Nos Estados Unidos, os democratas já flertam com guinada à esquerda

Um homem com barba e cabelo escuro, usando um moletom preto. Ele está falando ou expressando uma opinião, com uma expressão facial intensa. O fundo é desfocado, sugerindo que a imagem foi tirada em um ambiente interno.

O socialista Mamdani, candidato a prefeito de Nova Iorque

Hélio Schwartsman
Folha

A estrela do momento é Zohran Mamdani, o democrata que venceu as primárias do partido para disputar a prefeitura de Nova York. Zohran é declaradamente socialista num país que forjou sua identidade no anticomunismo. É muçulmano num país que não esconde suas inclinações islamofóbicas. E faz críticas pesadas a Israel numa cidade em que 12% da população é judia.

Não obstante, são grandes as chances de virar prefeito. Zohran é jovem e domina como poucos a linguagem das redes sociais. Seu sucesso é tamanho que o Partido Democrata já se pergunta se o caminho para sair da crise não é radicalizar o discurso de esquerda.

SETORIALMENTE – Tenho dúvidas. Acho que a guinada à esquerda pode funcionar em Nova York, Boston, Chicago e alguns lugares da Califórnia, mas não creio que baste para vencer uma eleição nacional.

Enquanto os EUA conservarem seu arcaico sistema eleitoral, os pleitos serão decididos pelos chamados estados-pêndulo. E neles a disputa é tão acirrada que acaba triunfando o candidato que atrair a maior parte dos eleitores não comprometidos com nenhum dos dois partidos nacionais.

Até dá para conceber que o independente nova-iorquino penda para Zohran, mas acho difícil que o eleitor moderado da Pensilvânia, de Michigan ou da Geórgia se enamore tanto assim de um discurso de esquerda.

NO REINO UNIDO – Os trabalhistas britânicos já viveram o dilema dos democratas americanos e fizeram a opção preferencial pela esquerda, sob a liderança de James Corbyn. Colheram uma tremenda derrota eleitoral em 2019. Reconquistaram o poder no ano passado, após livrar-se de Corbyn e voltar a abraçar posições mais centristas com Keir Starmer.

Mas o pleito de 2024 é mais bem descrito como uma eleição que os conservadores perderam do que como uma que os trabalhistas venceram.

O populismo baseado em mentiras tende a ser autolimitado. As soluções milagrosas prometidas não se realizam e aí é questão de tempo até a oposição triunfar. Trump, com suas maluquices econômicas, já trabalha para que isso ocorra.

9 thoughts on “Nos Estados Unidos, os democratas já flertam com guinada à esquerda

  1. Barba vira o jogo?

    Ao colar nos parlamentares a pecha de que defendem os ricos em detrimento dos pobres, Barba pode ter feito o seu “golden goal”.

    Presidentes da Câmara e do Senado já dão sinais de que não aguentarão o tranco petista, e que poderão pedir logo arrego ao Barba.

    Acorda, Brasil!

  2. O baiano Marcos Leonardo e o paulistano Malcom marcaram 3 dos 4 gols do Al Hilal

    Em noite de brasileiros, Al Hilal vence equipe de Pep Guardiola na prorrogação e avançam às quartas de final

    Manchester City 3 x 4 Al Hilal (prorrog.)

    Data: 30 de junho, segunda-feira, Mundial de Clubes da FIFA

    Local: Estádio Camping World, em Orlando (EUA)

    Gols do Manchester City: Bernardo Silva (9′ do 1ºT), Erling Haaland (10′ do 2ºT) e Phil Foden (14′ do 1ºt da prorrog.)

    Gols do Al Hilal: Marcos Leonardo (1′ do 2ºT e 7′ do 2ºt da prorrog.), Malcom (7′ do 2ºT) e Kalidou Koulibaly (4′ do 1ºt da prorrog.)

