
Gonet precisa conduzir o processo com mais isenção
Marcos Augusto Gonçalves
Folha
A história não chegou ao fim, pelo contrário, vai acontecendo em curso de aceleração, momento de grande relevância que nos captura em vertigens, angústias e incertezas. Tanto no caso particular do Brasil quanto no cenário internacional.
As conexões entre os dois planos são muitas, mas sobressai o contexto de crise da democracia liberal com os rearranjos provocados pela emergência do nacional-populismo autoritário de direita, pano de fundo contra o qual as ações acontecem em interação com uma miríade de fatores e complexidades.
TUDO MUDADO – Nada será como antes amanhã ou depois de amanhã nesse mundo sacudido pela força elétrica anárquica de Donald Trump, pela reconfiguração do Oriente Médio sob a sanha devastadora de Benjamin Netanyahu, pela incontível ascensão da China, pela fragilização da Europa e pela inamovível rocha da Grande Rússia.
As desigualdades se acirram, as respostas a demandas de massas periféricas são precárias, e as contradições alimentam aventuras, conflitos sociais, impasses políticos e ameaças militares.
Sim, são situações não tão novas sob a face da Terra, porém estamos vendo que o torvelinho do pós-pós-Guerra se insinua e provoca mudanças há pouco inconcebíveis. Os novos choques de forças vão ao mesmo tempo deformando o tecido institucional do antigo consenso ocidental e das grandes intermediações globais.
OTIMISMO POR AQUI? – No Brasil, para falarmos de nossa aldeia, vai se configurando uma perspectiva que em sua dramaticidade e em suas dificuldades pode até inspirar otimismo.
Por circunstâncias que se precipitaram, a democracia brasileira resistiu e reagiu a um período sombrio de ameaças e mostra-se agora inclinada a um acerto de contas que poderá representar a inauguração de uma nova quadra no processo de superação da ditadura, já a completar suas quatro décadas.
A aceitação da denúncia contra Jair Bolsonaro terá o efeito de acirrar ânimos e gerar turbulências num período de tempo que poderá se alongar e nos trazer lances surpreendentes —o que não seria nada estranho à dinâmica brasileira.
SUPREMO NA MIRA – Os questionamentos ao Supremo Tribunal Federal são conhecidos e podem recrudescer.
Caberá ao tribunal ajudar a si mesmo e ao país na condução equilibrada do julgamento, com as amplas garantias que a Constituição assegura e sobretudo com a capacidade de transmitir à sociedade a percepção segura de uma atitude de isenção — que tem sofrido arranhões.
Uma conduta embasada, firme e serena será importante para contrastar a narrativa —sim, a narrativa— de perseguição política e farsa judicial para julgar os envolvidos numa trama golpista que deixou pelo caminho fortíssimas evidências.
QUADRO DESAFIADOR – O fato de um ex-presidente e de militares de alta patente estarem sentados no banco dos réus por conspiração contra o Estado de Direito não é em nenhum lugar coisa trivial, muito menos num país propenso a soluções acomodatícias entre elites.
O fato de que se atue abertamente, no campo bolsonarista, para que os EUA de Trump interfiram no rumo dos acontecimentos ressalta esse entrelaçamento perturbador de situações nacionais e internacionais.
Estamos diante de um quadro desafiador com promessas de consequências cruciais e duradouras. Dizer isso, eu sei, é chover no molhado, mas é o que temos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Excelente artigo de Marcos Augusto Gonçalves. Quem conduz o processo agora é o procurador Gonet. Espera-se que ele demonstre a isenção que faltou a Moraes na fase investigativa. (C.N.)
O Khazariano Agente “Barba”, nocauteado por Trump, em:
https://www.instagram.com/reel/DFiFq4YuWFp/?igsh=MTU3ZzY1eHd5ZHI2eA==
A dosimetria canhestra chama de arranhão as diatribes da justiça e de hecatombe as manifestações contrárias.
Mais uma elucubração ideológica no modo automático.
Vamos esquecer só um pouquinho a Constituição, só desta vez!
Para não esquecer.
Salve o dia 31 de março, o dia que impediram o Brasil se tornar uma nação comunista.
A maior vigarice perpetrada contra o povo brasileiro pela milicada insuflada pela Guerra Fria, assessorada pela CIA e apoiada por setores da Igreja Católica, extrema direita política e o empresariado sonegador de sempre,
Aproveito para te lembrar que estas me devendo nomes de comunistas, seria o latifundiário milionário gaúcho João Goulart um deles?
A isenção do Gonet é tão falsa quanto o cabelo que tem sobre a cabeça.
Como ter isenção se ele almeja uma vaga no supremo?
Pois é , se não ser comunista fosse sinônimo de boa índole , bom caráter e conduta ilibada , com certeza todos os congressistas nacional Brasileiros e os evangélicos estariam no paraíso . mas de fato não é o caso .
Procurar virtude no STF é como procurar cabelo na cabeça do ministro PCC (psicopata covarde e criminoso).
No mínimo as pessoas que estão demonizando o juiz do STF Alexandre de Moraes tem contas á prestarem a ” polícia e a justiça ” , por isso estão se escudando no caso da subversiva e pichadora Débora , com medo de pegarem a mesma dose prisional .