
Cidadania italiana é uma proteção contra atos de Moraes
Maria Clara Matos e Teo Cury
da CNN
Em entrevista à CNN, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que anunciou estar fora do Brasil por motivos de saúde, disse ser “intocável” como cidadã italiana. A declaração acontece em meio a condenação da parlamentar a dez anos de prisão por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), além da perda de mandato e de um pedido de prisão preventiva emitido pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A dúvida é saber se a parlamentar pode sim ser extraditada, mesmo com a dupla cidadania. Ela diz que, como cidadã italiana, é intocável na Itália”. O pesquisador da Universidade de Harvard e professor da Universidade Federal Fluminense, Vitelio Brustolin, explica que o tratado de extradição entre Brasil e Itália prevê que a extradição de nacionais é facultativa, ou seja, não obrigatória, mas que ela pode ser possível.
QUEM DECIDE? – A decisão depende das autoridades judiciais italianas e das considerações políticas e diplomáticas — o que acaba sendo um processo complexo.
Em 2015, Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil com dupla cidadania dos dois países foi extraditado após uma decisão favorável da Corte de Cassação de Roma. Pizzolato foi condenado pela justiça brasileira no caso do Mensalão, que apurou a venda de votos do Congresso.
“Um detalhe importante é que a Constituição da Itália tem o precedente legal de proteger os seus cidadãos, só que admite extradição quando houver previsão por conversões internacionais”, atesta Brustolin, que lembra que a extradição da parlamentar brasileira depende de como a justiça italiana leia o caso.
CARLA CONTESTA – “Tenho cidadania italiana e nunca escondi, se tivesse alguma intenção de fugir eu teria escondido esse passaporte. (…) Como cidadã italiana eu sou intocável na Itália, não há o que ele possa fazer para me extraditar de um país onde eu sou cidadã, então eu estou muito tranquila quanto a isso”, disse Carla Zambelli ao progrma Bastidores CNN.
Para que exista uma possibilidade de Carla Zambelli ser extraditada, é preciso, antes de tudo, que o governo brasileiro formalize o pedido.
Isso aconteceria com a seguinte sequência: a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a prisão da deputada, como já aconteceu. O ministro já Moraes autorizou, agora falta o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, formalizar o pedido de extradição pela pasta.
INTERPOL – O professor Vitelio Brustolin explica que, se a prisão internacional for emitida com a inclusão do nome de Zambelli na lista vermelha da Interpol, a Organização Internacional de Polícia Criminal, a deputada pode ser presa.
Além do ex-diretor do Banco do Brasil condenado pelo Mensalão, Brustolin cita o caso do ex-banqueira Salvatore Caciola, extraditado em 2008 em Mônaco. Caciola tem cidadania italiana e foi preso após um alerta da Interpol.
Assim, autoridades policiais de outros países podem detê-la e, após a detenção, o país onde ela foi detida pode decidir sobre extradição com base em seus tratados e próprias leis nacionais.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O marido de Carla Zambelli (PL-SP), coronel Antonio Aginaldo (PL), secretário de Segurança Pública da cidade de Caucaia, interior do Ceará, pediu afastamento temporário do cargo há duas semanas, em 21 de maio. A justificativa foi a doença de um parente, e Carla Zambeli alega estar em tratamento na Itália. Quanto à extradição dela, não será nada fácil. No caso de Pizzolato, ele estava envolvido em casos graves de corrupção. Caciola era banqueiro falido, fugindo com o dinheiro, e mesmo assim só foi preso porque resolveu curtir alguns dias em Mônaco, que é outro país, e acabou apanhado na Alfândega pela Interpol. O caso da deputada Carla Zambelli tem ingredientes políticos e vai ser muito difícil a Itália aceitar extraditá-la. (C.N.)
Zambelli honra bolsonarismo ao fugir do País, atacar tribunais e posar de vítima de um regime de exceção
Condenada pela Justiça por violar a lei, Zambelli – que sai da política pela porta dos fundos – honra a tradição bolsonarista ao fugir do País, atacar os tribunais e posar de vítima de um regime de exceção que não existe
A deputada Zambelli sempre foi uma indigente política. (…) Sua atuação pública limitou-se à geração de ruído nas REDES SOCIAIS, não raro disseminando teorias conspiratórias e ataques infundados contra as instituições republicanas – além, é claro, de vocalizar um culto quase místico à personalidade do ex-mito.
Sua patética fuga do País, a fim de evitar o cumprimento de uma pena de dez anos de prisão a que foi condenada pelo STF, confirmou que o ex-mito e os sabujos que delinquiram em nome de seu projeto político liberticida estão ficando sem muitas alternativas além da vitimização.
