Janio de Freitas
Poder360
O pasmo do mundo com o projeto de Trump para as relações internacionais dos Estados Unidos tem olhado para as decorrentes atribulações nacionais e regionais. Mas as decorrências para os próprios Estados Unidos, as internas não menos que as externas, podem ser ainda mais transformadoras que o pesadelo trumpista.
As pretensões de Trump abrem frentes demais, com diferenças demais entre elas. E níveis altos de complexidade e risco. Projeto, portanto, de difícil condução. É o que começa a evidenciar-se já no seu início, com as primeiras repatriações de imigrantes ilegais.
CASO DA COLÔMBIA – A proibição, pelo presidente Gustavo Petro, de pouso do avião militar norte-americano com repatriados colombianos, por certo não era uma das respostas previstas por Trump.
Trump castigou a Colômbia com sobretaxa de 25%, Depois, fez o mesmo com México e Canadá, com 25%, mas pegou mais leve com a China, aumentando apenas 10%.
Canadá devolveu a taxação de 25% para os produtos americanos e a China recorreu à Organização Mundial do Comércio. Os europeus não são de perder negócios por causa de aliados. E a Índia procura portas de entrada mais largas na América Latina.
USO DE IMPOSTOS – As linhas de comércio e volume da produção mundial tornam a tática punitiva dos impostos, eixo de vários planos de Trump, um corrosivo para o emprego e o comércio exterior dos norte-americanos. Para tanto, basta que os países alvejados tenham a dignidade de dar respostas à altura.
Uma crítica bastante difundida na Europa acusa o projeto Maga (sigla de “Faça a América grandiosa outra vez”) de “fundar-se em relação de força” para servir ao “desejo geopolítico de Trump: ruptura com o Velho Mundo”.
É do próprio presidente francês o lançamento das palavras vassalagem e vassalização sobre as relações dos governos europeus com o norte-americano. Elon Musk, sempre, ilustra a tensão.
AMEAÇA À OTAN – O intuito da Comissão Europeia de punir Musk, como foi aqui, levou o vice de Trump, J.D. Vance, a uma advertência mais do que audaciosa: “Se a União Europeia tocar em um fio de cabelo das empresas de Elon Musk, os Estados Unidos se retirarão da Otan”, a aliança militar EUA-UE. Rebaixou a Otan, a União Europeia e a esperança de um convívio razoável.
A pretendida anexação da Groenlândia, o aumento das contribuições para a Otan, a saída norte-americana de entidades e de acordos com a União Europeia e outros, são riscos numerosos de rupturas.
Os europeus, na definição usada por Trump, são “passageiros clandestinos dos gastos dos Estados Unidos com a defesa do Ocidente”. Acusação que também aplica aos “gastos com acordos benéficos aos outros”.
CONTRA A OTAN – A Otan, como a União Europeia, é uma das ojerizas sinalizadas por Trump desde seu primeiro mandato. Seus três principais circunstantes, Elon Musk, o secretário de Estado, Marco Rubio, e o vice têm igual visão. E o mesmo conhecimento de que a Otan é uma aliança muito mais sensível do que parece.
Dentre outros fatores, por sujeitar cada integrante à eventualidade de políticas, e mesmo riscos bélicos, alheios à sua visão e de interesse dos Estados Unidos.
Nenhum dos integrantes está feliz com a Otan. Essa unidade, caríssima, mantém-se graças, sobretudo, a Putin, cujo saudosismo soviético o impede de políticas inteligentes e divisionistas na Europa.
RACHAR A OTAN – Trump, sim, é capaz de rachar a Otan. Pelos mesmos ímpetos que podem levar, caso avance na retomada do Canal do Panamá, como prometeu, a um bloco de latino-americanos insubordinados. Hoje teriam, além das próprias condições, apoios no mundo para sustentar o fim da tutela forçada.
Trump é capaz de fazer aos Estados Unidos o que a paranoia norte-americana teme que a China faça.
O senil Jânio de Freitas pode fazer mais mal ao Brasil do que o Trump aos EUA. Como pode uma pessoa se tornar um verme subordinado ao Ladrão como o Jânio?
‘Anule os ‘acordos’ que vocês têm com a China, e assine agora esses daqui’
Trump despachou para ir à Venezuela para tratar de interesses dos EUA, o agente político Richard Grenell, do gabinete presidencial americano, que se reuniu com o ditador Maduro, no Palácio presidencial Miraflores, em Caracas, sexta-feira, dia 31/01/2025.
E o secretário de Estado americano Marcos Rubio, foi enviado por Trump a El Salvador também para tratar de interesses dos EUA, e se reuniu com o presidente salvadorenho Nayab Bukele, na residência deste, no Lago Coatepeque, segunda-feira, dia 03/02/2025.
Acorda, Brasil!
Mas a conversa de Grenell com o ditador Maduro em Caracas foi (dizem) de uma amistosidade surpreendente:
A Venezuela tem as maiores reservas provadas de petróleo do mundo, com 303 bilhões de barris. Está à frente da Arábia Saudita, com 267,2 bilhões; e do Irã, com 208,6 bilhões.
” Jânio de Freitas pode fazer mais mal ao Brasil do que o Trump aos EUA.”
Esse Jânio aí é devoto do santo errado.
Coisas de Jânios com os pés trocados, na dúvida para onde ir ou ser mandado!
Bah!
Era só o que faltava: depois do chapéu de paia, agora boné
Trump faz guerra comercial lá, e Lula entra na “guerra de bonés” aqui, fazendo seus eleitores, no mínimo, de trouxa.
Trump é capaz de muita coisa, capaz de quebrar os EUA, capaz de explodir o mundo, capaz de assinar uma aliança militar com Putin, capaz de ser impichado antes de sessenta dias de maluquice… mas nunca será capaz de aumentar o QI médio do brasileiro, adjudicar um prémio Nobel ou fazer do Brasil um país decente.