
Charge do Jaguar (O Dia)
Mario Sabino
Metrópoles
Depois de Lula e Janja pedirem ao ditador Xi Jinping que enviasse um emissário ao Brasil para ajudar a “regulamentar” as redes sociais, em especial o TikTok, temos o modelo chinês servido à mesa pelo STF. Esta semana, no julgamento que jogou no lixo o artigo 19 do Marco Civil da Internet, o decano do tribunal disse:
“Nós todos somos admiradores do regime chinês, né, do Xi Jinping, né, que diz assim: ‘O importante… A cor do gato não importa, o importante é que ele cace o rato.’”
FRASE DE DENG – O decano foi corrigido imediatamente pelo presidente do STF: a frase é de Deng Xiaoping, ditador chinês que sucedeu Mao Tsé-Tung.
Uma metáfora para dizer que não importava o modo de produção da economia, desde que ele promovesse desenvolvimento e bem-estar. Deng Xiao Ping justificava, assim, as reformas capitalistas na China comunista.
No caso do decano, o gato a que Gilmar se referia é a instância que vigiará oficialmente as plataformas digitais no Brasil. Os semideuses do STF ainda não decidiram qual será o órgão de censura da nova democracia brasileira.
ENTREGAR AO PT – Há ministros que defendem que seja a Procuradoria-Geral da República. Meto o meu bedelho para dizer que sou partidário da criação de uma secretaria especializada a ser entregue ao PT, e de maneira permanente. Fica mais parecido com o modelo chinês, que tanto admiramos.
De qualquer forma, não importa mesmo a cor do gato, o essencial é que ele cace o rato politicamente incômodo. Esse é o rato que preocupa, não tanto o rato predador sexual ou o rato estelionatário, que estão aí apenas para dar pretexto.
Medidas estruturantes pra resolver problemas particulares, notadamente os eleitorais de curto prazo, no médio, só pode dar revertério.
Quem não tem prática política não deve se meter na Realpolitik.
O que não querem importar da China:
https://br.search.yahoo.com/search?fr=mcafee&type=E210BR91199G0&p=china+corrup%C3%A7%C3%A3o
Basta a extinção das Redes Sociais. É muito mais fácil, e vamos voltar para a escuridão o que nem a ditadura de 64 conseguiu.