Zambelli está homiziada nos States, onde também está seu ex-colega de Câmara e ainda correligionário Bananinha. (…)
Tanto Bananinha como Carla Zambelli – curiosamente dois dos mais votados deputados federais por SP, – vestem-se, nesse tipo de ardil, o figurino de mártires de coisa nenhuma, que dirá da liberdade de expressão.
Fonte: O Estado de S. Paulo, Opinião, 05/06/2025 | 03h00 Por Editorial
Que estúpido panorama exibe o Brasil, gente !
Faz lembrar mummy’s sonny
Com Trump e tantas trapalhadas Moraescas nesses processos, não me surpreenderia com todos esses processos teatrais não dando em nada e com a volta desse grupo ao poder ainda nesta década.
Mudando de assunto nem tanto.
A farsante defesa da Democracia está falindo. Baseada na ideia de que a existência de várias ideologias é ameaça à própria é imoral.
Ademais que Democracia defendem? A que não só mantem, mas aprofunda nossos problemas estruturais: altos índices de corrupção e criminalidade, péssima educação, atraso tecnológico, extrema desigualdade social, paternalismo, clientelismo, patrimonialismo, dependencia imoral dos Poderes, baixissimos níveis de desenvolvimento.
Não tocando nestes aspectos a tal defesa não chega nos bolsos dos cidadãos, logo não garante o que busca, o domínio do Estado pelas oligarquias nababescas estatais, mergulhadas na mais absoluta decadência moral e gerencial, dos interesses da burguesia e entidades corporativas patrimonialistas que redundariam nas vitórias eleitorais da farsante Organização Petista, cujo lider maior é pai dos pobres e mãe mineira dos setores nais abjetos das elites que privatizam o Estado.
O papel da Organização é passar uma ideia, uma realidade paralela de que temos um Governo que combate e supera nossos problemas estruturais, mas que, na real, os aprofundam.
Esta bagaça não vai dar certo.
Está-se criando a Indústria da Censura.
As vancas advocaticias bilionarias amigas vão se dar muito bem.
Imaginem alguém chamar de ladrões os que assaltaram os aposentados. É lógico que reorrerão à Justiça, que levará dezenas de anos pra reconhecer que o são.
Ademais não há crime que já não seja contemplado pelo ordenamento jurídico. Sem contarcque a Organização é extemporânea e, encontrando-se na Era da Máquina de Escrever, não domina as redes sociais. E anocque vemvtem eleição.
Mudanças esdrúxulas estruturantes pra resolver problemas conjunturais individuais nunca darão certo, pois quebra qualquer fio de responsabilidade e credibilidade. Ainda mais quando tem repercussões negativas internacionais.
Devemos sempre lembrar que somos um país soberano, entretando insignificante econômica e geopolicamente e que deveria ser mais parcimonioso com as relações internacionais.
O mandado de prisão de Zambelli não serviria também como advertência do que Xande faria com o ex-mito na hipótese de fugir novamente como no final de 2022?
E, nessas alturas, com a presença de Zambelli nos States, Bananinha já deve estar escondido em algum buraco de toupeira.
Se ele voltou então ele não fugiu.
Sua Xandidade perdeu nos Estados Unidos, perdeu na Espanha e vai perder na Itália.
“Sua” não: Dele.
Matérias envolvendo “bolsonaristas” publicadas pela Globo, Folha, Estadão e CNN são desonestas do início ao fim. É o típico jornalismo “dinheiro na mão, calcinha no chão”.
Pela CR/88, parlamentar só pode ser preso em caso de flagrante delito de crime inafiançável. Não existe prisão preventiva, portanto o ministro Alexandre de Moraes violou mais uma vez a lei maior. O jornalismo de aluguel silencia sobre esse fato e repete a versão da facção PT/STF, ao término da leitura, o leitor fica com a impressão de que tudo está conforme a lei e, portanto, normal.
Por essas e outras bem piores, a grande imprensa brasileira é cúmplice dos abusos criminosos cometidos pelo Alexandre de Moraes. Tomara que as análises para aplicação da Lei Magnitsky seja estendida para todos os serviçais da ditadura PT/STF, incluindo os proprietários e os chefes das redações desses veículos.
Lula protegeu Cesare Battisti, homicida, durante anos, com ajuda do Barrosão.
Tá na hora de a Itália dar o troco.
Baseado no caso Robinho, o máximo que poderia acontecer, seria a deputada cumprir a pena lá na Itália.
Mas como este caso tem ingredientes políticos e a Itália atualmente tem uma primeira ministra de direita, acho que a solidariedade feminina deve se manifestar, e
a deputada não sofrerá qualquer restrição por lá.
Restando ainda o que o Tio Sam poderá mandar para cá.