Vera Rosa
Estadão
Uma pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva, em parceria com a QuestionPro, mostra que apenas 4% dos entrevistados acreditam que o governo federal pode contribuir para sua vida melhorar em 2025. As expectativas são ainda piores sobre outras esferas de poder: somente 2% creem que o governo estadual tem como ajudar a alcançar seus objetivos e outros 2% citam a prefeitura.
Quase metade dos consultados (46%) se vê como principal responsável pela conquista das metas estabelecidas e 22% acham que a ajuda virá de Deus e/ou de sua igreja. Para 13% é a família quem pode colaborar e 5% dizem contar com a própria sorte. O local de trabalho foi mencionado por 3% e amigos, por 2%. Além disso, 2% afirmaram que ninguém pode contribuir para que sua vida seja melhor.
DENTRO DA PREVISÃO – Quando perguntados sobre quais temas deveriam constar de suas resoluções para 2025, as respostas variaram de mudança de hábitos à abertura de um negócio próprio, passando por mais tempo com a família, desenvolvimento pessoal, estudos e emprego.
Na avaliação do presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, os resultados estão em sintonia com as dificuldades enfrentadas pelo governo Lula. “Lula precisa voltar a falar com o brasileiro médio”, disse Meirelles. “O presidente que sempre foi o maior comunicador do País está distante de um eleitor que não aceita mais o mínimo.”
O levantamento também revelou que, em relação às metas fixadas para 2024, 57% dos entrevistados conseguiram guardar ou investir dinheiro, como planejado. “Mas as fórmulas do passado não são suficientes na nova realidade”, observou o presidente do Instituto Locomotiva.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A pesquisa mostra que a desilusão com a política já é muito mais forte do que a polarização, propiciando o crescimento do pessimismo, que hoje predomina. (C.N.)
Aqui também, pelo cabimento:
“Abrolhos!” – És obrigado a votar, mas não és obrigado a votar em quem quer que seja, portanto não seja sado-masoquista, dando aval à um sistema corrupto, que “alçará” tão somente os seus “fiéis” e “abismais” discipulos, tidos e havidos como “algozes da humanidade”.
” Não votar”
“Não votar é muito fácil. Há muitas maneiras de não votar…
Contar para pessoas que você não vota não é tão fácil.
Uma entrevista recente entre um apresentador da BBC e o comediante Russell Brand continha o seguinte:
BBC: “Como você imagina que as pessoas ganham poder?”
Brand : “Bem, eu imagino que existem sistemas hierárquicos que foram preservados por gerações …”
BBC: “Eles conseguem o poder ao serem votados, é assim que eles ganham o poder”
Brand : “Bem, se você diz …”
BBC: “Você nem sequer se importa em votar?”
Brand : “Ha um parâmetro bastante prescritivo que muda dentro do …”
BBC: “Em uma democracia, é assim que funciona!”.
Brand : “Bem, eu não acho que esteja funcionando muito bem. Dado que o planeta está sendo destruído. Dado que existe uma disparidade econômica imensa. O que quer dizer? Que não há alternativa? Apenas esse sistema? ”
BBC: “Não, não estou dizendo isso. Estou dizendo que se você não dá a mínima para a votação, porque deveríamos ouvir o seu ponto de vista político?”
Há uma mentalidade nestes sistemas chamados democráticos, de que não votar é uma coisa negativa, não um ato de desafio, mas uma falta de vontade de querer representar-se, ou pior, um desejo de menosprezar aquelas pessoas que lutaram para lhe dar o direito de votar.
Tenho um grande respeito por quem luta pelo que realmente acreditam ser o certo, mesmo que isso possa ser enganoso, mas, no mais selvagem dos sonhos, alguém realmente já lutou pelo simples direito de votar? Claro que não.
A resposta de Brand para a última pergunta da BBC elucidou isso claramente:
Brand: “Você não precisa ouvir meu ponto de vista político. Mas não é que não votei por apatia. Eu não vou votar pela absoluta indiferença, cansaço e exaustão das mentiras, traição, engano da classe política, que vem acontecendo há gerações agora.”
É imperativo revertermos a mensagem de que não votar é uma coisa negativa.
