemas dos seus estados e ainda destroem a parte que ainda presta e sustenta tudo isso . Sustenta a farra toda . É o centro sul que banca , tem a maioria da população mas não apita NADA!
Engraçado, o livro “Minha Luta” foi proibido na Alemanha por bastante tempo. O que dizem os críticos?
Sr. Vidal, contextualizando, com auxílio do IA do Google:
“Proibição e Liberação de “Mein Kampf”.
“Mein Kampf” foi um livro de Adolf Hitler onde ele expôs suas ideias extremistas e racistas. Por essa razão, a obra foi proibida por diversos motivos:
* Conteúdo perigoso: As ideias propagadas no livro incitam ao ódio, à violência e à discriminação, o que pode levar a consequências graves.
* Ligação ao nazismo: A obra é considerada um manifesto do nazismo e, portanto, um símbolo de um regime que causou sofrimento e morte em massa.
Quando foi proibido:
* Após a Segunda Guerra Mundial: A proibição de “Mein Kampf” se intensificou após o fim da guerra, em um esforço para combater a ideologia nazista e impedir sua disseminação.
Quando foi liberado da proibição:
* Não houve uma liberação oficial: Os direitos autorais do livro foram transferidos para o estado da Baviera, na Alemanha, que decidiu não renovar a proibição. Isso significa que, teoricamente, qualquer um poderia publicar a obra, mas a maioria dos editores evita fazê-lo devido ao seu conteúdo nocivo.
É importante ressaltar:
* Conteúdo controverso: Mesmo com a possibilidade de publicação, o conteúdo de “Mein Kampf” continua sendo altamente controverso e perigoso.
* Edições comentadas: Algumas edições comentadas do livro foram publicadas, com o objetivo de contextualizar o texto e alertar sobre seus perigos.
* Legislação específica: Em alguns países, a publicação de “Mein Kampf” pode ser restrita por leis que proíbem a incitação ao ódio e à violência.
Conclusão:
Embora a proibição formal de “Mein Kampf” tenha sido flexibilizada em alguns países, o livro continua sendo uma obra perigosa e com potencial de causar danos. É fundamental manter a vigilância sobre a disseminação de ideias extremistas e racistas.”
$talinacio: Eu coloquei um comunista no STF.
Qualquer elucubração minha sobre o tema passa a ser um redundância.
É o tal do modus operandi.
Olha a nossa Democracia aí, gente!
Flavio BanDino esta no lugar certo: e$$eteefe.