
Charge do Duke (Dom Total)
Dora Kramer
Folha
Nessa série de atitudes passivo-agressivas entre os três Poderes — vide corte de gastos do Executivo, supersalários do Judiciário e aumento de cadeiras no Legislativo—, há uma evidência em forma de pacto não escrito: nenhum deles interfere nos interesses corporativos e/ou ideológicos do outro.
O Parlamento eleva despesas, o governo propõe, mas não trabalha efetivamente pelo fim dos privilégios de magistrados, e o Supremo Tribunal Federal faz de conta que não é com ele, aludindo, quando convém, ao princípio da não interferência.
EMENDAS E IOF – Há um paralelo nítido a ser traçado entre a reunião de agosto de 2024, quando representantes dessas instâncias anunciaram um entendimento para regularizar o uso das emendas, e o encontro de junho de 2025, em que se proclamou um acordo “histórico” para o encaminhamento do decreto ao aumento do IOF.
Nenhum desses acertos progrediu e os signatários fizeram-se de desentendidos a respeito do fracasso das tratativas.
Assim, o STF sentiu-se traído pela insistência do Congresso em não atender à transparência no manejo dos recursos do Orçamento, mantendo-se indiferente ao cumprimento da Constituição.
O CASO IOF – Adiante, na derrubada do decreto sobre operações financeiras, o ministro da Fazenda seguiu dizendo que não compreendia o que se passou para Hugo Motta (Republicanos) e Davi Alcolumbre (União Brasil) terem mudado de ideia e liderado a imposição de derrotas ao Planalto.
A razão é simples: em ambos os casos, nas emendas e no IOF, sobrou precipitação, um quê de soberba —para não dizer ingenuidade— para levar em conta a ausência de concordância dos colegiados aos quais os presidentes da Câmara e do Senado devem satisfação.
Haddad e o presidente Lula (PT) estão grandinhos o suficiente para saber que não há acordos possíveis sem o aval dos deputados e senadores que por quase unanimidade colocaram os chefes nos cargos que os fazem poderosos, com um exército de quase 400 contra menos de 100 soldados na luta pelo poder.
A salvação da lavoura.
“Se eu não for ao STF, não governo”
Ontem como hoje, as saúvas precisam ser extintas.
Com 39 formigueiros carregando tudo, ‘tamu lascado’
Mas no meio do caminho tinha um STF.
Uma parceiragem com os albae galinae fillius, é tiro e queda, é macuco no bornal, é manteiga no focinho de gato.
E assim Dom $talinacio Curro de La Grana vai navegando por mares sempre navegados, o que ele nega.
O objetivo da simbiose é um só. No andar de cima permanece a malta que precisa de dar bem, sempre. No andar de baixo que fiquem os 216 milhões de tiranos trabalhando calados.
Para Congresso, (com a dinheirama de que dispõe) governo Lula já acabou
A chance do governo se recuperar já não funciona mais: os cargos, os ministérios, as emendas. A partir do momento em que um deputado se recusou a ser ministro, partiu-se o cristal.
Um cargo não é mais algo que faça um político mudar de ideia.
Fonte: O Globo, Opinião, 02/07/2025 15h17 Por Merval Pereira
Além “dos cargos, ministérios e emendas”, deixou de citar ainda os Fundos Partidário e Eleitoral, as várias verbas e os diversos penduricalhos.
Sincericídio de Lula: “Se eu não recorrer ao STF, não consigo governar.”
Então é Xande o presidente de fato?
Bingo!
Ao declarar que ‘não consegue governar se não recorrer ao Supremo’, Barba revela agora o que este blog já comenta faz tempo: Xande é a figura mais poderosa da República.
E não teria ainda com isso exposto que Xande é o presidente de fato?