É um ato de desafio, mas mais do que isso, é uma mensagem clara de que não votar é uma rejeição do sistema existente que não representa, e nunca representou a vontade de pessoas comuns.
Se votar ou não pode, por si só, fazer a diferença, é inteiramente outra questão.
E se ninguém votasse?
Entrei em contato com os escritórios eleitorais nos EUA, no Reino Unido, no Canadá, na Holanda com uma pergunta simples: Existe uma participação mínima de eleitores que deve ser alcançada para que as eleições nacionais sejam válidas, ou seja, abaixo da porcentagem do eleitorado outra eleição deve ser chamada devido à participação insuficiente?
Em todos os casos, a resposta foi a mesma: não há um número mínimo de pessoas que têm que votar para que uma eleição seja válida.
Independentemente de quão poucas pessoas votem, presume-se que um governo é representativo do eleitorado.
A suposição por trás dessa configuração bizarra é que as pessoas tiveram a chance de votar e, se não votaram, então, boa sorte.
Mas isso é uma besteira, certamente?
Qualquer governo que pretenda representar as pessoas, mas que não foi votado pela maioria do eleitorado, não pode ter nenhum direito moral de representar esse eleitorado, e muito menos a população inteira.
Qualquer governo sem mandato não tem escolha senão governar pela força, ou pelo menos enganar em massa. Há uma palavra para isso: regime.
Então, suponhamos que apenas uma pequena minoria de pessoas vote para o partido ou o indivíduo que tem poder sobre eles …
Espere, isso já não aconteceu?
O número total de pessoas que votaram nas eleições presidenciais dos EUA em 2012 foi de 41% da população.
Em 2012, o presidente Obama foi eleito por apenas 65,9 milhões de pessoas, ou apenas 21% da população dos EUA.
Quão pouco representativo é isso? No entanto, é inteiramente típico dos sistemas de votação do Ocidente Industrial “democrático” que passa a ilusão de que os governos representam os desejos das pessoas.
Mas acho que precisamos fazer uma pergunta diferente. E se as pessoas não aceitarem a autoridade do governo?
Dado que menos de um quarto das pessoas em qualquer nação são representadas pelo “seu” governo e que o “seu” governo está vinculado a um conjunto de regras que colocam o crescimento econômico e a riqueza do capital acima das reais necessidades do planeta e das pessoas que vivem nele, estamos realmente falando sobre algo mais do que a retirada do mandato.
Não há meio termo – os sistemas não podem ser melhorados, eles nunca existiram para servir as pessoas, eles só existem para servir seus próprios sistemas.
Nada menos do que a rejeição completa dos sistemas de poder dominantes será suficiente para romper o imenso vazio moral entre o que precisamos como espécie e o que os governos “democráticos” nos impõem. Apenas uma razão entre muitas do porque precisamos começar a minar a “civilização eleitoral industrial.”
https://originalearthblog.wordpress.com/2013/10/31/what-if-no-one-voted/
What If…No One Voted?
October 31, 2013 by farnishk
50% +1 mantém mandatos, tal predominância administrativa, restando nulidade e substituição pela corrosão de votos NULOS, não sendo considerados “em vão” mas como peso destituidor, anulatório e substituidor!
O voto nulo deve conferir e exercer suas propriedades, como objeção ao nefasto sistema eleitoral, aplicado como sintomático aval, do que não nos convém como tidos desassemelhados
Com esses políticos, que só olham para o próprio umbigo, que estão aí, realmente não dá para ser otimista. E o pior é que a renovação (?) também não anima. Gustavo Lima, Pablo Marçal, realmente é desesperador.
99% de nossos são piores do que papel higiênico usado
O campo está sendo preparado para o tido “salva-dor”, o Homem do Pecado e Sem Lei”, vulgos AntiCristo, , diante da generalizada e vaticinadaapostasia, ou descoberta mundial dos variados “véus” e abrangentes 171!
Mas só agora veio a desilusão? Quarenta anos de sacanagem depois?
Segundo a piada sobre Hitler: Vamos matar todos os tristes, só viverão os alegres.
A solução desta moda é matar os desacorçoados e deixar vivos s esperançosos.