Deu no Poder360
O jornal suíço NZZ publicou uma matéria na qual diz que há um “abuso de poder” dentro do judiciário brasileiro. O texto afirma que há benefícios e vantagens usufruídos por juízes e promotores do país. Segundo o NZZ, a operação Lava Jato funcionou na elite jurídica como “tentativas de limitar a transparência e a responsabilidade”
O veículo de notícias cita o Fórum Jurídico de Lisboa, realizado em Portugal pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes. Ficou conhecido como “Gilmarpalooza”.
COMPARAÇÃO – “Imagine o seguinte cenário na Suíça: uma vez por ano, um juiz de um tribunal federal convida-o para uma grande reunião jurídica num resort de luxo no Caribe. Não apenas metade do tribunal e várias dezenas de advogados proeminentes são convidados, mas também políticos, conselheiros governamentais e altos funcionários. O evento de vários dias é patrocinado por empresas que são clientes dos advogados ou cujos casos estão atualmente em julgamento”, disse o texto.
A reportagem também cita como “privilégios” as condições de trabalho dos magistrados, incluindo 60 dias de férias anuais e a possibilidade de “vender” parte dessas férias e remunerações e benefícios que ultrapassam o teto constitucional.
A operação Lava Jato é citada como um marco para a justiça brasileira, no entanto, de acordo com o veículo, ela teria revelado “maior resistência” entre a elite jurídica, por “tentativas de limitar a transparência e a responsabilidade”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A matéria enviada por Delcio Lima mostra que a esculhambação brasileira e seus penduricalhos estarrecem o mundo. Mas os juízes, procuradores etc., não estão nem aí. Na Irlanda, o mais importante jornal comenta o boicote à Lava Jato e a história de Toffoli, Lula e Odebrecht, com a história do amigo do amigo do meu pai, É um país sem vergonha na cara, como diria o genial historiador Capristrano de Abreu. (C.N.)
Só para variar, um dos que criticam esas mamatas é Gilmar Mendes.
E devemos lembrar que o Congresso manteve várias exceções que formam os supersalários.
A Lava Jato só foi enterrada juridicamente, mas politicamente dá seus frutos ainda.
Se nossa economia fosse muito bem, haveria o direito ao esquecimento, mas com os atuais indicadores, sempre haverá exumações.
Evidentemente que os países são soberanos, até pra ferir valores civilizacionais mais hodiernos, mas há a questão do índice político-econômico “credibilidade” não pode ser desprezados. Pelo investidores (devidamente demonizados) nunca será. Vide a recente fuga de capitais.
E o Painho está péssimo em relações internacionais. Será que acredita que a China vai caçar confusão com os EUA e colocar o Brasil no colo? Ou que o Foro de São Paulo decadente, dominado por ditadores inescrupulosos dá caldo?
A falta de um mínimo de pragmatismo nas relações internacionais, pautadas por retroideologias, pode nos custar claro.
Tenho observado a ascensão de governantes que, embora não abrem mão, e nem podem, de suas ideologias, têm tido um papel mais pragmático e com propostas e intervenções efetivas. Ao que me parece estão tornado minorias as pessoas que se alimentam de ideologias, que endeusam até hoje, cruz-credo, por exemplo, a fracassada Dilma e seu governo desastroso, simplesmente porque é de “esquerda”, “progressista”. Ou o caso dos que, na Argentina, idolatram o Kirchnerismo, apesar de ter destruído a economia e tornado a corrupção, política de Estado. Tudo em nome do “esquerdismo progressista”.
Retroideologias inférteis não enchem barriga, exceto dos ideólogos bançudos.