Michael D. Shear, Annie Karni e Ryan Mac
The New York Times
Quando o presidente eleito Donald Trump escolheu “o grande Elon Musk”, o homem mais rico do mundo, para reduzir os gastos e o desperdício do governo, ele pensou que o esforço poderia ser “o Projeto Manhattan de nosso tempo”.
Na quarta-feira (18), essa previsão pareceu acertada. Empunhando a plataforma social que comprou por US$ 44 bilhões em 2022, Musk detonou uma bomba nuclear retórica no meio das negociações sobre a paralisação do governo no Capitólio.
Em mais de 150 postagens separadas no X, Musk exigiu que os republicanos desistissem de um acordo de gastos bipartidário que tinha como objetivo evitar uma paralisação do governo no Natal. Ele prometeu retaliação política contra qualquer um que votasse a favor do extenso projeto de lei apoiado pelo presidente da Câmara, Mike Johnson.
VITÓRIAS – Musk repostou as reclamações dos republicanos conservadores sobre a medida de gastos, comemorando cada uma delas como uma vitória. Ele também compartilhou informações incorretas sobre o projeto de lei, incluindo falsas acusações de que ele continha nova ajuda para a Ucrânia ou US$ 3 bilhões em fundos para um novo estádio em Washington.
No final do dia, Trump emitiu sua própria declaração, chamando o projeto de lei de “uma traição ao nosso país”.
Foi um momento marcante para Musk, que nunca foi eleito para um cargo público, mas agora parece ser o maior megafone do homem que está prestes a retomar o Salão Oval. Maior, na verdade, do que o próprio Trump, cuja presença nas mídias sociais é menor do que a de Musk.
UM E OUTRO – O presidente eleito tem 96,2 milhões de seguidores no X, enquanto Musk tem 207,9 milhões. Musk também é muito mais rico do que Trump. De acordo com o Bloomberg Billionaires Index, ele tem um patrimônio de US$ 442 bilhões, enquanto o presidente eleito, US$ 6,61 bilhões.
Trump e Musk jantaram no resort Mar-a-Lago do presidente eleito na noite de quarta-feira, mesmo quando os tuítes de Musk estavam agitando Washington. Inicialmente, não se esperava que Musk participasse do jantar, mas ele se juntou a ele quando já estava em andamento, de acordo com duas pessoas que falaram sob condição de anonimato.
Musk e Jeff Bezos estão entre uma série de bilionários do setor de tecnologia que se reuniram na propriedade de Trump na Flórida. Bezos, o fundador da Amazon e da Blue Origin, que também é proprietário do The Washington Post, recentemente doou US$ 1 milhão para o comitê que planeja a posse de Trump.
TRUMP PRESSIONA – Na manhã de quinta-feira, Trump tentou recuperar o controle do debate político para si mesmo, fazendo uma espécie de ameaça a Johnson, dizendo que ele não deve ceder aos democratas enquanto tenta encontrar uma maneira de manter o governo funcionando sem incorrer na ira de Musk.
“Se o presidente da Câmara agir de forma decisiva e dura e se livrar de todas as armadilhas criadas pelos democratas, que destruirão economicamente e de outras formas o nosso país, ele permanecerá facilmente como presidente”, disse Trump em uma entrevista à Fox News Digital.
Não ficou claro se Musk é um canhão solto perseguindo sua própria agenda ou a ferramenta que Trump imaginou para controlar uma burocracia fora de controle quando o nomeou para liderar o chamado Departamento de Eficiência Governamental, ou Doge, com Vivek Ramaswamy, outro bilionário.
FRUSTRAÇÃO – Muitos republicanos da Câmara ficaram profundamente frustrados com o envolvimento de Musk nas negociações de gastos e legitimamente preocupados com sua ameaça de encontrar adversários primários para enfrentar quaisquer legisladores que votem a favor de um projeto de lei que ele não goste.
Os legisladores disseram ficar alarmados e que nunca viram um doador exercer tanta influência externa sobre a política depois que seu candidato preferido venceu uma eleição.
Eles também estão presos às dicas dos feeds de mídia social de Musk, onde ele está promovendo membros que concordam com ele. Apesar de sua presença ocasional no Capitólio e em sua função de líder do Doge, Musk não interage diretamente com muitos membros do Congresso. Ramaswamy é quem está falando diretamente com eles.
