Na Bancada do Amazonas, Plínio Valério votou contra
Vicente Limongi Netto
Ampliar números de deputados federais é bom para o Amazonas, mas o operoso senador Plínio Valerio, do PSD. votou contra. Dois estados se beneficiam mais: Santa Catarina e Pará, com mais quatro deputados em cada Estado. O Amazonas ganha mais dois reprsentantes, Tomara que Valério não pense em dar murro em ponta de faca. A rinha de 2026 é repleta de profissionais. Não largam a rapadura do poder nem que a vaca tussa. Em todo o Brasil, não apenas no Amazonas.
Espero que o senador Plinio Valério compreenda e admita o quadro de possibilidades. Voltando ao Amazonas: uma vaga do senado será para o governador Wilson Lima. A outra, para o atual senador e ex-governador, Eduardo Braga. Eficiente e vigilante defensor dos pleitos do Amazonas, na Câmara Alta.
Para governador, ninguém tasca o senador Omar Aziz. Omar retorna ao cargo. Caso Plínio não queira disputar a Câmara, não tem nada de desonroso nisso, aguarde o próximo governo do Amazonas para quem sabe, ocupar alguma expressiva secretaria. Certos, garantidos, reeleitos, sempre, federais, a meu ver, Átila Lins e Silas Câmara. Este, mantém forte liderança evangélica no Estado. Tem outros deputados, capachos bolsonaristas. Não sei nem os nomes e tenho raiva de quem sabe. De repente podem ser reeleitos. Um horror. Novamente deputado federal, Pauderney Avelino, correto e veterano, também ex-secretário, certamente vai analisar a nova situação. A bancada é tenebrosa. Pelo jeito continuará ruim e inexpressiva.
PONTO DE ENCONTRO – Quem quiser desfrutar de bom café matinal, com ovos fritos e torradas, ou chá ao entardecer, com pão de queijo e estrelas cobrindo o céu, a Casa de Chá da Praça dos 3 Poderes é excelente ponto de encontro. O local está bombando. Sob as bençãos do Senac-DF. Quem conhece, garante que volta.
Reaberta depois de dois anos fechada, a Casa de Chá já recebeu mais de 150 mil pessoas. Boa atração para brasilienses e turistas. Local para tranquilizar a alma. Lula deveria convidar os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Mota e Davi Alcolumbre, para saborear chá de tilia com biscoitos de maizena.
Acalma o sistema nervoso. Nervosismo e tensão são marcas registradas de homens públicos moradores do Distrito Federal. Os ânimos estão acalorados. É preciso baixar a temperatura.
Quem gosta de cinema, paz e sossego, lembrará do filme “Casa de Chá do Luar de Agosto”, de 1956, com o craque Marlon Brando, vai telefonar e reservar mesa. Mesmo sabendo que na realidade, a quadra atual da política anda mais para filmes de Didi, Dedé, Mussum e Zacarias.
MEIAS DE BIAL – Pedro Bial, agradável, elegante e competente, precisa não vacilar com as meias que usa. Metem medo de tão feias. No programa de quarta as meias eram horrorosas. Empalideceu a madrugada.
Bial ainda arregaça as calças, exibindo as patéticas e longas meias brancas com listas pretas. Subindo nas canelas finas. Parece que saiu da “pelada” de basquete direto para o estúdio. Bial, recomponha-se. Compre meias discretas e bonitas. Caso esteja ruim de grana, faço Pix para você.
Não se iluda, não há idiotas na família Bolsonaro
Cada filho de Bolsonaro tinha um papel na conspiração que, desde o dia da posse, 1º de janeiro de 2019, preparou o terreno para a ditadura que, pelo voto ou pelo golpe, viria no segundo mandato.
As investigações da PF agora confirmam: logo abaixo de Bolsonaro, beneficiário final de todo o esquema, estava Carlos Bolsonaro, o filho 02.
Disfarçado de vereador pelo Rio—muito mais visto no gabinete do pai, em Brasília, do que na Câmara Municipal carioca—, Carlos era o cérebro da operação.
Sua função era a de arquitetar as manobras clandestinas, como a inteligência paralela, a espionagem dos ministros togados, a análise de dossiês, a desmoralização do sistema eleitoral, a propagação de fake news, o embaraçamento de investigações e a blindagem dos familiares —não admira que não tivesse tempo para justificar seu salário de vereador.
A execução de tudo isso ficava a cargo de Alexandre Ramagem, diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), com uma equipe de agentes especiais.
