Como explicar a Justiça brasileira a um estrangeiro, sem se sentir um tatu?

Charge do Cléberson (Arquivo Google)

Mario Sabino
Metrópoles

É difícil explicar a um gringo como atua a Justiça no Brasil. Que, no Brasil, juiz dá entrevista sobre processo que irá julgar — e, não raro, antes mesmo do recebimento formal do processo, quando o processo ainda está na fase de aceitação ou não da denúncia pelo próprio entrevistado ou pelo colega de toga que dá expediente no mesmo tribunal.

O juiz dá entrevista para dizer que as provas recolhidas pela polícia e pelo Ministério Público são sólidas, que as contestações da defesa não procedem, que tudo é muito grave e por aí vai. É uma antecipação da sua decisão via imprensa.

PARA QUE JULGAR? – O estrangeiro pergunta, logicamente: mas, então, para que fazer julgamento? Chega-se, assim, ao momento de responder que, no curso do processo, o juiz que antecipou a sua decisão por meio dos jornais pode mudar de opinião a depender das injunções políticas.

Que, depois de ter elogiado a polícia e o Ministério Público, não é incomum que ele passe a avacalhar publicamente o trabalho de investigação e dê veredicto oposto ao inicial.

Mas juiz, no Brasil, é influenciável politicamente?, pergunta o gringo, espantado.

JUÍZES POLÍTICOS – Você, então, se vê na obrigação de informar que, mais do que isso, os nossos juízes — não todos, pelo amor de Deus, só os que importam lá no final — fazem política.

Participam de negociações parlamentares, reúnem-se secretamente com o presidente da República, a quem dão conselhos estratégicos, fazem leis, tentam mudar o regime político do país e até cortam fita em inauguração de estradas.

A coisa é tão escancarada, que os jornalistas classificam os juízes entre aqueles com maior ou menor capacidade de articulação política — e os jornalistas não percebem o tamanho de mais esse absurdo.

FAZENDO TROÇA – Aliás, para ser jornalista no Brasil, nem é preciso saber escrever, imagine perceber absurdos, você diz, acrescentando a outra tropicalidade nacional de juiz poder ser vítima, investigador e julgador na mesma ação.

É nesse momento que o gringo, antes espantado, abre um sorriso e acha que você está fazendo troça dele.

É nesse momento que, meio sem graça, você.se sente um animal exótico. Um tamanduá, uma capivara, um tatu. 

9 thoughts on “Como explicar a Justiça brasileira a um estrangeiro, sem se sentir um tatu?

  1. PT enfia Gleisi Hofmann garganta abaixo de Lula

    O PT (*) conseguiu por Gleisi na articulação política do ‘suposto governo Lula’, que se encontra fraco e sem rumo e vira agora uma verdadeira ‘casa de mãe joana’.

    A dupla Janja e Stuckinha, que antes se achavam donos do Palácio e já haviam sido colocados à escanteio por Sidônio, agora devem ser postos definitivamente fora de campo pela nova ‘chefe’ da Presidência.

    Gleisi terá pela frente o Centrão, que também é dono do chamado ‘governo Lula’.

    (*) Com Gleisi à frente, evidentemente.

  2. PT enfia Gleisi Hofmann garganta abaixo de Lula

    O PT (*) conseguiu por Gleisi na articulação política do ‘suposto governo Lula’, que se encontra fraco e sem rumo e vira agora verdadeira ‘casa de mãe joana’.

    A dupla Janja e Stuckinha, que antes se achavam donos do pedaço e já haviam sido colocados à escanteio por Sidônio, agora devem ser postos fora de campo pela nova ‘chefe’ da Presidência.

    Gleisi, porém, se defrontará com o Centrão, que também é dono do chamado ‘governo Lula’.

    ____________

    (*) Com Gleisi à frente, evidentemente.

  3. Sr. Newton,

    Esse monte vira-latinhas que ficam abanando o rainbow para a Matrix…

    Vão lá discutir o Brasil, a nossa demogracinha, a pobreza, miséria, o real motivo do preto, branco pobre e favelado não pode mais comer carne, ovo, alface, tomate, laranja, maça, e nem pode tomar um simples café…

    Lá estão os vira-latinhas vomitando suas análises francesas com muito caviar, salmão, camarão, lagosta e vinhos franceses de 50 mil euros á garrafa…..

    E tudo falado em português na Big Apple, de brasileiros para brasileiros….

    Conferência nos EUA reunirá ministros do STF, Temer e Meirelles…

    Autoridades e empresários debatem o futuro da democracia e da economia no “Lide Brazil Conference – New York” nos 14 e 15 de novembro…

    PODER360 13.nov.2022 (domingo) – 5h12

    O Grupo Lide (Líderes Empresariais) realiza nesta 2ª e 3ª feira (14-15.nov.2022) a 1ª edição do “Lide Brazil Conference”, no HCNY (Harvard Club of New York), nos Estados Unidos. O evento será de 10h às 14h (no horário de Brasília). Tem o objetivo de debater o respeito à liberdade, à democracia e à economia do Brasil a partir de 2023.

    O Lide Brazil Conference contará com a participação de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), do TCU (Tribunal de Contas da União), além de autoridades monetárias, representantes de entidades de classe, gestores públicos e privados e mais de 260 empresários….

    A abertura será realizada pelo ex-presidente da República, Michel Temer (2016-2019). O evento terá 2 painéis: “Brasil e o respeito à liberdade e à democracia” e “A Economia do Brasil a partir de 2023”. A mediação do debate será feita pelo jornalista do Grupo Globo Merval Pereira.

    O evento terá transmissão ao vivo. O Poder360 também fará a transmissão no canal do jornal digital no YouTube …

    1º dia – Painel “Brasil e o respeito e à liberdade à democracia”

    Alexandre de Moraes, ministro do STF e presidente do TSE; Cármen Lúcia, ministra do STF; Dias Toffoli, ministro do STF; Gilmar Mendes, ministro do STF; Luís Roberto Barroso, ministro do STF; Ricardo Lewandowski (STF); Carlos Ayres Britto, ex-ministro e ex-presidente do STF; Antonio Anastasia, ministro do TCU….

    2º dia – Painel “A Economia do Brasil a partir de 2023”

    Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central; Henrique Meirelles, ex-ministro da fazenda e ex-presidente do BC; Isaac Sidney, presidente da Febraban; Joaquim Levy, diretor do Banco Safra e ex-ministro da Fazenda; Pérsio Arida, ex-presidente do BNDES e do Banco Central; Rodrigo Garcia, governador de São Paulo; Rubens Ometto, presidente do Conselho de Administração da Cosan….

    https://www.poder360.com.br/economia/conferencia-nos-eua-reunira-ministros-do-stf-temer-e-meirelles/

    PS.

    Sr. Newton

    Será que o vira-lata comunistinha Johnny Dorian Grey pagou todas as despesas desse rega-bofe.?

    aquele abraço

    • PS.2

      Sr. Newton

      Repare quem é o primeirão da fila.??

      Será que o The Trumpinator vai liberar o visto para o Xandeco de novo.?

      Melhor curtir New York do que o Clube Pinheiros ou então o Paráiso na Terra, a Ilha do Fidel…..

  4. O sr.vira latas poderia mostrar um gringo que explica como funciona a justiça lá na gringolândia.
    Poderia ensinar-nos como deveríamos agir,já que somos sub desenvolvidos e precisamos da tutela desses alienígenas.
    É claro,sem precisar pagar 500 bilhões em recursos naturais como a Ucrânia.

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