ONG de brasileiros também entrou na Justiça contra decreto de Trump

Comunidade brasileira realiza evento em apoio ao senador Jamie Eldridge | Brazilian Times

ONG protege migrantes brasileiros, diz Lenira Reason

Jamil
Chade

do UOL

Enquanto as televisões pelos EUA mostravam as imagens de Donald Trump percorrendo suas festas de posse e fazendo discursos, uma brasileira não perdia tempo. Lenita Reason, diretora-executiva do Brazilian Worker Center, se apressou a aliar a outras organizações de apoio a imigrantes para entrar com uma ação na Justiça contra o novo presidente.

O motivo era seu decreto que estabelece que filhos de pais em condição irregular não terão direito à cidadania americana. A ordem de Trump desfaz mais de 150 anos de uma prática garantida na Constituição americana.

CERCO TOTAL – Para ela, muitos dos 2 milhões de brasileiros que vivem nos EUA pensavam que o presidente se limitaria a deportar os imigrantes em condição irregular. Mas não imaginavam que o cerco contra os estrangeiros seria de tal dimensão.

Em entrevista ao UOL, ela contou o que levou sua instituição com sede em Boston a agir. A entidade existe há 30 anos e, neste período, já atendeu a mais de 140 mil brasileiros.

Por qual motivo vocês decidirem agir na Justiça contra a ordem executiva de Trump?
Este é um ato inconstitucional. O presidente não decide quem se torna cidadão ao nascer. Uma ordem executiva não pode invalidar uma emenda da constituição.

Quantos brasileiros poderiam ser afetados pelo fim da garantia de cidadania às crianças?
Não sabemos ao certo quantas famílias brasileiras e de outras nacionalidades seriam afetadas caso esta ordem executiva fosse efetivada. Mas, temos certeza que seriam milhares.

Poucos dias depois da posse, como está o clima entre os brasileiros?
O clima é de medo, insegurança e incerteza. Muitos membros da nossa comunidade acreditavam que o presidente iria ficar nas deportações. Foi um choque muito grande quando logo nas primeiras horas após a inauguração ele assinou esta ordem executiva que está prevista para entrar em vigor dia 19 de fevereiro.

O que vocês fizeram?
O Brazilian Worker Center tem uma parceria de anos com Lawyer for Civil Rigths (LRC). Nas semanas que antecederam a posse do presidente, entramos em contato com o diretor-executivo do LRC, Ivan Espinoza-Madrigal, para que seus advogados pudessem vir ao nosso escritório para conversar com mulheres grávidas. Esta ação foi importante para que pudéssemos reagir rapidamente e entrar com a ação legal hora depois que a ordem executiva foi assinada.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGComo o juiz de Seattle se adiantou e suspendeu o decreto de Trump, a petição da ONG de brasileiros será anexada ao processo já em andamento. (C.N.)

7 thoughts on “ONG de brasileiros também entrou na Justiça contra decreto de Trump

  1. Deportados dos EUA chegaram (de avião) algemados a Manaus

    Deportação de brasileiros dos EUA é rotina

    Voos com brasileiros deportados dos Estados Unidos ocorrem rotineiramente desde 2017, durante o governo Temer. Eles chegam ao Brasil uma ou duas vezes por mês.

    O avião com os primeiros deportados dos EUA da era Trump chegou ao Brasil nessa sexta-feira (24/1). A aeronave pousou em Manaus (AM) durante a noite.

    Os deportados deste primeiro voo não foram presos na gestão de Trump. Eles haviam sido retirados das ruas ainda na gestão de Joe Biden.

    Dos 158 passageiros de várias nacionalidades, 88 que chegaram a Manaus são brasileiros, segundo relatos de fontes do Itamaraty.

    Assim sendo, além dos 88 brasileiros, os EUA deixaram também 70 estrangeiros no Brasil. A pergunta que fica: não teriam que ser enviados aos seus respectivos países?

    Os 88 imigrantes brasileiros foram detidos por estarem em condição ilegal nos EUA, de acordo com o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) norte-americano, e chegaram algemados a Manaus.

    Neste ano, já houve outro voo que pousou no Brasil com pessoas deportadas dos EUA. Isso aconteceu no último dia 10, ainda na gestão de Biden. Havia 100 pessoas a bordo.

    Fonte: Metrópoles, 25/01/2025 15:34 Por Luana Viana

  2. Interessante como os anti-imperialistas tem a certeza que a vida nos EUA, país da suprema decadência capitalista, é a melhor opção para viverem os migrantes dos países “socialistas” bananeiros “progressistas”.

    Geeente , é muito hipocrisia!

    _________

    Quem é louco de invadir o espaço territorial da Venezuela, ou do anti-americanista Irã, pra lá viverem?

    O Paraíso prometido (pelo 171 Lules) nô exciste!

    Vamos plantar feijão no pó?

  3. Pra realizar plenamente os direitos humanos, os progressistas identitaristas têm que enviar seus representados para viverem nos EUA?

    O que é fake news?

  4. Sr. Carlos Newton vc como repórter deveria ser alguém informado e não alguém que simplesmente repete bobagens sem antes checar. Se tivesse prestado atenção teria visto que o Trump quando assinou o decreto já deixou claro que este provavelmente seria derrubado, o objetivo era testar os limites da lei, uma vez que o artigo da constituição nunca tinha sido objeto de disputa judicial.

    É impressionante que depois desse tempo todo, vcs ainda não tenham aprendido como Trump age e como não entendem ficam nessa bobagem de que ele é doido. Ai quando esse doido ganha as eleições, vcs não sabem o por que.

    • Acho que a intenção é abrir o debate, e daí partir para meterem a ripa na cacunda do Trump.
      O que tem de antitrumpista de nascença não está no gibi.
      Ainda não falaram que a mulher dele é feia, mas já disseram que o chapéu que ela usou na posse atrapalhou o beijo.
      A habilidade que demonstram contra o presidente só encontra similar no tempo em que Jesus alertava, “Cuidado com o fermento dos fariseus.”
      Jogar um rato podre na sopa dele é o tal fermento.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *