Rayssa Motta
Estadã
A minuta de decreto golpista não foi o único documento de interesse da Polícia Federal (PF) encontrado na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília, na Operação Tempus Veritatis. Em um computador apreendido na sala dos assessores do general Walter Braga Netto os policiais encontraram uma apresentação que teria sido usada por ele em palestras em clubes militares.
O material aborda a “evolução do relacionamento civil-militar no Brasil” e defende o “poder de pressão política” das Forças Armadas para “participar ativamente das decisões nacionais” e “ampliar o poder de influência na Esplanada”.
EVITAR CÓPIAS – O arquivo foi nomeado como “Palestra nos Clubes Militares – 29 JUN V2.pptx”. Na primeira página, há um aviso de “acesso restrito”. “Solicita-se evitar cópias e divulgação”, diz o alerta escrito em vermelho.
Os metadados do documento indicam que ele foi criado pelo assessor Carlos Antonio Lopes de Araujo e que a última modificação foi feita pelo coronel da reserva Marcelo Lopes de Azevedo.
A apresentação de slides tem 67 páginas. O documento começa se contrapondo ao discurso de que “Forças Armadas não se envolvem em política” e de que “lugar de militar é no quartel”.
SEM INFLUÊNCIA – “Seguindo o pensamento liberal, os militares foram afastados do centro de poder e das decisões de Estado. Com isso, perdemos paulatinamente a capacidade de influenciar!!”, diz um dos slides.
Em seguida, a apresentação passa a defender a “importância da participação dos militares na conjuntura política”.
É traçada uma comparação entre o governo de Dilma Roussef (PT), os primeiros mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que nomeou diversos oficiais para cargos de comando.
NÃO CEDER ESPAÇOS – “A atuação política é necessária para não ceder espaço. Não estamos em um movimento retrógrado, mas sim num aproveitamento do êxito”, segue a apresentação. “Nunca haverá vácuo de poder”, diz outro trecho do arquivo.
O material reserva espaço para críticas ao Poder Judiciário, especialmente ao Supremo Tribunal Federal (STF). A soltura de Lula, em 2019, após 580 dias de prisão na Lava Jato, e a “articulação contra o voto impresso e auditável” são usados como exemplos de um suposto “ativismo” do Judiciário.
Um dos slides é intitulado “Por que queremos mais quatro anos de governo Bolsonaro?” Ex-ministro da Casa Civil, Braga Netto foi vice na chapa do ex-presidente.
PLANOS FUTUROS – Uma página, ainda em fase de rascunho, sugere que o general poderia acrescentar informações sobre como foi concorrer em 2022 e sobre os “projetos” para 2024 e 2026.
“Para que possamos influenciar a política nacional precisamos de militares dispostos a concorrer a cargo político”, diz a anotação no slide. “No caso concreto, o general pode citar o exemplo pessoal que concorreu como vice-presidente e está colocando o nome dele à disposição do partido”.
A Polícia Federal enviou uma cópia do arquivo ao STF. A PF afirma que a apresentação era um “chamamento aos demais militares a participar da vida política”.
PROJETO CONTRA – Tramita no Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para proibir a participação de militares da ativa na política e em cargos de natureza civil da administração pública.
Braga Netto foi um dos 37 indiciados por organização criminosa, golpe de Estado e abolição violenta do Estado de Direito. O general é citado 98 vezes no relatório final da Polícia Federal e apontado como “figura central” do plano golpista.
Segundo os investigadores, ele tinha conhecimento do planejamento para matar o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Lula e o vice Geraldo Alckmin. A investigação da PF também demonstrou a influência do general em uma campanha velada, mas agressiva, de pressão ao comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, para aderir ao golpe.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Braga Netto precisa ir ao cinema e assistir ao filme sobre Rubens Paiva, para saber o que pode significar o poder militar, que se julga acima da lei e da ordem. Apenas isso. (C.N.).
”
Braga Netto pretendia incitar tropas a “ampliar seu poder político”.”
PS. Convenhamos: A desmoralização das “fôrças” é o que interessa e esse foi e está sendo o em seguimento “plano real”!
Equiparando ações “entreguistas”(fragilizando defesas)! https://www.cuttingedge.org/news/n2519.cfm
Não consta que o poder militar dos exércitos de Cuba, China, Rússia, e Coréia do Norte se julguem acima da lei e da ordem. Eles garantem a sustentação do poder estabelecido.
