Zanin marca para 25 de março julgamento da denúncia contra Bolsonaro

denúncia analisa trama golpista para anular as eleições de 2022

Pedro do Coutto

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, marcou para o dia 25 de março o julgamento de denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que analisa suposta trama golpista para anular as eleições de 2022, promovendo um golpe de Estado para derrubar o governo Lula da Silva.

Entre os crimes imputados ao ex-presidente e aos outros denunciados, estão liderança de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

JULGAMENTO  – Em despacho, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, havia liberado o processo e solicitado sua inclusão em pauta para julgamento presencial. Em seguida, o ministro Zanin designou três sessões para a apreciação da denúncia contra o chamado Núcleo 1 de acusados: duas no dia 25 e a terceira no dia 26. Moraes ainda solicitou que o julgamento do chamado Núcleo 1 seja presencial.

Esse núcleo inclui Bolsonaro, Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira, Augusto Heleno e Braga Netto.Os ministros Cristiano Zanin, Carmen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino vão analisar se aceitam ou não as acusações. Os ministros Cristiano Zanin, Carmen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino vão analisar se aceitam ou não as acusações.

Bolsonaro achou o prazo curto e se pronunciou nesse sentido. Os seus advogados levantam a tese da presunção de inocência, mas esquecem que presunção é uma palavra que se refere à dúvida. Mas se não há dúvida sobre a sua alegada inocência, não há presunção.

DENÚNCIA – A Procuradoria-Geral da República aceitou a denúncia e remeteu a matéria ao Supremo. Estamos diante de um momento que poderá abalar a posição de Bolsonaro que, se condenado, poderá ir para prisão. Mas surgem notícias de que para evitar ser preso, o ex-presidente irá para uma embaixada e pedirá asilo diplomático.

Em fevereiro de 2024, ele já dormiu uma noite na embaixada da Hungria, mas não pediu asilo. Se pedisse, corria o risco de ficar lá por algum tempo, até que o governo brasileiro lhe concedesse um generoso salvo-conduto, pois a Hungria (como os Estados Unidos) não é signatária da Convenção de Havana de 1928, que regula o asilo diplomático.

Se resolver ir para a embaixada da Argentina, a concessão do asilo é certa e o salvo-conduto não deverá demorar. O asilo diplomático pode ser concedido ao cidadão que entra numa embaixada de país signatário da convenção e se declara perseguido político. Ainda assim,  a possível condenação será um marco da história política do país, marcada inclusive pelo 8 de janeiro através de cenas de vandalismo, organizado e financiado para criar uma situação de descalabro.

8 thoughts on “Zanin marca para 25 de março julgamento da denúncia contra Bolsonaro

  1. E também o chefe dos dois, que tinha fugido antes para Araraquara – SP, e só voltou ao Planalto à noite, depois de invasão.

    O vice, que de sonso só tem a cara, percebeu que o titular havia fugido, e fugiu também, para Pindamonhangaba – SP, sua cidade natal.

  2. Uma coisa eu admiro na tropa de choque da direitona bolsonarista, é a insistência nas fakes, falsas narrativas e teorias da conspiração de sua lavra, insistência tão profunda que eles chegam a acreditar nas suas mentiras e aí não tem mais jeito
    É o caso do Lula tramando um golpe contra seu governo assumido oito dias antes.
    E o curioso é que estão todos soltos, também…foram fechar o Junquei.

  3. Jurisprudência Tupiniquim:

    Before 03/11/2025
    We are the Knights Who Say ‘Ni’! (Ni!)

    After:
    We are now no longer the Knights Who Say ‘Ni’! Ni! (sh!)

    We are now the Knights Who Say ‘Ecky-Ecky-Ecky-Ecky-Pikang-Zoom-Boing-Gumzowehzeh’

    (Transcriptions of some subtitles from the film “Monty Python and the Holy Grail”)

  4. A foto do Jair na frente do ministro Alexandre, já, já deverá substituir o quadro de Rafael Falco, Tiradentes ante o Carrasco, nas solenidades e exposições na Câmara, será justa homenagem a um mártir da Pátria.

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