William Waack
Estadão
O governo não se adapta às condições externas e domésticas em mudança. O que impede Lula de entender o efeito cumulativo dessas mudanças de circunstâncias é a óbvia cegueira ideológica e a solidão trazida pelo envelhecimento.
Pesa sobre a segunda metade do atual mandato de Lula a definição de estratégia (repetida várias vezes aqui) fornecida por Mike Tyson. ”Todo mundo tem um plano até levar um soco na boca”, disse quem sabia nocautear mas também foi nocauteado.
Ou seja, o sucesso de qualquer planejamento é a capacidade de adaptação a circunstâncias em mudança. Lula não entendeu (repetido várias vezes aqui) como mudaram as condições políticas e econômicas desde seu primeiro mandato, e insiste no mesmo plano.
NÃO ENTENDE… – Exibe a mesma dificuldade para entender a rapidez com que dois conjuntos de circunstâncias estão se alterando. Um deles é externo, sobre o qual nunca teve qualquer controle. O segundo é doméstico, e também ameaça escapar do controle.
Lá fora o cenário geopolítico é de enorme imprevisibilidade e já era difícil mesmo sem as incertezas personificadas em Trump. Que já se consolidam em juros e inflação mais altas nos Estados Unidos, o que é sempre ruim para o Brasil — especialmente quando fica vulnerável a aversão internacional ao risco (o que explica boa parte da má performance do real).
LIÇÃO DE CASA – Seria possível ao Brasil fazer frente a esse cenário externo menos favorável se efetuasse a “lição de casa” que o próprio Lula impede. Ele mesmo acentuou (repetido várias vezes aqui) os elementos de uma armadilha fiscal que tornou virtualmente impossível o equilíbrio das contas públicas.
O resultado disso foi resumido em um número cruel mencionado por último por Kenneth Rogoff, ex-economista chefe do FMI e atualmente lecionando em Harvard. “O Brasil está com um déficit fiscal de 10% do PIB, não é possível afastar especuladores fazendo isso”, afirmou, em entrevista a este jornal. Só países em guerra exibem déficits dessa magnitude.
EMPECILHOS – O que impede Lula de entender o efeito cumulativo dessas mudanças de circunstâncias e a grave ameaça embutida para seu próprio projeto político de levar as próximas eleições? De um lado é a óbvia cegueira ideológica, que o prende a postulados superados historicamente. De outro parece ser a solidão trazida pelo envelhecimento, perda do Estado Maior de melhor qualidade de antigamente e o fato de ouvir apenas a própria voz.
Essa falta de foco nos dados da realidade que realmente pesam promete ser agravada pela distração trazida por acontecimentos políticos já previstos. Um deles é o agravamento das tensões entre os Poderes por questões não só orçamentárias, para as quais Lula nunca teve compreensão nem respostas.
O outro é a denúncia e julgamento de Jair Bolsonaro e as esperadas turbulências políticas. Um tipo de situação da qual Lula já soube extrair vantagens táticas e imediatas e da qual parece hoje apenas um refém.
Abrólhos!
“Os Cambistas no Templo.”
“Os realmente muito ricos são especialistas em ocultar a extensão de suas riquezas, que em grande parte foram obtidas por meio de fraude, roubo e depois lavadas por meio do sistema bancário da reserva fracionária é ele próprio nada mais do que uma impressora de dinheiro para seus acionistas. Cada empréstimo feito é propriedade da instituição que o emite. Como o sistema bancário, com o Banco Central na direção, pertence e é controlado por uma cabala de famílias multibilionárias, o dinheiro criado desse modo vai direto para seus bolsos. Eles podem então usar essa vasta riqueza para comprar partidos políticos e as organizações de mídia. Se o público se incomodasse em olhar além da cortina de fumaça apresentada pela mídia, poderia descobrir que essas famílias são luciferianas há várias gerações, que desprezam o Criador e que estão se preparando para usar a guerra e o caos em uma escala nunca vista antes, de modo a lançar uma Nova Ordem Mundial em que elas terminarão possuindo tudo. [52 KB].”
https://www.espada.eti.br/cambistas.asp
Abrólhos!
Desate os laços e arrebente os grilhões!
Análise excelente – vale a pena assistir até o fim.
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Com política externa irrelevante, Lula consegue a proeza de ser ignorado pelo presidente eleito da Venezuela
O Presidente eleito da Venezuela, Gonzáles Urrutia, em seu retorno da Espanha e em busca de apoio, não irá perder seu tempo com Lula.
Gonzáles se reunirá, no continente, com os líderes Milei, na Argentina, Lacalle Pou, no Uruguai, Joe Biden, nos EUA, José Raúl Mulino, no Panamá, e Luis Abinader, na República Dominicana.
(Lula é ‘amigo’ de Maduro, e tem o ditador venezuelano como modelo).
Já que nossa justiça não agiu para esse cara, a natureza está cumprindo seu papel
Lula consegue a proeza de ser ignorado externamente até pelo ‘presidente eleito’ da Venezuela
O Presidente eleito da Venezuela, Gonzáles Urrutia, opositor de Maduro e que retorna da Europa, não irá perder tempo com Lula, ignorando e evitando solenemente o petista em seus contatos na América.
Em busca de apoio, Gonzáles se reunirá, no continente, com os líderes Milei, na Argentina, Lacalle Pou, no Uruguai, Joe Biden, nos EUA, José Raúl Mulino, no Panamá, e Luis Abinader, na República Dominicana.
(Lula é ‘amigo’ de Maduro, e tem o ditador venezuelano como modelo).
Déficit fiscal de 10% do PIB? Só se for déficit nominal. O problema é que muitos investidores são estrangeiros (ou brasileiros), os quais retiram seu dinheiro do país para especular mais. Desde o Plano Real a financeirização da economia propicia isso.
https://www.scielo.br/j/ecos/a/ggZXtnLMPzZT9cDJsKGcr7G/