Charge do Mariano (Charge Online)
Eliane Cantanhêde
Estadão
Enquanto o governo e o Congresso se engalfinham, o Supremo avança em temas essenciais e espinhosos, tentando se arranhar o menos possível, ou não se arranhar mais ainda. O plenário ampliou a responsabilização das plataformas, o processo das emendas parlamentares está pronto para votação e o julgamento do “núcleo crucial” do golpe entra na reta final. Justamente agora, cai a bomba no STF: a crise do IOF.
E também nesta atribulado momento, Depois de doze suadas sessões e quatro horas de reunião no dia do julgamento, o plenário do STF aprovou uma forma consensual, e de meio termo, para a responsabilização das plataformas por conteúdos publicados nas redes sociais.
LEGISLANDO – A principal reclamação é que esse avanço caberia ao Legislativo, não ao Judiciário, mas um ministro resumiu: “Alguém tem de decidir as coisas”. Ou seja, se o Congresso não faz, o STF entra no vácuo.
O ponto central da discussão foi o artigo 19 do Marco Civil da Internet (MCI), aprovado pelo Congresso em 2014, que exigia ordem judicial para a retirada de posts nas redes. O STF se dividiu em três posições: manter como estava, mudar tudo ou chegar a a uma solução intermediária. Foi o que ocorreu, por 8 a 3.
A ordem judicial, do MCI, não é mais necessária para postagens envolvendo crimes graves, como atos ou condutas antidemocráticas; terrorismo ou preparativo de terrorismo; incitação a crimes sexuais, pornografia infantil ou discriminação por raça, cor, religião, sexualidade ou identidade de gênero. Os provedores têm de retirar essas postagens imediatamente, para evitar divulgação massiva.
OUTRA POSSIBILIDADE – A ordem judicial, porém, continua exigida para crimes de honra − injúria, calúnia e difamação − que são subjetivos, precisam passar por um juiz. Chamar alguém de imbecil é crime? E de nazista?
O Supremo também decidiu que as plataformas não têm responsabilidade por mensagens interpessoais, via e-mail ou WhatsApp, por exemplo, porque não têm, nem devem ter, acesso a esses conteúdos. E, por fim, o chamado “marketplace” (compras pela internet) continua submetido ao Código do Consumidor.
Ao mesmo tempo, a queda de braço do Congresso com o STF por causa das emendas parlamentares completa onze meses, a partir do bloqueio determinado pelo relator Flávio Dino das chamadas “emendas Pix”, em agosto de 2024, exigindo o mínimo que se espera quando se trata de dinheiro público: transparência e rastreabilidade — ou quem, quanto para o que.
AUDIÊNCIA PÚBLICA – A causa entra na reta final após a audiência pública de sexta-feira, com especialistas e representantes da sociedade civil.
Sem serem convidados, o senador Davi Alcolumbre e o deputado Hugo Motta tentaram pular dentro, mas prudentemente voltaram atrás. Chegaram a confirmar presença e o cerimonial do STF até tomou as providências para recebê-los, mas acabaram não indo, evitando um climão que não convém a nenhum dos lados e porque, cá entre nós, o Congresso não tem defesa para a forma, o valor estonteante e a profusão de casos de corrupção envolvendo as emendas. As pesquisas de opinião confirmam que não.
NÚCLEO CRUCIAL – E, enfim, o julgamento dos oito integrantes do “núcleo crucial” do golpe entra na reta final, com expectativa de conclusão em setembro, quando o destino de Jair Bolsonaro, seu almirante e seus generais deve ser decidido.
O Supremo tem inegável apoio popular contra as emendas e não gera comoção ou resistência ao cobrar responsabilidade da internet, mas no caso do golpe a cobra vai fumar. É a polarização política que divide o País ao meio. O resto vem a reboque.
Justamente nesse momento, a crise entre Congresso e Governo cai em cheio no Supremo, chamado a decidir a constitucionalidade ou não da derrubada do pacote do IOF por decreto legislativo, com tudo embolado: IOF, derrotas do governo, a síndrome de abstinência das emendas no Congresso, 2026, a polarização lulismo X bolsonarismo e, como sempre, a internet. Será coincidência a divulgação de prefeitos e deputados federais usando emendas para corrupção? O Congresso fala grosso exigindo emendas, mas as emendas é que podem afinar a voz do Congresso.
Para Congresso, governo Lula já acabou
A chance do governo se recuperar já não funciona mais: os cargos, os ministérios, as emendas. A partir do momento em que um deputado se recusou a ser ministro, partiu-se o cristal.
Um cargo não é mais algo que faça um político mudar de ideia.
Fonte: O Globo, Opinião, 02/07/2025 15h17 Por Merval Pereira
Talvez tenha se esquecido dos Fundos Partidário e Eleitoral, das verbas e dos penduricalhos.
Esta bagaça não pode dar certo!
Há quatro tipos de pessoas e entidades que se unem, representam ou defendem a Organização Petista:
– quem não a conhece (os eleitores municipais e estaduais, que a veem mais de perto, a cada eleição diminuem mais);
– os que não têm qualquer noção da RealPolitik;
– os inocentes inúteis;
– os maus caracteres das piores espécies.(quiçá, s.m.j., os estatisticamente mais representativos.
A vaca está indo do brejo (até mais devagar do que deveria ser nas condições normais de temperatura e pressão).
Só tirando mais dinheiro do povo pra torrar na sua sustentação artificial e censurando adoidado pra segurar o chifre da vaca.
Não há qualquer margem de novidade e espanto, para quem não se enquadra nas quatro hipóteses acima, de que a História repete-se como tragédia.
A Organização, reafirmando seu caráter, chegou a um ponto irreversível de putrefação moral, gerencial, civilizacional e temporal.
Mantê-la artificialmente viva é decretar a morte de qualquer futuro minimamente promissor pro Brasil.
Os lulopetistas põem a mão na cabeça e choram. E choram sentindo a falta do Mensalão.
https://mundoeducacao.uol.com.br/politica/mensalao.htm
A conjunção entre as quatro hipóteses é “ou”.
Para refrescar a memória. Nossos problemas estruturais e seculares continuam a ser: corrupção, altos índices de criminalidade, péssimos indicadores educaionais, uma das piores desigualdade social, atraso tecnológico, irresponsabilidade fiscal governamental, clientelismo, paternalismo, patromonialismo, exploração eleitoral da Indústria da Miséria etc
Que vem sendo aprofundados e escamoteados pelas inúteis e caríssimas oligarquias estatais.
O resto é conversa pra boi dormir.
Uma bela imagem expressiva de nossa oligarquia estatais inúteis!
https://www.youtube.com/watch?v=MOm6OVMDuoA
Esta aí e representante da ala “progressista”.
Enquanto o PT for governo não existirá um acordo para o Brasil. O PT é a simbiose entre a corrupção e a mentira. Só se mantém no poder porque se especializou em produzir a pobreza pois sem ela não sobreviveria.
Ai ai…