Viagem com Janja a Roma retira ministro petista da lista de demissão

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Janja aceitou o pedido do ministro quase demitido

Josias de Souza
do UOL

Com Janja em sua comitiva, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social) representará o Brasil na 48ª sessão do conselho de governança do Fida, o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, sediado em Roma. A utilidade da presença da mulher de Lula só poderá ser avaliada na próxima sexta-feira, último dia do encontro.

Mas a viagem da primeira-dama, custeada pelo contribuinte, teve serventia imediata para Dias. Retirou momentaneamente o ministro petista da corda bamba da reforma ministerial.

PERTO DA DEMISSÃO – Wellington Dias virou xepa de feira na Esplanada. Fala-se em trocar ministros, e seu nome escorrega por gravidade para a beirada do tabuleiro. Para complicar, dois contratos atravessaram o caminho do ministro. Envolvem cifras graúdas: R$ 5,6 milhões e R$ 5,2 milhões.

 Numa ponta, está a pasta gerida pelo companheiro de viagem de Janja. Noutra, ONGs ligadas à família Tatto, de DNA petista. No meio, há uma requisição à PF para apurar suspeitas de desvios de verbas que deveriam financiar programas voltados à alimentação e capacitação de brasileiros pobres.

Como se fosse pouco, surgiu na última sexta-feira uma entrevista com potencial para transferir Wellington Dias da frigideira para o micro-ondas. Nela, o ministro insinuou que o governo estudava reajustar o Bolsa Família para atenuar os efeitos da alta do custo de vida. Era lorota.

DESMENTIDO OFICIAL – Numa semana marcada por um comentário tóxico de Lula —”Se está caro, não compra”—, a Casa Civil da Presidência viu-se compelida a divulgar nota oficial para esclarecer que o governo não cogita dar mais dinheiro aos pobres para compensar a carestia.

Jurado de morte pelas circunstâncias, Wellington Dias foi às redes sociais como se estivesse cheio de vida: “Temos o privilégio, desde o primeiro dia de mandato, de contar com nossa querida Janja e toda sua energia. Fiz o convite e ela aceitou”, escreveu o ministro sobre a incorporação da primeira-dama à caravana que foi para Roma.

Não se pode dizer que Dias está no rumo certo. Mas a parceria com Janja coloca na contramão quem aposta na demissão do ministro.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A que ponto chegamos… Chega ser deprimente. E com a mordomia da alegre comitiva de Janja em Roma, é assim que la nave va, cada vez mais fellinianamente. Basta pegar o trem, que a Cinecittá é logo ali. (C.N.)

13 thoughts on “Viagem com Janja a Roma retira ministro petista da lista de demissão

  1. Se o povo está sem pão, mande-os comer brioche.

    Com uma baita crise econômico/fiscal continuam no oba-oba, no seu bem estar na civilização nos seus delírios.

    É aconselhavam que se lacre a boca da deslumbrada.

    O objeto do “fuck you” está no Governo Norte-americano.

  2. Quem é Janja na fila do pão?

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    Tarcísio é o boneco e Bolsonaro, o ventríloquo, não se esqueçam

    Sem apoio de Bolsonaro, Tarcísio é um Haddad sem Lula, um zero à esquerda, como Janaína Paschoal, Joice Hasselmann, Alexandre Frota e outros, que só se elegem para cargos acima de vereador como fantoches de Bolsonaro.

    Portanto, Tarcísio só será candidato a presidente quando Bolsonaro quiser.

    E antes de apoiar o governador de SP, Bolsonaro pode querer lançar a presidente outro candidato, como o Flávio… o Eduardo… o Carlos… o Jair Renan… ou a Michele. Quem sabe?

    E que Tarcísio não tente se lançar candidato a presidente à revelia de Bolsonaro, pois será ‘destruído’ publicamente pelos Bolsonaros antes de sair do chão. Ou alguém tem alguma dúvida disso?

    Acorda, Brasil!

  3. Janja não é besta, só vai de camarote em visitas a lugares da moda ou badalados, imagino se ela iria no agreste ou no Raso da Catarina comer buchada de bode ou calango frito.
    Ela e o Janjo são papa fina, achando botina larga enfiam os dois pés de uma vez.

  4. Só falta alguém escrever um romance com o título de: As alegres comadres e compadres do planalto.
    O provincianismo chegou e parou nas ações da casta governamental atual.
    Começam a se parecer como uma corte real, daquelas de Luis XI e Maria Antonieta.

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