HOUVE REAÇÃO – No plenário da Câmara na quinta-feira, os legisladores estavam furiosos com o fato de Musk não ser membro do Congresso e estar exercendo muita influência em seus procedimentos. O deputado Glenn Thompson, do Partido Republicano da Pensilvânia, presidente do comitê de Agricultura, disse aos repórteres que “não viu onde Musk tem um cartão de voto”.
Enquanto seus escritórios eram inundados por telefonemas, os deputados e os legisladores das áreas rurais estavam furiosos com o fato de Musk ter passado o dia postando nas mídias sociais para ativamente matar o projeto de lei.
Os membros estavam grudados em seu feed ininterrupto enquanto iam e voltavam das votações, e alguns expressaram, em particular, preocupações sobre seu próprio futuro político se ele levasse adiante suas ameaças.
APOIO A MUSK – Os republicanos conservadores apoiaram a enxurrada de postagens de Musk. O deputado Andy Barr disse à Fox News que “foi exatamente nisso que o povo americano votou quando elegeu Trump”.
Depois que Musk ameaçou, no X, “votar pela saída” de qualquer membro que votasse a favor do projeto de lei de gastos, o deputado Dan Bishop aplaudiu. “Em cinco anos no Congresso, eu estava esperando uma mudança fundamental na dinâmica”, escreveu ele online. “Ela chegou.”
“Eu estaria disposta a apoiar Elon Musk para presidente da Câmara”, escreveu nas mídias sociais a deputada Marjorie Taylor Greene. Ela acrescentou: “O establishment precisa ser destruído, assim como foi ontem. Este pode ser o caminho”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Péssima notícia para quem não gosta de Musk, como o ministro Alexandre de Moraes. Podem apostar que esse último mandato de Trump, que começa dia 20, vai ser uma festa móvel, como dizia Ernest Hemingway. É bom comprar pipocas. (C.N.)
Trump tenta se livrar da concorrência de Musk
Depois de dar corda a Musk e este começar a voar alto, Trump tenta agora cortar as asas do ‘parceiro’, temendo-o como futuro concorrente à presidência dos EUA.
Parece um pouco tarde e frágil o argumento de Trump, que já teria ‘dançado’ nessa caríssima ($$$) parceria com o poderoso Musk.
Quem será o Musk, a ser implantado no Brasil e que dará fim a essa desmanteladora mixórdia?
Considerar o tal de Musk como algo normal e positivo dentro de um contexto sociopolítico é a prova de a humanidade já não usa mais o empirismo e filosofia para induzir os neurônios a analisar e opinar, mas as linhas de raciocínio implantadas subliminarmente pelos donos da comunicação e da tecnologia.
Em relação ao adorado bilionário, estou com Alexandre e não abro.
Utilidade Publica!
“”Morreu Subitamente”
“Estamos ouvindo a frase “Morreu subitamente” com frequência cada vez maior. Ela costumava ser rara, especialmente em relação aos jovens e às crianças. Se um jovem morresse súbita ou inesperadamente, isso quase sempre era devido a um acidente, ou algum infortúnio. Até mesmo os idosos, acamados há um longo período de tempo, não morriam subitamente, mas de forma gradual. Neste ensaio apresentamos evidências convincentes que nossos governos viram que isto estava acontecendo. Está se tornando claro que muitas figuras importantes em nossa sociedade podem ser culpadas de um crime muito sério. [26 KB].
https://www.espada.eti.br/MorteSubita.asp
A redundância seria eu afirmar que toda a esquerda desse lado da galáxia não gosta do Elon Musk.
A esquerda gosta é dos carniceiros da humanidade, Mao, Stalin, Fidel et caterva. Gostam até do Xandão.
Existe uma coerência nisso aí.
Volto a avisar, a Clínica Psiquiátrica Especializada no tratamento da obsessão esquizoide demencial do trauma histórico marxista leninista deve abrir seu atendimento em 02/01/25, embora a agenda de marcação de consultas esteja tomada até 30/20/26, razão pela qual a direitona terá que arrumar um “comuna” mais atual para usar na campanha de 26 como bicho papão para assustar o eleitorado.
Só espero que não queiram usar um comuna made in Paraguay, como o pesadelo desses dementes com consulta marcada, o Stalinácio.
30/10/26