Lula manda “devolver” carta de Trump, após Itamaraty confirmar a veracidade

Continuamos acreditando no diálogo', afirma diplomata brasileira sobre  situação na Venezuela

Embaixadora Escorel confirmou que a carta é verdadeira

Deu no UOL

O governo Luiz Inácio Lula da Silva avisou na noite desta quarta-feira, dia 9, que devolverá a carta por meio da qual o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comunicou a imposição unilateral de tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil.

Nesta noite, o encarregado de negócios Gabriel Escobar, chefe da embaixada dos Estados Unidos em Brasília, foi convocado pela segunda vez no dia a comparecer ao Itamaraty. Ele é a principal autoridade do governo americano no País desde janeiro, quando a ex-embaixadora Elisabeth Bagley voltou aos EUA. Trump nunca indicou seu novo representante.

COMUNICAÇÃO – A embaixadora Maria Luisa Escorel, secretária de Europa e América do Norte, comunicou a Escobar que o presidente não receberia a carta, divulgada informalmente por Trump na rede Truth Social.

A diplomata quis saber do encarregado se a carta era autêntica, e o encarregado confirmou que sim, relatam fontes familiarizadas com a conversa. Isso ocorreu pelo método considerado “pouco ortodoxo” na diplomacia de publicar o documento antes que chegasse ao destinatário

A embaixadora Escorel afirmou que a carta era “ofensiva” e apontou que havia “afirmações inverídicas” sobre o País e “erros factuais” a respeito da relação comercial bilateral. Trump citou um déficit na balança, quando na verdade os EUA têm superávit com o Brasil.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Mais Piadas do Ano! Entre as “afirmações inverídicas” e os “erros factuais de Trump, o Itamaraty só conseguiu encontrar um, quando ele menciona o “déficit” que na verdade é “superávit” americano. De qualquer maneira, o governo brasileiro devolver a carta que o mundo inteiro já leu é como a piada do matuto que se aborreceu com o motorista do ônibus e, para sacaneá-lo, comprou passagem de ida e volta, foi e não voltou, para que a poltrona ficasse vazia, dando prejuízo ao ônibus… (C.N.)

Ameaças de Trump podem prejudicar a direita e favorecer Lula em 2026

Crise diplomática? Lula responde Trump

Tratamento que Trump dá a Lula é simplesmente burrice

William Waack

O ataque do presidente americano ao Brasil não tem paralelos históricos. Trata-se sobretudo de uma agressão política, cujos termos são por definição inegociáveis. Trump age com a prepotência de quem, de fato, escolheu dividir o mundo em esferas onde os fortões fazem o que querem, e os fracos — como o Brasil — que se virem.

A última vez em que um presidente americano agiu contra o Brasil por questões políticas ocorreu sob Jimmy Carter a meados da década de setenta. As semelhanças são remotas dada a brutalidade — e a irracionalidade ideológica — exibida por Trump neste momento.

DOIS MOTIVOS – Naquela época dois fatores haviam se combinado: a pressão contra a ditadura militar brasileira por conta de violações de direitos humanos e o acordo nuclear que o Brasil assinara com a Alemanha, que incluía a transferência de tecnologia sensitiva.

O presidente era o general Ernesto Geisel, que reagiu cancelando um acordo de cooperação militar com os EUA. O Brasil acabou fazendo um programa nuclear paralelo e a democratização liquidou a questão dos direitos humanos.

Do ponto de vista exclusivamente comercial e geopolítico o tratamento que Trump dá ao Brasil é simplesmente burrice. Mas é um extraordinário nível de mediocridade estratégica, ignorância histórica e posturas prejudiciais aos próprios interesses da superpotência que Trump vem exibindo desde que assumiu. Em nome de um eleitorado que aplaude o populista que está diminuindo em vez de aumentar a liderança e capacidade de ação americana.

ALGO A NEGOCIAR – Os danos comerciais ao Brasil são consideráveis, mas em situações semelhantes de imposição de tarifas Trump demonstrou a falta de consistência habitual — é algo que pode ser eventualmente “negociado”. O problema muito mais grave é político e terá impacto também no contexto eleitoral doméstico brasileiro.

Como aconteceu em países como Canadá, Austrália, México e, até certo ponto Alemanha, a interferência política de Trump nos assuntos de cada um produziu os resultados contrários.

Ou seja, Trump desmoralizou, enfraqueceu e tirou potencial eleitoral das forças políticas que quis “proteger”. No caso brasileiro, o clã Bolsonaro e todo agente político que aderiu ao fã clube de Trump.

ILUSÃO INFANTILÓIDE – É claro que esse é um problema do capitão e sua ilusão infantilóide de que um prepotente como Trump possa livrá-lo da cadeia — onde provavelmente mais e não menos gente vai querer vê-lo agora. Bem mais complicada é a situação do governo brasileiro que, ao contrário do exemplo da esquerdista que preside o México, não soube criar qualquer canal direto com a Casa Branca.

O Brasil é uma potência menor, com escassa capacidade de retaliação que não nos torne ainda mais vulneráveis, sobretudo em relação a insumos. É grande a tentação de pular para um lado no confronto geopolítico, mas um pouco de inteligência estratégica indica que os Trumps acabam indo embora, e a profundidade dos laços entre Brasil e Estados Unidos permanecem. Mas o mais provável é que ninguém vai enxergar esse horizonte nos próximos dias.

Piada do Ano! Lula se reúne com núcleo duro para “retaliar” Trump

Brasil usará Lei da Reciprocidade contra tarifaço de Trump. Entenda |  Metrópoles

O problema é que Lula ainda não sabe como retaliar Trump

Renata Agostini
O Globo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se nesta noite de quarta-feira com auxiliares no Palácio do Planalto, para definir uma resposta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou uma sobretaxa de 50% aos produtos brasileiros.

O presidente dos Estados Unidos enviou uma carta direcionada a Lula. No documento, Trump atribui a cobrança de sobretaxa aos produtos brasileiros à postura do STF (Supremo Tribunal Federal) com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que classificou como “caça às bruxas”. Além disso, o mandatário americano diz que há uma relação comercial injusta entre os dois países.

POSSÍVEIS RETALIAÇÕES – O petista convocou parte de seu núcleo duro para discutir os caminhos, incluindo os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), e Sidônio Palmeira (Secom).

Ministros falam que o movimento de Trump não ficará sem reação por parte do Brasil e lembram que Lula já indicara possíveis retaliações caso o tarifaço americano mirasse o país.

Auxiliares de Lula citam que, em abril, o presidente sancionou a Lei de Reciprocidade, autorizando o Brasil a adotar medidas de retaliação comercial contra países que impuserem sanções unilaterais.

EFEITO ELEITORAL – Ainda que os efeitos econômicos sejam incertos, integrantes do governo comemoram os possíveis dividendos políticos do embate com Trump. A avaliação é que a ofensiva, que pode prejudicar negócios de empresas brasileiras, deixa a direita com um problema e dá discurso eleitoral a Lula.

Um ministro ouvido sob reserva logo após o anúncio da taxação aos produtos brasileiros comentou: “Cadê o Tarcísio de Freitas com a camiseta do Trump agora?”, em referência a manifestações de apoio e simpatia já feitas pelo governador de São Paulo ao presidente americano.

E assinalou que pesquisas anteriores mostraram ao Planalto que o eleitorado responde bem ao antagonismo com Trump.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
Lula reunido com a cúpula do governo para decidir a resposta a Trump? Eis uma Piada do Ano da maior categoria… Brasil vai retaliar os Estados Unidos pelas ofensas a Lula? Essa é melhor ainda… Na verdade, Lula e o governo estão sem saída. Desse jeito, não vai haver pipocas americanas no mercado. Para assistir a essa briga, teremos de importar da China, há-há-há! (C.N.)

Campanha de difamação do Congresso, apesar de seus defeitos, é mais um erro de Lula

Charges: Muito remoto, este Congresso!

Charge do Genildo (Arquivo Google)

Dora Kramer
Folha

O Congresso nnão anda fazendo um bom serviço aos olhos da população, sabemos disso. Recente pesquisa do Datafolha aponta que quase 60% dos brasileiros sentem vergonha da conduta de deputados federais e senadores.

O mesmo estudo mostra que a Presidência da República e o Supremo Tribunal Federal estão em situação parecida. O STF é visto com desdouro por 58% dos pesquisados e 56% não veem motivo para se orgulhar do desempenho do presidente.

NO MESMO BARCO – Estão, portanto, todos navegando em barco que requer uma correção de rumos. Evidência da qual decorre que talvez não seja aconselhável e muito menos adequada a ideia do governo de tentar recuperar a popularidade de Lula (PT) jogando a culpa dos males da nação nas costas de um Parlamento inimigo dos pobres.

Um Congresso imperfeito, até mesmo bastante defeituoso, é muito melhor que Congresso nenhum. Se a representação popular falha em seus deveres de defesa do interesse público, não será uma campanha de difamação o melhor caminho para elevar o nível dos representantes.

DANO COLATERAL – Pode até momentaneamente dar uma desequilibrada de ânimos em favor do Executivo, mas há o dano colateral de se incentivar hostilidade à atividade política, a única maneira de se dirimir conflitos em ambiente de normalidade institucional.

Já vimos no que resulta a atmosfera da antipolítica: em maus governantes embrulhados na falsa embalagem de salvadores da pátria, cuja concepção é a de que só são verdadeiros democratas os áulicos, os que lhe prestam reverência.

O presidente Lula certamente não gostará de chegar a essa altura dos acontecimentos sendo confundido com um desses. E para que não seja, conveniente seria não rezar pela cartilha prepotente dos autocratas.

Trump humilha Lula, aumenta tarifas e faz proposta de rendição do Brasil

Canal Meio | Trump taxa aço brasileiro. Charge de @orlando.pedroso para a  newsletter desta quarta (12). #Charge #Newsletter #Meio #Lula | Instagram

Charge do Orlando (Arquivo Google)

Junio Silva e Luana Viana
Metrópoles

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpriu a promessa que havia feito e anunciou que as exportações de produtos do Brasil para os Estados Unidos agora serão taxadas em 50%. A medida foi anunciada nesta quarta-feira (9/7), por meio de uma carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A taxa entra em vigor a partir de 1º de agosto e será cobrada separadamente de tarifas setoriais, como as que atingem o aço e alumínio brasileiros. Em abril deste ano, o Brasil já havia sido atingido pelo tarifaço de Trump, e teve seus produtos tarifados em 10%. Além disso, as taxas norte-americanas de 50% sobre aço e alumínio também afetaram o país.

REAÇÃO AO BRICS – Trump tem ameaçado o mundo com a imposição de tarifas comerciais, desde o início do mandato, e tem dado atenção especial ao grupo do Brics e ao Brasil.

O presidente norte-americano chegou a ameaçar taxas de 100% aos países membros do bloco que não se curvassem aos “interesses comerciais dos EUA”.

Ao sair em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Trump já tinha ameaçado aumentar as tarifas sobre exportações brasileiras. Nesta quarta-feira (9/7), o líder norte-americano cumpriu a ameaça e alegou que o Brasil não está “sendo bom” para os EUA.

ELEIÇÕES LIVRES – De acordo com Trump, a decisão de aumentar as tarifas contra o Brasil acontece após “ataques insidiosos” às eleições no país. Na carta enviada a Lula, o presidente dos EUA voltou a criticar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de golpe de Estado em 2022.

“Conheci e me relacionei com o ex-presidente Jair Bolsonaro e o respeitei profundamente, assim como a maioria dos outros líderes mundiais. A forma como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato — inclusive pelos Estados Unidos — é uma vergonha internacional. Esse julgamento não deveria estar acontecendo. É uma caça às bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!”, escreveu Trump.

ELEIÇÕES E CENSURA – “Em parte devido aos ataques insidiosos do Brasil às eleições livres e aos direitos fundamentais de liberdade de expressão dos americanos (como ilustrado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil, que emitiu centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS às plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com multas de milhões de dólares e expulsão do mercado brasileiro), a partir de 1º de agosto de 2025, cobraremos do Brasil uma tarifa de 50% sobre todos e quaisquer produtos brasileiros enviados aos Estados Unidos, separadamente de todas as tarifas setoriais. Produtos transbordados para evitar essa tarifa de 50% estarão sujeitos à tarifa mais alta”, anunciou Trump, acrescentando:

“Além disso, tivemos anos para discutir nosso relacionamento comercial com o Brasil e concluímos que devemos nos afastar da longa e muito injusta relação comercial engendrada pelas tarifas e barreiras tarifárias e não tarifárias do Brasil. Nosso relacionamento tem sido, infelizmente, longe de ser recíproco”.

