![O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa no Café da Manhã Nacional de Oração no Capitólio, em Washington](https://s2-oglobo.glbimg.com/JnEgY8dJzdfXVYbiTQVNF0TKFN4=/0x0:8385x5590/888x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/G/b/8BNgvuToes63JsBhqzQQ/109936936-washington-dc-february-06-us-president-donald-trump-speaks-at-the-national-prayer-br.jpg)
Para obter submissão, Donald Trump se finge de louco
Dorrit Harazim
O Globo
Estão equivocados os analistas que, à falta de ferramenta mais adequada para explicar o método de poder performático usado por Donald Trump, recorrem à conhecida “teoria do louco”. Ela foi adotada por Richard Nixon em meados do século passado, quando os Estados Unidos já não conseguiam mais extricar-se do atoleiro militar no Vietnã. Nixon fora eleito presidente em 1968 e queria fazer chegar aos ouvidos dos comunistas de Hanoi e apoiadores no Kremlin que sua paciência tinha limites.
Segundo o livro de memórias de H.R. Haldeman, então chefe da Casa Civil, Nixon usou agentes e diplomatas para disseminar a ideia de ser irascível, homem de rompantes irracionais.
PEDIDO DE NIXON – Segundo o relato do próprio Haldeman, Nixon lhe disse: “Quero que os norte-vietnamitas pensem que farei qualquer coisa para acabar com a guerra, que tenho obsessão por comunistas, que ninguém pode me conter e que tenho uma mão no botão nuclear”.
Como se soube depois, os norte-vietnamitas realmente consideravam Nixon o líder capitalista mais perigoso do mundo, mas nem por isso aceitaram uma paz qualquer. Combateram até a vitória final.
Diferentemente de Trump, Nixon conhecia e respeitava a Constituição de seu país — por isso tentou esconder seus muitos malfeitos até ser obrigado a renunciar ao mandato. Como a maioria dos políticos americanos da época, Nixon também conhecia História e temia ser por ela condenado. Seus operadores agiam nas sombras.
ATROPELAR TUDO – O estilo Trump é outro: arrostar bem alto e de público. Se preciso, atropelando normas consolidadas ou algum artigo da mais antiga e codificada Constituição do mundo. Se preciso for, ele também recua meia quadra e dá dois saltos erráticos no dia seguinte. A ideia é atordoar até obter submissão, nem que seja por cansaço.
A Presidência dos Estados Unidos é um cargo de poder imenso, porém limitado.
— Trump nunca quis ser presidente, pelo menos não nos termos definidos no Artigo II da Constituição americana. Sempre quis ser rei — argumenta em podcast o jornalista Ezra Klein, do New York Times. E alerta: — Ele atua como rei porque é fraco demais para governar como presidente. Pretende substituir a realidade pela percepção e espera que a percepção se converta em realidade. Isso só pode acontecer se passarmos a acreditar.
MAIS ADEPTOS – Não faltam executores para esse reinado que prioriza propriedade sobre povo. Na semana passada, a confirmação pelo Senado de Russell Vought como chefe do Escritório de Planejamento e Orçamento (OMB) veio reforçar o elenco. Embora o OMB não seja percebido como decisivo nem cobiçado, é tudo isso e muito mais — quase um centro nervoso para a Presidência. Seu novo diretor é um dos arquitetos do famoso
“Projeto 2025”, cartilha ultraconservadora elaborada durante a campanha de Trump para a expansão do poder presidencial e a remodelagem das instituições federais.
Vought define o OMB como uma espécie de “sistema de controle aéreo da Presidência”. Deverá atuar com poder suficiente para se impor às burocracias existentes.
NACIONALISMO CRISTÃO – Também é de Vought, umbilicalmente ligado à Heritage Foundation, a convicção de ser preciso promover o “nacionalismo cristão” nos Estados Unidos. A separação de Estado e Igreja, argumenta ele, não deveria separar o cristianismo de sua influência no governo e na sociedade americana. Escancarada está, assim, uma vasta e perigosa porteira.
O que é um país?, indaga o historiador Timothy Snyder, intérprete essencial para estes tempos obscuros. Em 2017, pouco depois da primeira eleição de Trump, ele publicou às pressas um livrinho de 125 páginas que cabia em qualquer bolso — “Sobre a tirania: vinte lições do século XX para o presente”. Virou best-seller.
No ano passado, pouco antes de o mesmo Trump reeleger-se, publicou uma extensa meditação sobre o significado da liberdade (“On Freedom”, ainda sem tradução) para o ser humano.
DIZ SNYDER – “Um país”, responde o próprio Snyder em sua página digital, “é a forma pela qual o povo se governa. E os Estados Unidos existem como país porque o povo elege quem faz e executa as leis”.
Ele anda alarmado com a lógica da destruição já impressa por Washington desde o 20 de janeiro.
“Os oligarcas não têm plano de governo. Tomarão o que podem e inutilizarão o resto. Não querem controlar a ordem existente. É da desordem que seu poder relativo se alimenta”, afirma Timothy Snider.
DEFORMAÇÕES – Não estão preocupados com o fato de os Estados Unidos terem expectativa de vida mais baixa entre os países desenvolvidos, o mais alto índice de assassinatos, a maior mortandade por overdose, a maior disparidade de renda num universo ampliado na pesquisa da Universidade Tulane — abaixo apenas de El Salvador, República Dominicana e Lituânia.
O que é um país? É a forma pela qual o povo se governa. Às vezes, eleições bastam para colocar o país em marcha. Outras, é preciso repensar o próprio significado de povo, de sociedade. “E isso significa falar, agir, combater”, escreve Snyder.
Por ora, os sinais vitais dessa resistência ainda não se recuperaram do choque. Talvez a capa da revista Time com Elon Musk em pose presidencial acorde os interessados
Efeito Trump?
Empresas rompem com a agenda woke: um retorno à razão?
https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/empresas-rompem-com-a-agenda-woke-um-retorno-a-razao/
Quem avisa, amigo é…
Para auxiliares de Lula, Moraes deveria reavaliar viagens aos EUA
“Qualquer juiz federal pode mandar prendê-lo, se pisar lá. Eles querem se vingar do Alexandre”, diz um auxiliar de Lula
https://veja.abril.com.br/coluna/radar/para-auxiliares-de-lula-moraes-deveria-reavaliar-viagens-aos-eua/
As peças começam a se encaixar. O demônio é o Trump enquanto os incomPTentes não conseguem mais administrar o país. Há que se criar um monstro e jogar toda a culpa nele. O Poste Haddad já disse que a inflação e o dólar alto são culpa do Trump. O cadáver insepulto que se diz presidente já mandou o povo para a pqp e, o Moraes já está arrepiando. Já imaginaram o que vai ser da imprensa amestrada quando o dinheiro sumir? O pavor grassa o Brasil de norte a sul e de leste a oeste.
Muitos posicionamentos serão esclarecidos!
A tecnologia de ponta do Musk atacando as malezas da máquina burocrática do tempo da Era Máquina de Escrever, está atordoando todo mundo. Notadamente a “esquerda” reacionária, que leva um século pra fazer um projeto de reforma fiscal. Trump já fez muito em menos de 30 dias. Vide o lenga-lenga do Lules e o lero-lero do Taxxad.
As pessoas estão sem uma base teórica que explique este fenômeno. Para nós da Ciência da Administração Pública, – pelo menos os que esperam o fim da corrupção, eficiência, eficácia, e efetividade – sentimos regozijo em ver como se está colocando a máquina burocrática norte-americana em seu devido lugar. O caso USAID mostra como ela estava tão topetuda que fazia política, coisa que lhe é vedada, pois não é eleita, não representa os anseios da população, logo sem legitimidade para tanto.
Já foi tentado algo deste tipo, o “Governo Gerencial”, trazido pra cá pelo tucanato, que buscava incrementar as três variáveis eficiência, eficácia, e efetividade, mas foi engolido pelo aparelho burocrático, que fincou pé no seu status quo.
O diferencial da reforma trumpista foi a velocidade em que foi feita, impedindo que o lerdo aparelho burocrático pudesse coporativamente reagir. Deixou até a corporação judicial atônita.
Esta ação mostrou, diferentemente de quem não está entendendo nada, que houve uma estratégica milimetricamente pensada. De tal forma que está-se detonando com o paquidérmico elefante branco em menos de um mês.
Até o começo pela destruição da corrupção na USAID, deve ter sido planejada. enquanto a turba destila seu ideário retroutópico, o transrapid vai atropelando toda forma de resistência e corporativismo da máquina burocrática, cansada de boicotar os mandatários, que efetivamente representam a vontade popular.
Não creio que esta nova forma de administração, – na falta de uma teoria, vamos a chamar de tecnológica – possa ser obstaculizada pela burocracia e, o que tem causado muito ranger de dentes, a revolta retroideológica da “esquerda” , que, como uma barata tonta, vê seu edifício desmoronar. É risível como reconhecem e querem o “imperialismo” segurando a onda, inclusive de sua incompetência que mantém a Indústria da Miséria onde quer que se estabeleça.
Quero ver o enfretamento da corporação oligárquica sindical, vai merecer pipoca.
A “esquerda” racionária, jurássica geradora e cultuadora da miséria, anda aos berros pelos cantos. Está mais perdida que cachorro que caiu da mudança.
Cansados estamos nós, governados a 26 anos por uma esquerda corrupta
Está chovendo denuncias de corrupção na USAID pra lá e pra cá, será que é tudo mentira?
A esquerda está usando todos os adjetivos desqualificativos para demonizar Trump e seu governo.
Biden era a Mãe Joana deles.
O jornalismo de esquerda está mais assanhado que gato de moça velha.
O Inferno Grego, o de Dante e todos os infernos imagináveis são como área de lazer com doce refrigério perto do que a esquerda está construindo. Satanás já vai se manifestar contra essa concorrência desleal.
Construção de inferno sem licitação a preços superfaturados é de meter medo em qualquer Mafia ou qualquer facção o crime organizado.
Quando Trump apertar mais um dente na catraca, vai ser um “Deus nos acuda” até para os hereges e ateus.