Carlos Newton
Apesar do interesse da Justiça Militar, que por lei julga os integrantes das Forças Armadas acusados de terem cometidos crimes militares, os oficiais superiores e subalternos envolvidos no golpe devem ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal, embora não exista nenhuma legislação nesse sentido nem jurisprudência a respeito.
As investigações integram o chamado inquérito do fim do mundo, que já entrou em seu sexto ano, um recorde difícil de ser batido. Os militares envolvidos não podem ser julgados pela Justiça Militar porque o ministro Alexandre de Moraes decidiu de moto próprio fixar a competência do STF para processar e julgar todos os crimes ocorridos nos atos de 08/01, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, independentemente de os investigados serem civis ou militares.
STF ENGOLIU – Foi mais uma decisão monocrática que Moraes tomou e o Supremo engoliu o abacaxi, com casca e tudo.
Na mesma decisão proferida no âmbito do inquérito do fim do mundo, o ministro autorizou a Polícia Federal a instaurar procedimento investigatório para apurar eventuais delitos cometidos por integrantes das Forças Armadas e das Polícias Militares, relacionados aos fatos.
Segundo o ministro, a competência do STF para a presidência dos inquéritos que investigam os crimes praticados durante os atos de 8/1 não distingue servidores públicos civis ou militares das Forças Armadas e dos estados (policiais militares), embora o Código Penal Militar seja claríssimo ao determinar que cabe à Justiça Militar julgar crimes militares, estejam seus autores na ativa ou na reserva.
MORAES INSISTE – Na justificativa, Alexandre de Moraes ressalvou que a Justiça Militar é competente para julgar crimes militares, mas não necessariamente todos os crimes cometidos pelos integrantes das Forças Armadas.
Segundo ele, nenhuma das hipóteses que definem a competência da Justiça Militar está presente no caso, pois a responsabilidade penal prevista na Lei Antiterrorismo (Lei 13.260/2016) ou no Código Penal, em especial em relação a atos atentatórios ao regime democrático, não está associada à função militar.
Na época, essa decisão de Moraes não provocou muita discussão porque só havia policiais militares sob investigação, mas sem indiciamentos na Lei Antiterrorismo, que puniu os pés-de-chinelo do 08/01. Porém, agora tudo mudou, porque já estão envolvidos 25 militares das Forças Armas, e a fila vai andar.
PROCURADORIA – O novo capítulo dependerá da Procuradoria-Geral da República, que decidirá sobre a denúncia dos indiciados civis e militares. Ao fazê-lo, se identificar crimes militares, terá de encaminhar os processos à Justiça Militar.
Mesmo que a Procuradoria se omita e entenda que não houve crimes militares, a defesa dos indiciados e/ou os comandos das Forças Armadas podem recorrer ao próprio Supremo.
Na verdade, as alternativas são ruins. Se os militares forem julgados pelo Supremo, corre-se o risco de haver demasiado rigor, em função dos 17 anos que os falsos “terroristas” do 08/01 pegaram. E se foram submetidos à Justiça Militar, serão absolvidos com toda certeza. Esta é a realidade do Brasil atualmente.
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P.S. – O certo seria Moraes ter enviado os inquéritos para a Justiça Federal de primeira instância, conforme diz a lei, porque nenhum dos envolvidos tem direito a foro privilegiado. O melhor é sempre seguir a lei, ao invés de tentar interferir e conduzir a Justiça. Mas quem se interessa? (C.N.)
Na corrida para o pódio de ditador do país, Alex está na dianteira, já visualizando a linha de chegada.
É preparado: ‘treina’ para o posto desde 2019, no autoritário inquérito do fim do mundo – aberto pelo de Marília.
O ex-mito já esteve na frente, mas despreparado, ficou para trás, e perdeu – definitivamente – a chance de chegar.
Vamos supor…
O STM…Bate o martelo e diz Que os militares estão sob a tutela de crimes militares. Quem deve julga-los é o STM…e fim de papo.
Como vai reagir o”antro” ?
Quero ver estes “bater” de frente com os “velhotes do STM”…
Comprem pipocas…pois em breve a bala vai comer solto…
YAH O ALTÍSSIMO NOSSO CRIADOR E SALVADOR SEJA LOUVADO…
Caro Carlos Newton, pelo que tenho visto e lido, NINGUÉM se interessa peço estopim de todo esse desteambelhamento e atropelamento generalizado para tirar o CI da reta, ou sejam os deslembrados e principais protagonistas e beneficiados com o mancumunado aparelhamentos para “Estancar a Sangria”, que resultou estancadas e transferida para tidos incautos “bois de piranhas”!
PS. Até quando restarão sendo DESLEMBRADOS?
Ninguém se importa?
É tabú?
Onde estão os defensores da pátria e da legalidade?
Estaremos sob o império do “Homem do Pecado e Sem Lei”, vulgo Anticristo?
Houve golpe, não!
Tentativa de golpe, sim!
A quem interessava o golpe?
Bolsonaro sem as forças armadas? Não!
Bolsonaro mais as forças armadas, Sim!
Então qual a lógica de não ter crime militar?
Terrorismo praticado por militar deixa de ser crime miliar?
E se não houve golpe?
Tirar Loola da cadeia usando artifício jurídicos, os tais “orifícios” é golpe, tentativa de golpe ou planejamento de golpe?
Não sei o que vai na alma do Alexandre e o que ele pretende, mas que está esticando a corda, está.
Gangrena nacional.
A nova aberração do regime Lula-STF: “comemorar” o 8 de janeiro, denuncia J.R.Guzzo, em Gazeta do Povo. E daí? Quem se interessa?
Nada de justiça militar, nada de foro privilegiado, nada de devido processo legal, nada garantias individuais e coletivas, ampla defesa e contraditório. Enfim, nada de nada… E tudo de tudo o que os “supremos” querem. Sua reinterpretações ou interpretações seletivas não param, bem como seu inquérito de fim de mundo, que serve pra tudo e mais um pouco. Uma vergonha cujos efeitos maléficos para a sociedade brasileira causam feridas em putrefação permanente.
Tudo às escâncaras. Perderam a vergonha e rasgam a Constituição em plena luz do dia e não mais na calada da noite. Estão tranquilos num conluio promiscuo entre judiciário e executivo, diante de um parvo parlamento bicameral, que poderia ser unicameral ou qualquer outra coisa e tudo daria no mesmo. Trata-se de uma turma muito fraca na defesa do interesse público, mas forte em defesa de seus interesses particulares, com cada um defendendo sua “boquinha” no orçamento.