PROPOSTA DE TRUMP – Na correspondência a Lula, o presidente americano fez uma propostas: “Por favor, compreenda que a tarifa de 50% está muito aquém do necessário para garantir um campo de jogo nivelado entre nossos países. E é necessário ter isso para corrigir as graves injustiças do regime atual. Como você sabe, não haverá tarifa se o Brasil, ou empresas dentro do seu país, decidirem construir ou fabricar produtos dentro dos Estados Unidos e, de fato, faremos tudo o que for possível para obter aprovações rapidamente, profissionalmente e rotineiramente — ou seja, em questão de semanas”. E acrescentou:

“Se por qualquer motivo vocês decidirem aumentar suas tarifas, então, qualquer que seja o número que escolherem para aumentá-las, será somado aos 50% que cobraremos. Compreenda que essas tarifas são necessárias para corrigir os muitos anos de políticas tarifárias e não tarifárias e barreiras comerciais do Brasil, que causam esses déficits comerciais insustentáveis contra os Estados Unidos. Esse déficit é uma grande ameaça à nossa economia e, de fato, à nossa segurança nacional!”

INVESTIGAÇÃO – “Além disso, devido aos contínuos ataques do Brasil às atividades de comércio digital de empresas americanas, bem como a outras práticas comerciais injustas, estou instruindo o Representante de Comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer, a iniciar imediatamente uma investigação da Seção 301 sobre o Brasil”, escreveu Trump, encerrando a proposta:

“Se desejarem abrir seus até então fechados mercados comerciais aos Estados Unidos e eliminar suas tarifas e políticas tarifárias e não tarifárias e barreiras comerciais, poderemos, talvez, considerar um ajuste nesta carta. Essas tarifas podem ser modificadas, para cima ou para baixo, dependendo do nosso relacionamento com seu país. Vocês nunca ficarão decepcionados com os Estados Unidos da América. Obrigado por sua atenção a este assunto!”

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Devido à excelente diplomacia que praticou desde a independência, o Brasil tornou-se um país muito respeitado no cenário internacional. No entanto, com Bolsonaro e depois com Lula, não se praticou mais diplomacia. Mais recentemente, com os exageros e erros judiciários do ministro Alexandre de Moraes, coonestados pelo Supremo, e com os arroubos nada diplomáticos de Lula, a situação chegou ao ponto atual, diante da maior potência do mundo. O que fará Lula? Eis a questão. (C.N.)

Bannon exagera e diz: “Moraes é um dos maiores criminosos do mundo”

Mais gordo e envelhecido, Bannon continua exagerado

Julia Chaib
Folha

O governo Donald Trump e expoentes do movimento ultraconservador americano se fiam no discurso de uso político do STF (Supremo Tribunal Federal) para defender o ex-presidente Jair Bolsonaro e a aplicação de sanções ao ministro Alexandre de Moraes.

À Folha um integrante sênior da gestão Trump, como são chamados assessores influentes do presidente dos Estados Unidos, resumiu a visão que permeia o governo nos seguintes termos: o ex-presidente Bolsonaro e seus apoiadores estão sob ataque de um sistema judiciário “instrumentalizado”.

Para esse auxiliar do republicano, as decisões de Moraes atingem a liberdade de expressão e, mais do que isso, subvertem a democracia para sustentar um governo que julga impopular, o do presidente Lula (PT).

LIBERDADE DE EXPRESSÃO – Steve Bannon, líder do movimento Maga, acrônimo para Make America Great Again (Faça a América Grande Novamente), slogan de Trump, e ex-estrategista do republicano, é ainda mais enfático e chama Moraes de “um dos maiores criminosos do mundo”.

“Envergonhou o Brasil no cenário mundial ao perseguir um dos grandes líderes do mundo, o ex-presidente Bolsonaro, em um tribunal claramente forjado. É ridículo”, afirmou Bannon à reportagem. Para ele e outras pessoas que acompanham a situação, punições a Moraes são uma questão de pouco tempo se o STF não recuar, o que não deve ocorrer.

POSTAGEM DE TRUMP – A leitura do expoente da direita e de integrantes do governo Trump foram sintetizadas na postagem feita pelo presidente na segunda-feira (7) na sua rede social Truth Social na qual defendeu Bolsonaro. Trump fez nova postagem em defesa de Bolsonaro na noite desta terça-feira (8).

As falas indicam que a narrativa difundida por bolsonaristas nos EUA tem surtido efeito junto ao governo americano. Bannon, mesmo sem provas, ecoa o discurso bolsonarista de que a eleição em 2022 foi manipulada e vê um paralelo com a trajetória de Trump.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
É claro que Moraes não é um dos maiores criminosos do mundo. Ele é apenas vaidoso e metido, tenta ser sempre a cereja do bolo. Mais um pouco e saberemos se valeu a pena tanta intransigência de Moraes, que age como um adolescente sem responsabilidade. (C.N.)

Deputado Júnior Mano, que sofreu busca e apreensão, corrompeu a própria mulher

O deputado federal Júnior Mano participa de audiência na Câmara

Para variar, o deputado Júnior Mano diz ser inocente

Luísa Marzullo
O Globo

Alvo da Polícia Federal em uma investigação que apura supostas fraudes em licitações abastecidas com emendas parlamentares, o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) negou irregularidades e afirmou que não tem “participação em processos licitatórios, ordenação de despesas ou fiscalização de contratos administrativos”

A PF cumpriu mandados de busca e apreensão em seu gabinete na Câmara dos Deputados, em seu apartamento funcional, em Brasília, e em sua residência no Ceará.

O deputado Júnior Mano (PSB-CE), por suspeita de desvio de recursos públicos por meio de fraudes em licitações e contratos, era do Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas foi expulso por ter feito campanha para um candidato do PT.

VERDADE DOS FATOS – “Como parlamentar, o deputado não exerce qualquer função executiva ou administrativa em prefeituras”, diz o comunicado dos advogados. A defesa também ressalta a confiança do parlamentar nas instituições e afirma que ele tem “plena convicção de que, ao final da apuração, a verdade dos fatos prevalecerá”.

A ação faz parte da Operação Underhand, que investiga a atuação de uma organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos por meio de fraudes em processos licitatórios e contratuais. A Polícia Federal apura se contratos abastecidos com recursos de emendas parlamentares foram usados para financiar clandestinamente campanhas eleitorais no Ceará, nas eleições municipais de 2024, em que o deputado elegeu sua mulher Giordanna Mano (PRD) para a Prefeitura. E ela passou a participar do esquema das emendas. A cidade de Nova Russas (CE), comandada por Giordanna, foi a que mais recebeu emendas individuais do próprio parlamentar.

De acordo com os investigadores, o grupo é suspeito de direcionar verbas públicas para municípios cearenses mediante contrapartidas ilícitas e de manipular licitações por meio de empresas ligadas ao esquema. Embora envolvam recursos de emendas, essas não são o foco direto da apuração, que mira supostos crimes eleitorais.

BLOQUEIO DE BENS – Ao todo, 15 mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e cumpridos em Brasília, Fortaleza e em outras quatro cidades do Ceará. A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 54,6 milhões em contas bancárias de investigados, entre pessoas físicas e jurídicas. A operação tem apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).

A investigação teve início a partir de uma denúncia da prefeitura de Canindé (CE), um dos alvos da operação. Com o surgimento de indícios de envolvimento do parlamentar, o caso foi enviado ao STF.

Em fevereiro, o ministro Gilmar Mendes determinou que a apuração tramitasse na Corte e estabeleceu prazo para apresentação de um relatório parcial da Polícia Federal. A Procuradoria-Geral da República também defendeu a manutenção do inquérito no Supremo.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Para que tudo isso? Aqui no Brasil não se pune corrupto. Estão todos soltos, inclusive casos patológicos, como os de Lula da Silva, Sérgio Cabral e de Geddel Vieira Lima. Lembrem que Cabral se declarou “viciado” em desviar dinheiro público. Mesmo assim, foi libertado. (C.N.)

AGU vai defender Moraes, acusado de inimigo da democracia por Trump

30 anos da AGU | Agência Brasil

Jorge Messias, da AGU, já prepara a defesa de Moraes

Karina Ferreira
Estadão

A Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou, em nota, que está acompanhando o andamento do processo a pedido do STF. “Estão sendo preparadas minutas de intervenção processual em nome da República Federativa do Brasil, caso seja decidido que a AGU atuará no caso”, diz trecho da nota, divulgada nesta terça-feira.

