Governistas atacam Hugo Motta, por não achar que chegou a haver golpe

8 de Janeiro: Um ano depois, o que pensam os brasileiros sobre o ataque e o  papel de Bolsonaro – Política – CartaCapital

Os manifestantes realmente queriam intervenção federal

Leonardo Ribbeiro
da CNN

O novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em entrevista a uma rádio da Paraíba, disse que “um golpe tem que ter um líder, tem que ter uma pessoa estimulando”, assinalando que não houve isso. Por isso, acredita que não foi uma tentativa de golpe o que ocorreu no Brasil no início de 2023.

Reclamou também do rigor das penas aplicadas a pessoas que estavam na Praça dos Três Poderes, sem evidências de que tenham tomado atitudes agressivas.

SENADORA REAGE – A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) usou as redes sociais para rebater a afirmação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de que não houve tentativa de golpe.

“Como relatora da CPMI posso atestar categoricamente: após 5 meses de investigação, de receber centenas de documentos e de ouvir dezenas de testemunhas, houve tentativa de golpe e o responsável por liderar esses ataques tem nome e sobrenome: Jair Messias Bolsonaro”, escreveu.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), fez coro ao que disse a senadora: “O 8 de janeiro foi a última tentativa deles. Os comandantes do Exército e da Aeronáutica não aceitaram entrar naquela trama. O que eles queriam no dia 8 de janeiro? Aquilo foi organizado e planejado, porque eles queriam que o Lula decretasse uma GLO”, afirmou.

NEGACIONISMO – O deputado Rogério Correia (PT-MG) também reagiu aos comentários de Hugo. “Dizer que o bolsonarismo não tentou um golpe contra a democracia é de um negacionismo inaceitável”, afirmou o petista.

“Para ganhar uma eleição pode-se fazer promessas, mas nunca atos que coloquem em risco a democracia. Só podemos discuti-la hoje porque o golpe de Jair Messias Bolsonaro fracassou perante ao poder das nossas Instituições. Esse discurso não combina com lideranças que emergiram na democracia e que só exercem seu poder graças ao povo. Ainda estamos aqui, vigilantes”, escreveu no X.

Hugo Motta, porém, disse que no 8 de Janeiro o que havia eram “vândalos e baderneiros que, com inconformidade com o resultado das eleições, queriam demonstrar a sua revolta achando que aquilo ali poderia resolver”.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Fica claro de que lado está o novo presidente da Câmara. As condenações foram excessivas e muitas delas até não tiveram base legal, mas é óbvio que os manifestantes tentaram provocar o golpe. Moraes exagerou na dose, foi um erro, porque juiz não pode ser revanchista. Sob esse ponto de vista, Hugo Motta está correto. O assunto é importantíssimo e vamos voltar a ele. (C.N.)

12 thoughts on “Governistas atacam Hugo Motta, por não achar que chegou a haver golpe

  1. O assunto e’a tentativa de golpe, mas não quero me envolver mais, pois tenho a exata noção e conhecimento do que foi planejado e porque fracassou, por intuição e algumas informações de cocheira, assim que prefiro assistir a banda passar e deixar os personagens do affaire divulgar suas versões de acordo com seus interesses.
    Agora, o que tem me incomodado ultimamente, é entender porque, além da campanha deflagrada meses atrás pelo pseudo jornalista de aluguel, Glenn Greenwald, financiada pelas redes sociais mais poderosas e fontes financeiras da direita milionária nacional, indivíduos, aparentemente autónomos, persistem nas críticas, fake news e ofensas contínua e açodadamente.
    Qual seria a razão de tanto ódio e veneno, contra o mais ético juiz da Corte? Só por que tem aplicado a lei com rigor, ou por ter contrariado o Musk? Ou será que só Freud explica?

  2. Um governo sem competência para governar: em vez de 25, governo deveria ter duas prioridades

    Executivo e Legislativo precisam se unir para conter gastos públicos e limitar emendas parlamentares

    Haddad apresentou uma relação com 25 projetos que considera prioritários para a economia. Ora, quem tem 25 prioridades, na realidade, não tem nenhuma. O problema é ainda mais grave.

    Estão fora da lista de Haddad as duas prioridades a que Executivo e Legislativo deveriam se dedicar. Primeira: um ajuste fiscal capaz de estabilizar a dívida pública. Segunda: impor transparência e limites à farra das emendas parlamentares, as maiores do mundo.

    A dívida pública brasileira cresce sem parar. Até agora, o governo finge que o problema não existe.

    A outra prioridade do governo deveria ser impor limites às emendas parlamentares. É preciso garantir total transparência, como exige a Constituição e tem determinado STF, e reduzir a fatia sem paralelo no mundo que elas ocupam no Orçamento.

    Fonte: O Globo, Opinião, 08/02/2025 00h10 Por Editorial

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *