Governo americano volta a mencionar Bolsonaro para atacar Lula e Moraes

: There are ominous similarities between ‘color revolution’  tactics, efforts to oust Trump

Darren Beattie fez postagem em rede social sobre o Brasil

Deu em O Globo

O governo americano voltou a fazer ameaças ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por meio das redes sociais nesta segunda-feira.

Em um comunicado publicado em uma conta governamental da rede social X, o subsecretário Darren Beattie disse que o presidente dos EUA “impôs consequências há muito esperadas contra o Supremo Tribunal de (Alexandre de) Moraes e ao governo Lula por seus ataques a Jair Bolsonaro, à liberdade de expressão e ao comércio com os EUA”. O texto diz ainda que os EUA estão acompanhando de perto os desdobramentos no país.

RECIPROCIDADE – O comunicado foi divulgado no mesmo dia que o governo brasileiro assinou o decreto da Lei da Reciprocidade, uma alternativa ao tarifaço de 50% sobre os produtos importados do Brasil.

Beattie é subsecretário para Diplomacia Pública da Secretaria de Estado dos EUA, órgão que equivale ao Ministério das Relações Exteriores e é responsável pelas relações diplomáticas e pela facilitação de negócios com outros países, incluindo o Brasil.

No último dia 9, Trump enviou uma carta pelas redes sociais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informando que iria taxar em 50% os produtos brasileiros importados pelos EUA em retaliação ao que chamou de “ataques insidiosos do Brasil contra as eleições livres e os direitos fundamentais de liberdade de expressão dos americanos”.

INVESTIGAÇÃO – Na carta, Trump diz ainda que determinou a abertura de uma investigação sobre supostas restrições à atividade de empresas de tecnologia americanas no Brasil e outras práticas comerciais desleais ou injustas, invocando a Seção 301 da Lei de Comércio americana.

A Seção 301 é um dispositivo da Lei de Comércio de 1974 dos Estados Unidos. A norma prevê a apuração de práticas estrangeiras desleais que afetam o comércio americano. Na prática, a medida funciona como um mecanismo de pressão internacional para defender os interesses dos EUA.

Outro patamar: EUA terão a maior tarifa média desde 1910 se Trump cumprir ameaças

LULA REAGE – Em resposta, o presidente Lula reforçou que medidas de retaliação já estão em estudo, sendo a principal delas a Lei da Reciprocidade, que permite ao país adotar sanções equivalentes às impostas por outros países.

Lula afirmou ainda que, além de desrespeitosa, a medida revela desconhecimento sobre a relação histórica entre os dois países e será respondida com firmeza pelo Brasil.

O petista disse que não é aceitável a diplomacia ser substituída por vídeos em redes sociais.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Comprem pipocas, porque também serão sobretaxadas. (C.N.)

5 thoughts on “Governo americano volta a mencionar Bolsonaro para atacar Lula e Moraes

  1. EX-MITO FOI PARA O TUDO OU NADA COM CHANTAGEM DA ‘ANISTIA OU TARIFAÇO’

    O EX-MITO TERÁ ENTÃO QUE VENCER O XANDE E O BARBA AGORA, POIS SABE QUE NÃO TERÁ DEPOIS OUTRO APOIO TÃO PODEROSO QUANTO O DE LARANJÃO.

    E SABE TAMBÉM QUE, SE PERDER A PARADA AGORA, SERÁ O ‘ADEUS À ANISTIA’ E ‘CADEIA’ NA CERTA.

    É DISSO QUE SE TRATA.

    ACORDA, BRASIL!

  2. O patriotismo e a canalhice

    O erro político crasso, primário, cometido pelo ex-mito e seus filhos, na chantagem trumpista a Xande e Barba, mostra que se meteram numa enrascada ao tentarem escalar alturas não compatíveis com seus talentos.

    Unir-se a Laranjão é uma jogada abusada, que foi além de suas capacidades. Intuir que a intervenção dele seria capaz de dobrar a espinha institucional brasileira, foi um erro crucial.

    Nada justifica uma intervenção de Laranjão: chantagem barata na forma e cara nas consequências.

    Ao dizer que “o patriotismo é o último refúgio dos canalhas”, Johnson se referia aos canalhas que se valem do sentimento nobre do patriotismo para tirar proveito político.

    Foi assim com Bolsonaro, que se enrolou na camisa amarela da seleção brasileira para vender seu patriotismo de araque.

    Mas a decisão de Trump de ligar as sanções econômicas ao bolsonarismo, aceita no primeiro momento como grande trunfo pelos bolsonaristas, acabou se revelando um tiro pela culatra.

    Ajudou Lula e os adversários do bolsonarismo.

    Até o projeto de anistia que está no Congresso morreu. Seria um ato de submissão vergonhoso a uma intervenção estrangeira.

    Fonte: O Globo, Opinião, 15/07/2025 04h30 Por Merval Pereira

  3. Bolsonaro não está nem aí para o Brasil. É um patriota fajuto.

    Para o ex-mito, basta que as “autoridades brasileiras” o livrem da cadeia para que Trump desista de castigar o Brasil.

    Ao dizer que só a anistia salvará o Brasil do tarifaço de Trump, o ex-mito prova que não está nem aí para o País. Hoje, associar-se ao ex-presidente é ser contra o Brasil.

    Prova cabal disso foi sua manifestação acerca da ameaça de Trump, de sobretaxar em 50% os produtos importados do Brasil caso os processos contra Bolsonaro sob acusação de tramar um golpe de Estado não sejam anulados.

    Longe de colocar o Brasil “acima de tudo”, Bolsonaro usou a perspectiva de prejuízo de setores estratégicos da economia brasileira como moeda de troca por sua própria liberdade.

    Assim, o ex-mito age como um sequestrador que dita as condições para liberar o refém em seu poder. O refém, no caso, é o Brasil, capturado por sua verborragia liberticida.

    Esse episódio da agressão estúpida de Trump ao Brasil escancarou de vez a pusilanimidade dessa turma.

    A exposição pública do egoísmo de Bolsonaro traçou uma linha divisória no chão. Associar-se a Bolsonaro significa, necessariamente, estar contra o País.

    A conivência com a chantagem, com os ataques reiterados às instituições republicanas e aos princípios do Estado Democrático de Direito é inaceitável para qualquer um que tenha a intenção de seguir uma trajetória digna na política.

    Fonte: O Estado de S. Paulo, Opinião, 15/07/2025 | 03h00 Por Editorial

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *