O romance jamais pode envelhecer, dizia o poeta J. G. de Araújo Jorge

J.G. DE ARAÚJO JORGE - POEMASPaulo Peres
Poemas & Canções

O advogado, político e poeta acreano José Guilherme de Araújo Jorge (1914-1987) ou, simplesmente, J. G. de Araújo Jorge, foi conhecido como o Poeta do Povo e da Mocidade, pela sua mensagem social e política e por sua obra romântica, como no poema “Romance” que trata do mais velho e o mais belo dos temas, renovado sempre na poesia e no sonho de um poeta, segundo o próprio J.G. de Araújo Jorge, em seu livro “No Mundo da Poesia”.

ROMANCE
J.G. de Araújo Jorge

“Venha me ver sem falta… Estou velhinha.
Iremos recordar nosso passado;
a sua mão quero apertar na minha
quero sonhar ternuras ao seu lado…”

Respondi, pressuroso, numa linha:
“Perdoe-me não ir… ando ocupado”.
Amei-a tanto quanto foi mocinha
e de tal modo também fui amado.

Passou a mocidade num relance…
Hoje estou velho, velha está… Suponho
que perdeu da beleza os vivos traços.

Não quero ver morrer nosso romance…
– Prefiro tê-la, jovem no meu sonho,
do que, velha, apertá-la, nos meus braços!

1 thoughts on “O romance jamais pode envelhecer, dizia o poeta J. G. de Araújo Jorge

  1. OS DEUSES, OS SUPER-HERÓIS, OS POLÍTICOS, E O POVO. Os deuses apresentam um alto grau de limites ou necessidades especiais em relação ao Homem. Isto é, a existência dos deuses depende da existência dos humanos; portanto, homens e deuses são hierarquicamente iguais, só que os primeiros vivem nababescamente como deuses enquanto suas criaturas vivem como animais que precisam sobreviver aos desafios naturais a cada passo, a cada hora, a cada segundo de sua desafiadora existência, inclusive no seu relacionamento com suas divindades sobrenaturais, megalomaníacas, caprichosas, exigentes. O super-herói também possui um grau de dependência vital com os homens comuns, haja vista que sua espetacular existência depende da criatividade humana, dos gibis, ou história em quadrinhos, ou ‘’Comics’’, do cinema, da literatura, etc. Os políticos, governantes, autoridades, etc., por seu turno, dependem do trabalho escravo, servil, ou salarial do povo, do seu suor laboral, dos impostos, taxas, contribuições, etc. E mesmo como toda a riqueza gerada pelos homens do povo, essa elite canalha é corrupta; são incompetentes, incapazes, preguiçosos, lerdos, sendo que jamais na História conseguiram solucionar nem mesmo as necessidades mais básicas do povo como um todo. As únicas exceções, em milhares de anos, são os povos escandinavos da atualidade, como Dinamarca, Noruega, Finlândia, Holanda, Suécia e alguns outros mais. Finalmente, temos o povo; este pobre coitado, pobre diabo, vive ternamente numa situação ridiculamente inferior às castas dominantes, seja pela força ou pelo voto eletrônico! Pobres seres desprezíveis, desprezados, humilhados, subestimados e maltratados como burros de carga, como massas de manobra, como marionetes, como fantoches das classes nobres, as quais dá casa, comida, roupa lavada, mordomias, penduricários, etc., mas pouco ou nada recebe em troca! Possivelmente, porque o povo é as duas faces de si mesmo, ele é criador e criatura, é médico e monstro, é vítima e algoz em potencial. O povo e suas criaturas, isto é, deuses, políticos (monarcas, imperadores, cônsules, presidentes, papas, padres, pastores, super-heróis, etc.), são farinha do mesmo saco. O Homem só dá duas opções a si mesmo: senhor ou escravo, é tudo ou nada, ‘’ou dá ou desce’! O homem comum luta para ser senhor, e este luta para não voltar a ser escravo; as revoluções e golpes de estado, ditaduras, etc., deixam isto muito bem explicitado. Os pobres, ou os evangélicos da teologia da prosperidade, sonham com muitas empresas, empregados, riquezas; todavia, alguém terá que trabalhar duro por tais sonhos; a menina da favela sonha em ser princesa de um castelo, com muitos soldados, escravos ou servos. Para evitar que isso aconteça – haja vista que tais posições e condições são numérica e qualitativamente limitadas – as castas do poder precisam dividir o povo, manipulá-lo, envenenar indivíduo contra indivíduo, crendice contra crendice, da mesma forma, por exemplo, que os reis, imperadores e barões assinalados, da Idade das Trevas do Cristianismo teocrático (hoje ‘’Coronéis de Barranco’’) dividiam o povo em católicos, protestantes ou evangélicos, judeus, ortodoxos, infiéis e fiéis, ou ateus ou hereges e tementes a Deus, etc. Hoje temos as divisões em partidos políticos, bancadas, centro, esquerda, direita, ou comunistas cristãos e cristãos nazistas que, aliás, conseguem dividir o povo ao meio, da mesma forma que a Santa Inquisição Cristã Católica pendurava LGBTQI+ pelas pernas separadas e o cortava ao meio, para ‘’salvar suas almas’’, por meio do suplício, pela flagelação, pela penitência, da morte, em nome do Deus do amor, da paz, da misericórdia, Jesus Cristo! A propósito, cristão, Jesus Cristo foi e continua sendo o Deus mais satânico, impiedoso, escravista, sanguinário, em toda a história da humanidade! Não sou eu quem diz, é a História, registrada nos mínimos detalhes! Você, cristão, ou finge desconhecer a real e verdadeira história sanguinária e apocalíptica liderada por Jesus Cristo! Felizes são os mansos, os ignorantes, os pobres de espírito! Felizmente eu sou infeliz, pois sei tudo que o teu Deus, Jesus Cristo, fez em todos os seus verões passados! LUÍS CARLOS BALREIRA. PRESIDENTE MUNDIAL DA LEGIÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA.

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