
Moraes está levando o Brasil por caminhos perigosos
Jamil Chade
A decisão de Donald Trump de romper negociações com o Canadá e indicar que aplicará tarifas contra os bens do país vizinho devem servir de alerta ao Brasil e a todo o mundo. O recado está dado: a Casa Branca irá agir de forma agressiva sempre que suas empresas de tecnologia e plataformas digitais forem ameaçadas.
O governo canadense não se intimidou diante da pressão e optou por manter seus planos de cobrar impostos sobre as empresas de tecnologia. Nesta sexta-feira, Trump rebateu e classificou as taxas do Canadá como um “ataque direto e flagrante ao nosso país”.
FIM DA NEGOCIÇÃO – “Obviamente, eles estão copiando a União Europeia, que fez a mesma coisa e, atualmente, também está em discussão conosco”, disse Trump. “Com base nesse imposto flagrante, estamos encerrando TODAS as discussões sobre comércio com o Canadá, com efeito imediato. Informaremos ao Canadá a tarifa que eles pagarão para fazer negócios com os Estados Unidos da América nos próximos sete dias”, completou o presidente.
A mensagem é explícita: o país que ousar mexer na estrutura financeira e de poder das plataformas digitais – um pilar da base de Trump – será considerado como tendo agido contra os interesses do governo americano.
No governo brasileiro, fontes do mais alto escalão admitem a situação das redes sociais como uma “potencial” área de conflito com os EUA e mandam um recado ao governo de Donald Trump:
algum tipo de sanção contra autoridades no país (leia-se Alexandre de Moraes.
SUPREMO REAGE – Nesta quinta-feira (26), o STF começou a ampliar a responsabilidade das plataformas diante da disseminação de postagens criminosas ou antidemocráticas. Fontes do alto escalão em Brasília não descartam que, depois da decisão sobre o Marco Civil da Internet, as empresas do setor façam pressão por sanções, e que governos, como o dos EUA, considerem tais medidas.
Mas Brasília indicou que já mandou mensagens à Casa Branca assinalando que há limites e que qualquer ação que envolva sanções não será tolerada. “Os recados foram dados”, disse um negociador brasileiro.
“Temos linhas vermelhas na questão de ingerência sobre soberania”, disse. Para o governo, uma sanção contra ministros do STF seria considerada um ataque contra as “instituições da República”.
RESPOSTA CONTUNDENTE – O governo prevê que haverá uma “resposta contundente”, ainda que não haja previsão de sanção. A resposta será na esfera da política.
O Brasil também admite que existe uma “preocupação” em relação à ingerência externa nas eleições. Para membros do governo, a questão é “potencialmente um tema de conflito” com os EUA, principalmente em 2026.
Se aplicada, a sanção a Moraes seria inédita na relação entre os dois países e não foi adotada nem mesmo durante a ditadura militar, enquanto generais e membros do governo torturavam e matavam.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Trump acaba de romper as negociações com o Canadá. Que era o maior aliado dos EUA. O Brasil é o próximo da lista e o governo de Lula da Silva ainda fica tirando onda, mandando “mensagens” à Casa Blanca, que são embutidas no noticiário da imprensa amestrada, como dizia Helio Fernandes. Assim, vamos aguardar para ver a resposta que a matriz USA pretende dar às provocações da filial Brazil. (C.N.)
Moraes já é o imperador.
O grupo Globo recebe tanto do Executivo-Judiciário que chega a fingir que se posiciona contra as maracutaias do Legislativo.
É incrível.
Não se iluda, não há idiotas na família Bolsonaro
Cada filho de Bolsonaro tinha um papel na conspiração que, desde o dia da posse, 1º de janeiro de 2019, preparou o terreno para a ditadura que, pelo voto ou pelo golpe, viria no segundo mandato.
As investigações da PF agora confirmam: logo abaixo de Bolsonaro, beneficiário final de todo o esquema, estava Carlos Bolsonaro, o filho 02.
Disfarçado de vereador pelo Rio—muito mais visto no gabinete do pai, em Brasília, do que na Câmara Municipal carioca—, Carlos era o cérebro da operação.
Sua função era a de arquitetar as manobras clandestinas, como a inteligência paralela, a espionagem dos ministros togados, a análise de dossiês, a desmoralização do sistema eleitoral, a propagação de fake news, o embaraçamento de investigações e a blindagem dos familiares —não admira que não tivesse tempo para justificar seu salário de vereador.
A execução de tudo isso ficava a cargo de Alexandre Ramagem, diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), com uma equipe de agentes especiais.
Já Flávio Bolsonaro, o filho 01 (mas só por ordem de entrada em cena), fazia o papel do político tradicional: assíduo e agressivo no Congresso, aparente articulador de apoios e, como todos do gênero, suspeito de corrupção —não por acaso detentor de um sólido patrimônio imobiliário.
Isso o tornava especialmente visível, possibilitando uma velha tática: enquanto os opositores se ocupavam de Flávio, o imperceptível Carlos passava a boiada golpista.
Mas, quem sabe o principal responsável pelo desvio da atenção não seria o filho 03, o folclórico Eduardo Bolsonaro?
Seu pai o tratava como o idiota da família, expondo-o ao ridículo ao tentar fazê-lo embaixador em Washington por sua experiência de fritador de hambúrguer no Maine. Mas, e se isso fosse só parte do plano?
Fonte: Folha de S. Paulo, Opinião, 26.jun.2025 8h00 Por Ruy Castro
O rato que ruge raids again.
Brasil tem que reagir, sim, Sr Newton.
Chega de complexo de vira lata.
Não entendo essa submissão vil à “matriz”, como o Sr mesmo diz em momentos de mais lucidez.
Por que tanta raiva da justiça?
Isso é muito suspeito…
O Canadá tem um grande superávit nas trocas comerciais com os EUA, ao contrário do Brasil que tem déficit.
Essas redes sociais não podem ser inatingíveis e tem de pagar impostos e se submeter às regras do país onde estão estabelecidas, como qualquer empresa.
Esse governo daqui vai colocar o governo Trump de joelhos.
Dom Curro está mais marrento que rapariga de soldado.