Charge do Clayton (O Povo/CE)
Fabiano Lana
Estadão
Para quem costuma fazer associações entre a popularidade e economia, a rápida erosão da aprovação do presidente Lula é ainda um mistério. Se por um lado há sinais de paralisia na atividade econômica no ar, por outro um crescimento de cerca de 3,5% do PIB em 2024 e menores taxas de desemprego da história sugeririam números mais generosos para a atual gestão.
A rejeição ao Lula tem facetas conhecidas, mas também possui elementos enigmáticos. Mas a questão não para por aí.
COMO REVERTER? – O ponto seguinte é: como reverter essa popularidade hoje no vermelho? Inclusive, uma espécie de Rio Rubicão já foi atravessado…
Além do ex-presidente Bolsonaro –provavelmente um futuro presidiário pela tentativa de golpe de Estado – figurar na frente das intenções de voto, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, já se encontra em empate técnico segundo sondagem da CNT/MDA. A maré está antipetista.
Em 2005, há 20 anos, Lula também enfrentou um inferno astral. Seu partido ficou seriamente abalado e companheiros de vida tiveram carreiras políticas exterminadas por causa do escândalo do mensalão.
NO ENTANTO, VENCEU – Mas no ano seguinte, 2006, Lula sagrou-se vencedor nas eleições derrotando o então fascista, então privatista, então fanático religioso Opus Dei, o ex-governador tucano Geraldo Alckmin – que atende neste momento como socialista vice-presidente da República.
Há duas décadas Lula foi dado como morto politicamente. Decidiram “deixá-lo sangrar” até as eleições do ano seguinte, conforme expressão tão usada na época, para conquistarem novamente o Palácio do Planalto.
Ficou fora do radar uma retomada surpreendente da economia a partir do chamado boom das commodities, processo que fez a arrecadação do Estado crescer e o otimismo e a sensação de bem-estar dos eleitores ser bem maior do que eventuais reservas populares contra o PT.
FEZ O CONTRÁRIO – Um detalhe crucial, em seu primeiro mandato Lula se concentrou em ajustar as contas públicas e depois em distribuir benesses.
Mas o que o presidente tem hoje a apresentar? O que tem a esperar? Será que os programas “Pé-de-Meia” e “Farmácia Popular”, incensados agora em rede nacional de TV, podem ter um papel semelhante ao poder eleitoral de um programa Bolsa Família? Sem chances.
A sociedade é outra, os mais jovens não assistem mais televisão, e a oposição também lembra muito o PT dos anos 90: é implacável com o governo, só quer o seu pior.
SEM OUTRO BOOM – Há algum outro boom de commodities à vista? Não é o que dizem os especialistas. Pelo jeito, só um milagre – que não parece provável quando se examinam as circunstâncias.
Aliás, a pensar no programa oficial de televisão de Lula, os anúncios veiculados são páreo para correntes de WhatsApp que, verdadeiramente, mostram a primeira-dama Janja da Silva em viagem de classe-executiva para Roma, num valor acima de R$ 30 mil, mesmo sem ter direito legal a esse privilégio?
São páreo para o ex-ministro Antonio Palocci, mesmo após tantas confissões públicas, estar livre das garras da lei?
GOVERNO ÓTIMO? – Que tipo de informação corre mais rápido, a oficial ou a das correntes anárquicas das redes? Será que alguém acredita de verdade que o governo é ótimo, mas prejudicado pelas fake news que embaçam a capacidade da sociedade de avaliá-lo? A ilusão é uma droga poderosa.
Há aquele dito de Maquiavel de que o mal se faz de uma vez e o bem aos poucos. Lula, que se acha o sabe tudo geral da humanidade, fez ao contrário. Optou pelo populismo e começou com o “bem”, ao estender o aumento do Bolsa Família no seu mandato.
Agora, com inflação, déficit persistente, juros altos e certa paralisia econômica pela frente, parece só ter maus resultados aos poucos a mostrar. Talvez devesse ter ficado mais atento ao que dizia o pensador florentino da política real. Agora é tarde e a outra opção é o milagre ou uma divisão bizarra dentro da direita.
A validade da argumentação vence em 2026.
Lula subindo em cadeiras de rodas a rampa.
Só de curiosidade, quem ganha do Lula?
A rapaziada que não trabalha,para o povo, acha que ganhará apenas com o apoio da Faria Lima e os gringos.
Sl
Lula não precisa aumentar a popularidade.
Ele ganha eleição…..
Aliás,os bozos podem aguardar seu momento Zé traidor do seu povo em breve.
Basta o Presidente Luís Inácio agir como Homem.
O cenourão vai peidar para todos os grandes.
O BRICS é a morte dos EUA e EUROPA.
Essa última largada.
Só tem um milagre: Imitar Trump e designar para seus ministérios gente “corajosa” e rica que também o vigie e que não precise roubar pra viver.
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A esquerda cada vez mais apavorada e ainda pensando que o cadáver insepulto vai ganhar uma eleição. Só roubando! Aliás, o governo do Ladrão lembra muito o segundo mandado da Dilma que além de quebrar o país terminou mais cedo com o impeachment dela.
E você acha que o stf aprovará o impeachment do ladrão ? Seria um tiro no pé.
Lula vive seus piores momentos no poder
Porém, é cedo ainda para concluir que Lula virou um pato manco e precisa sair de cena.
Lula tem a caneta cheia de tinta, o governo é a forma mais concentrada de poder; mesmo um mau governo, normatiza, arrecada e coage.
Não à toa, o ex-presidente Jair Bolsonaro, com todo o ônus dos mais de 700 mil mortos na pandemia, quase conseguiu se reeleger.
Fonte: Correio Braziliense, Opinião, 27/02/2025 – 08:22 por Luiz Carlos Azedo