O esclarecimento foi feito, porque a Justiça da Flórida, nos Estados Unidos, assinou uma nova citação contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido das empresas Trump Media & Technology Group, ligada ao presidente americano Donald Trump, e da plataforma de vídeos Rumble.

AGU ACOMPANHA – O ministro Moraes tem 21 dias para responder às acusações. A presidência do Supremo já pediu apoio à AGU, conforme a nota oficial divulgada nesta terça-feira pela Assessoria.  O texto é o seguinte, na íntegra:

“A Advocacia-Geral da União (AGU) está acompanhando o andamento do processo movido pelas empresas Rumble e Trump Media na justiça estadunidense em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O acompanhamento se dá a pedido da Corte Constitucional. Estão sendo preparadas minutas de intervenção processual em nome da República Federativa do Brasil, caso seja decidido que a AGU atuará no caso. Mas até o momento não há decisão do Tribunal Federal do Distrito Médio da Flórida, onde tramita a ação, determinando qualquer intimação do ministro do STF.”

STF NADA DIZ – Ao Estadão, a assessoria da Suprema Corte disse que não tem informações e não vai comentar o caso. A ação é movida pelas duas empresas de Trumple, que acusam Moraes de censurar conteúdos publicados nessas redes sociais no Brasil.

Duas tentativas de notificação anteriores, em março e em junho, foram frustradas. A diferença da citação anterior para esta é que, agora, o endereço do ministro aparece completo no documento.

Pela legislação americana, mesmo que Moraes não responda, vai ser considerado “citado”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Moraes tem 21 dias para se declarar “citado”. A partir daí, o processo começa realmente, com análise das provas já apresentadas contra ele pelas duas empresas de Trump. Para Moraes ou qualquer outro juiz do mundo, é uma ofensa dizer que ele descumpriu a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que é considerada a melhor e mais verdadeira definição de democracia já existente. Em tradução simultânea, Moraes pode ser considerado “inimigo da democracia”. (C.N.)

Um melancólico auto-retrato do poeta carioca Moacyr Félix

TRÊS POEMINHAS DE MOACYR FÉLIX TOCANDO DE LEVE NA POÉTICA DA MORTE |

O poeta Moacyr Félix

Paulo Peres
Poemas & Canções

O editor, escritor e poeta carioca Moacyr Félix de Oliveira (1926-2005) mostra uma estranha aventura no poema “Auto-Retrato”.

AUTO-RETRATO
Moacyr Félix

Certa vez,
numa aventura estranha
fugi do estreito túmulo em que me estorcia
para uma ampliação sem fim.

Quando voltei
e senti, de novo, ferindo-me, o peso dos grilhões,
então não mais sabia quem eu era.
E nunca mais soube quem eu sou.

Talvez a sombra triste de um sonho de poeta.
Talvez a misteriosa alma de uma estrela
a guardar ainda no profundo cerne
a ilógica saudade de um passado astral.

Trump, Bolsonaro e a diplomacia como ringue

Trump saiu em defesa de Jair Bolsonaro e Lula revidou

Pedro do Coutto

A política externa de Donald Trump nunca foi regida pela estabilidade, pelo diálogo ou pela diplomacia tradicional. Pelo contrário, sua retórica — sempre marcada por ameaças, imposições tarifárias e criação de tensões — segue um roteiro de confrontação permanente.

E, agora, em seu novo ciclo de protagonismo, Trump volta a mirar não apenas os adversários tradicionais dos Estados Unidos, mas também a política interna de outros países, como o Brasil, utilizando Jair Bolsonaro como símbolo e escudo de uma narrativa antagônica ao atual governo Lula.

Ao ameaçar com tarifas produtos oriundos de países do Brics — bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, Trump acena com uma espécie de guerra comercial unilateral, que visa enfraquecer alianças do Sul Global e reafirmar a primazia americana pela via da coação econômica. Essas ameaças, embora ainda retóricas, geram efeitos concretos nos mercados emergentes, afetando as expectativas de juros e impactando diretamente a balança comercial brasileira, por exemplo.