  3. “Os Estados Unidos e Israel não podem conviver com um Irã poderoso”, diz Salem Nasser:
    Durante entrevista ao programa 22 Horas, da TV 247, o professor de Direito Internacional Salem Nasser afirmou que os Estados Unidos e Israel enxergam o fortalecimento do Irã como um obstáculo inaceitável para seus projetos geopolíticos no Oriente Médio. Para ele, a recente escalada militar entre Teerã e Tel Aviv, somada à decisão iraniana de interromper a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), indica uma mudança significativa no equilíbrio de forças na região. surpreendeu Tel Aviv e revelou a limitação da capacidade israelense de resistir sozinha a um conflito prolongado. “Ficou claro que o tempo trabalhava a favor do Irã e que realmente Israel não teria como enfrentar o Irã no longo prazo sozinho”, afirmou. “Isso colocou em dúvida a própria capacidade de Israel de se defender sem a ajuda dos americanos”.
    Nasser destaca que a resposta iraniana atingiu em cheio a imagem de invulnerabilidade de Israel. “Israel nunca teve o seu centro vital, ali em Tel Aviv, atacado desse modo, atingido deste modo”, disse. “Muitos mísseis iranianos penetraram nas defesas israelenses”. Para ele, o resultado parcial do confronto representou uma vitória simbólica para o Irã e expôs uma “derrota muito profunda” para Israel, especialmente no que diz respeito à sua autossuficiência defensiva.
    Ao comentar a suspensão da colaboração entre o Irã e a AIEA, Nasser argumentou que o rompimento reflete a percepção iraniana de que a agência teria atuado em conluio com Israel. “Os iranianos têm certeza de que muita informação que foi obtida pela agência […] foi usada pelos israelenses para poder preparar os seus ataques contra o Irã”, afirmou. “A agência praticamente espionou o Irã a favor de Israel”.
    Para o professor, a interrupção da cooperação com a AIEA é uma consequência direta dessa quebra de confiança e uma possível resposta a ataques recentes a instalações nucleares iranianas. “O Irã está dizendo: já que vocês não acreditam na nossa intenção de ter um programa nuclear apenas para fins pacíficos, e já que a agência funciona como um espião, então nós vamos interromper a colaboração”.
    Nasser também levantou a possibilidade de que a contínua pressão e agressões contra o Irã acabem empurrando o país a desenvolver uma bomba atômica como estratégia de dissuasão. “Talvez o Irã chegue a um momento de dizer: ‘Olha, vocês estão me forçando basicamente a desenvolver armas nucleares, porque pelo jeito é o único jeito de se defender dos ataques ocidentais e israelenses’”, afirmou. “Eles não estão longe de conseguir, se quiserem”.
    Para o analista, o temor dos EUA e de Israel não se restringe à possibilidade de o Irã se tornar uma potência nuclear. O que está em jogo, segundo ele, é a existência de um país autônomo e influente na região. “Os Estados Unidos e Israel não podem conviver com um Irã poderoso, não é nem com um Irã nuclear — é com um Irã poderoso”, afirmou. “Isso, para Israel, é visto como um risco existencial. E para o projeto americano de poder, é inaceitável”.
    Por fim, Nasser advertiu que novas ofensivas contra o Irã podem estar em curso. “A história não acabou”, disse. “Estou ouvindo muito ruído de que os americanos e os israelenses vão necessariamente preparar uma outra rodada, de modo mais forte, mais planejado, talvez para derrubar o regime”.

  4. Basta ao ” IRÃ ” , bombardearem e explodirem uma das usinas nucleares Israelense , uma vez que os ” ISRAELENSES x NORTE-AMERICANOS ” , atacaram e explodiram suas usinas nucleares sem medirem às consequências, sendo que ao explodirem as usinas nucleares Israelenses , com toda certeza infelizmente afetarão todos os países ” limítrofes e fronteiriços ” com Israel , com o agravante de que as usinas nucleares Israelenses , encontram-se operando á plena carga a anos , dificultando ou até mesmo impossibilitando seu controle no caso de um bombardeio contínuo, sendo que EUA x ISRAEL não contam mais as espionagens e informações ” estratégicas e sensíveis ” do Irã a seu favor dos inspetores ” ESPIÕES ” da AIEA -ONU na pessoa do Argentino- espião Rafael Mariano Grossi e sua corja , destruindo a confiança que os países-membros signatários tinham na AIEA -ONU .

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