É assim em qualquer parte do mundo, principalmente nos países de esquerda.
Porcaria por porcaria…
Lula não estaria cometendo uma ‘grande’ injustiça ao não nomear para cargos públicos petistas extremamente devotados, como a jornalista econômica Míriam Leitão (para a Fazenda), e o advogado criminal Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay (para o STF)
Considerando-se que os dois messiânicos lulistas expressam, há tempos e a olhos vistos, extrema ambição em ocupar os referidos cargos.
E lembrando que foi na casa de Kakay, em Brasília, que o presidente Lula comemorou festivamente sua diplomação no dia 12/12/2022.
E que Míriam Leitão é praticamente porta-voz do governo federal na Rede Globo.
Por que temeria criar serpentes e ser picado por elas?
Ou por que, em algum momento, os dois convertidos não rezaram a cartilha lulista, e o vingativo petista não esqueceu isso?
O patrão do Barba não é o mesmo dos citados.
O Barba quando deu uma titubeada(recaida) foi inoculado e diante do arrependimento e promessa de fidelidade à agenda foi “ressucitado” e ei-lo agora “ativo e imberbe”!
Tem muitas coisas que para mim perderam a credibilidade, incluo muitos jornalistas, nossa justiça e sistema político, oab, cnbb, abi, onu e outros órgãos que caíram no domínio dos esquerdistas. Por que essa turma também não se aprofunda com o mesmo vigor quando o fachin também deu um golpe para soltar o molusco
Mas que diabo de adjetivo é esse de esquerdistas para advogados milionários estupradores da justiça, príncipes da Igreja fascista bilionária, empresas jornalísticas faturando milionários jabás, organização mundial dominada pelo Capital e quem sabe também para banqueiros reis da agiotagem e empresários amigos do rei sonegadores de impostos.
A clínica de terapia contra obsessão ideológica e realinhamento mental deve começar a funcionar no início do ano.
|Caro Newton,
O Regime Militar de Castelo Branco, Geisel, Ruben Ludwick , teve o seu lado negro com Costa e Silva , Sílvio Frota. Mas o nossa ” Democracia” pós Militares joga gente de cima de ponte à luz do dia e assassina centenas de pessoas num mesmo dia ( Carandiru).
Nas ruas do Brasil de 2024, morrem por semana o mesmo número de gente que o Regime Militar matou em vinte anos. Conclusão; Ditadura Militar não é bom e só Democracia não é suficiente.
Braga Neto queria transformado o Brasil no Velho Oeste. O general seria o xerife, mas, o mandachuva do pedaço com poderes totais, seria o chefe do clã. Bolsonaro é claro.
Por onde você olha, só tem troglodita.
A Polícia do governador Tarcísio, está matando indiscriminadamente. Tiro, porrada, assassinatos a sangue frio, jogando pessoas de viadutos, enforcando com joelhada no pescoço. Tudo isso no dia de ontem.
Tarcísio e Derrite, prendem, sentenciam, sem julgamento e sem chance de defesa. Depois vem para a televisão, lamentar a conduta dos policiais. Canalhas.
E essa turma ainda reclama de Alexandre de Morais, que é vítima, acusador e julgador. Pelo menos, o ministro do STF não mata nem incentiva a polícia a matar.
São Paulo é uma vergonha para o país, quero dizer, o Executivo de Sampa. O povo paulista é acolhedor, mas a Polícia?
Já em relação ao PCC, não vislumbro nenhuma ação de força. Isso é chamado nas quebradas da malandragem carioca, de covardia, mano. Esculacha mas, não mata.
Quando mataram mais de 50 na Baixada Santista, Tarcísio deu aval ao seu secretário Derrite, que é mais Bolsonarista do que seu chefe, governador. Um repórter perguntou a ele, o que faria com as denúncias de violação dos Direitos Humanos, ele com aquela cara de palhaço, simulando uma carranca feia dos diabos:
“Podem reclamar na ONU, ao Biden, ao raio que o parta, não estou nem aí”.
Essa declaração esdrúxula e descabida, foi entendida pela tropa da Polícia Militar de São Paulo como uma licença para matar.