Já Flávio Bolsonaro, o filho 01 (mas só por ordem de entrada em cena), fazia o papel do político tradicional: assíduo e agressivo no Congresso, aparente articulador de apoios e, como todos do gênero, suspeito de corrupção —não por acaso detentor de um sólido patrimônio imobiliário.
Isso o tornava especialmente visível, possibilitando uma velha tática: enquanto os opositores se ocupavam de Flávio, o imperceptível Carlos passava a boiada golpista.
Mas, quem sabe o principal responsável pelo desvio da atenção não seria o filho 03, o folclórico Eduardo Bolsonaro?
Seu pai o tratava como o idiota da família, expondo-o ao ridículo ao tentar fazê-lo embaixador em Washington por sua experiência de fritador de hambúrguer no Maine. Mas, e se isso fosse só parte do plano?
Fonte: Folha de S. Paulo, Opinião, 26.jun.2025 8h00 Por Ruy Castro
Prezado Limongi.
O Congresso, comandado pela dupla Motta/ Alcolumbre, só votam pautas de seus exclusivos interesses.
Não precisava aumentar o número de deputados federais. Bastava tirar de quem perdeu a representatividade dos eleitores, caso do Rio de Janeiro e aumentar do Estado que aumentou a representatividade eleitoral, caso do Amazonas.
Nem quiseram discutir com base na razoabilidade. Votaram em regime de urgência, o aumento da bancada federal. Um custo de 50 milhões por ano para o contribuinte.
Bem, ainda tem a verba de 50 bilhões por ano, para essa turma gastar a vontade, sem transparência em obras discutíveis todo ano.
Todo dia tem um escândalo de emendas nas prefeituras de todo o país.
É obra de recapeamento em condomínios de mansões, como observado em Barueri, aonde um deputado tem mansão.
Ouvido pela imprensa, ele botou a culpa no prefeito. Trata-se de improbidade administrativa e quebra de decoro. Deputado e prefeito deveriam ser presos e escorraçado da vida pública.
Hoje, mais um escândalo, envolvendo um deputado e cinco prefeitos da Bahia.
Em referência ao deputado de Barueri/SP, os recursos enviados das emendas PIX foram da ordem de 11 milhões. 2,2 milhões ( dois milhões e duzentos) foram utilizados para recapear as ruas da mansão aonde o deputado federal mora.
A pergunta é: E o restante do dinheiro? Será que o gato comeu?
E dinheiro para PETs, que não chegam para melhorar a vida dos animais. É dinheiro público para CACs dar tiro a esmo. É dinheiro para pontes que nunca são erguidas.
As vezes dá um desânimo incomensurável.
Quantas saudades de Ulisses Guimarães, de Bernardo Cabral, de Célio Borja, de Março Maciel, homens públicos de reputação ilibada e relevantes serviços prestados a nação.
Hoje vivemos um deserto de homens e ideias no Congresso. Eles não teem nenhuma vergonha na cara. Perderam o freio ético e moral. Com essa gente torpe, o Brasil fica sem saída.
Senhores:
Do jeito que está, nenhum governo vai funcionar. Nem de direita, nem de esquerda, nem de centro.
Quem estiver no Planalto será sempre refém de um Congresso cada vez mais forte, blindado e livre para gastar sem ser cobrado.
E o Brasil seguirá com um sistema político onde quem manda não responde, e quem responde não manda.
Fonte: O Estado de S. Paulo, Política, 27/06/2025 | 15h04 Por Sergio Denicoli
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2026 escanteará o ex-mito do poder de uma vez por todas
Da mesma forma que Lula é hoje cabresteado por deputados e senadores endinheirados, sob o comando do Centrão, o presidente da República eleito ou reeleito em 2026 também será feito refém do Congresso.
E o inelegível ex-mito ficará, nesse contexto, ainda mais alijado do poder, mesmo que Tarcísio seja eleito. O governador de SP, como se pode ver, já vem deixando de ser só um boneco de ventríloquo do pai do Bananinha.
O Omar Aziz, lacaio dos petralhas, me lembra um imenso gabirú manauara, daqueles que vivem nos buracos insalubres da Compensa.
Ainda não consegui entender de como o cidadão brasileiro que paga altos impostos ganha com esse aumento de deputados.
Por enquanto, nesse assunto, sou um mero ‘ cretino ocasional’.
Isso vai criar um novo efeito cascata.