
Líder da Minoria, Caroline De Toni busca uma alternativa
Emilly Behnke e Gabbriela Veras
da CNN
Integrantes da oposição na Câmara passaram a defender a criação de uma comissão especial para debater o projeto que anistia os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O tema foi debatido na reunião de líderes da Casa nesta quinta-feira (22), mas ainda não é consenso dentro da bancada do Partido Liberal (PL).
A alternativa voltou a ser considerada para evitar que o projeto fique “parado”. A sigla ainda defende, no entanto, que a urgência da proposta seja pautada e resiste a uma flexibilização do projeto atual. A deputada Caroline de Toni (PL-SC), líder da minoria na Câmara, afirmou que o partido debaterá o tema.
DISSE A LÍDER – “Eu inclusive sugeri ao presidente Hugo Motta que criasse então uma comissão especial, porque o fato de o tema ficar parado também causa muita angústia a todas as famílias, a todos os envolvidos e a nós que queremos essa justiça o mais rápido possível”, afirmou De Toni em entrevista após a reunião do colégio de líderes.
Segundo ela, o presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), pediu que um texto alternativo seja apresentado.
“O presidente ficou de avaliar também essa possibilidade [de comissão especial] e sugeriu que nós buscássemos um texto alternativo. Nós vamos fazer uma reunião com o líder Sóstenes [Cavalcante, do PL], com o líder Zucco [da oposição] e com toda a bancada para justamente ver quais os passos vamos seguir”, disse a deputada.
PEDIDO DE URGÊNCIA – O tema também foi defendido pelo deputado Domingos Sávio (PL-MG) na reunião desta quinta. Ele ainda aposta, no entanto, na prioridade para a aprovação do pedido de urgência, que permite acelerar a tramitação do projeto
“O que eu reivindiquei ao presidente [Motta] é que vote-se o requerimento de urgência e que nós confiamos nele para que conduza o processo. E se ele entender que seja através de uma comissão especial, eu ponderei que, desde que ela tenha prazo e que seja para solucionar o problema, é uma alternativa regimental e que eu entendo que nos atende”, afirmou Sávio.
A CNN apurou que líderes de partidos de centro também apoiam a ideia de criar uma comissão especial para debater o texto de forma mais detalhada.
INCONSTITUCIONAL – Parado desde o ano passado, o projeto da anistia recebeu mais de 250 assinaturas para ter a urgência pautada. Hugo Motta, no entanto, decidiu não colocar o pedido em votação, atendendo solicitação pessoal do presidente Lula, feita durante a visita ao Japão.
Em reunião de líderes na terça-feira (20), o presidente da Câmara sinalizou que, mesmo sendo aprovada pelo Congresso e até sancionada pela presidente Lula, na etapa final a proposta poderia ser considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
8 de Janeiro: golpistas militares e parentes fugiram antes de serem presos
A transferência da operação policial para a segunda-feira, dia 9 de janeiro, deu tempo para que militares e parentes de militares que participaram da tentativa de golpe no domingo, dia 8, fugissem de madrugada.
Alguns até se deram ao luxo de fugir chamando um Uber.
O general Arruda, comandante do Exército, impediu que a Polícia Militar do DF entrasse no Setor Militar Urbano, para prender os golpistas que para ali retornaram no fim da tarde do 8 de janeiro, depois de invadirem a Praça dos Três Poderes e depredarem o Palácio do Planalto, o Congresso e STF.
(E parece ter havido golpistas ‘mais espertos ainda’ que fugiram antes da volta dos manifestantes para a Praça dos Cristais em frente ao quartel.)
A tropa da PM designada para prender os manifestantes, liderada por seu comandante, Fábio Augusto Vieira, e o interventor da segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, foi recepcionada à entrada do Setor Militar Urbano por três tanques de guerra. Dali não passaria.
E a operação para prender os golpistas (que não fugiram) ficou então para a manhã do dia seguinte.
(Isto tudo acontecendo no início do desgoverno Lula).
Fonte: Metrópoles, 23/05/2025 05:30 Por Ricardo Noblat
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Se terroristas que roubaram, sequestraram e até mataram pessoas podem ser anistiados e ainda recebem cem mil de quebra, qual o problema em anistiar os “terroristas” de 8 de janeiro, que não roubaram, não sequestraram e nem mataram ninguém?