CRÍTICAS –  O episódio mais recente, porém, vai além da política econômica e mergulha num terreno de ingerência política. Trump reviveu a expressão “caça às bruxas”, usada com força nos Estados Unidos nos anos 1950 durante o macarthismo — período de perseguições ideológicas marcadas pelo anticomunismo histérico —, para criticar os processos judiciais enfrentados por Bolsonaro no Brasil. Em sua visão enviesada, o ex-presidente brasileiro estaria sendo alvo de uma perseguição política articulada pelo governo Lula. Mas essa narrativa não resiste a uma leitura objetiva da realidade jurídica do país.

Bolsonaro é réu em múltiplos processos no Supremo Tribunal Federal, muitos deles relacionados a ações e omissões durante a pandemia, além de tentativas de minar o sistema democrático brasileiro. Trata-se de processos conduzidos por instituições autônomas, como o Ministério Público e o Judiciário, em consonância com os princípios do Estado de Direito. Reduzi-los a um jogo de interesses ideológicos é uma tentativa grosseira de deslegitimar as estruturas republicanas brasileiras.

Trump não demonstra interesse em apresentar propostas construtivas, seja no cenário interno americano, seja no panorama internacional. Sua política é a da provocação, da divisão, da confrontação perpétua. O Brasil, neste contexto, se vê tragado por uma retórica que visa fortalecer sua base ideológica com ecos em segmentos bolsonaristas. Não se trata de defender Bolsonaro por afinidade genuína, mas de usá-lo como peça retórica para atacar Lula, que representa um projeto antagônico ao que Trump defende.

INTERFERÊNCIA – É preocupante que o presidente americano utilize sua visibilidade internacional para interferir, mesmo que simbolicamente, no processo político brasileiro. Mais do que declarações isoladas, esses movimentos revelam uma tentativa de alinhar agendas autoritárias em diferentes partes do mundo, reforçando uma frente de oposição às democracias pluralistas e ao multilateralismo.

Em tempos em que o planeta clama por cooperação e reconstrução, Trump insiste em transformar a diplomacia num ringue, a política em espetáculo, e a verdade em arma. E o Brasil, infelizmente, volta a ser cenário — e não ator — dessa encenação.

Lula precisa deixar de responder diretamente às provocações de Trump

Trump e Lula: o que esperar da relação entre os dois? - BBC News Brasil

Lula responde a Trump e a situação vai se agravando

Roberto Nascimento

Viemos realmente num mundo de retrocessos. Agora, por exemplo, nota-se que estamos numa onda senoidal que relembra tempos bicudos do fascismo/nazismo, com golpes de Estado, assassinatos de candidatos a presidente, ameaças de invasões de territórios. Portanto, estamos de volta ao colonialismo, que significa um novo medievalismo.

Nessa nova conjuntura, Groenlândia, Panamá, Canadá e até Croácia e Amazônia estão no radar do novo imperador romano – ops, americano – que tem uma atração fatal por minérios de terras raras, que tanto interessam ao futuro da humanidade.

TRUMP SE MEXE – Em meio a essa nova conjuntura, na segunda-feira Donald Trump fez um movimento em favor de Bolsonaro, como forma de atacar o Brasil, que recebeu integrantes dos BRICS no Rio de Janeiro.

O líder americano ficou incomodado com as falas de Lula, que deu recado indireto aos EUA, criticando as guerra tarifárias e comerciais que estão sendo abertas pelos Estados Unidos, além de defender mais uma vez a possibilidade de trocar o dólar pelas moedas dos países nas relações comerciais.

Nesse particular, os EUA não admitem nenhuma hipótese de abandono do dólar como moeda-padrão, Lula não sabe onde está se metendo, ao defender esse tema.

CASO DA LÍBIA – Muamar Kaddafi, então governante da Líbia, discursou propondo uma nova moeda mundial, em substituição ao dólar. Foi a sentença de morte de Kaddafi e da Líbia, que deixou de ser um país. Era a nação árabe mais ocidentalizada, agora vive há décadas uma guerra de milícias, sem governo, sem nenhum recorte na mídia mundial. Situação dramática vivem os líbios.

Quanto a Trump, de louco e de ogro ele tem um pouco, mas sabe o que pretende fazer. Seu atual objetivo é destruir Lula. Para tanto, vai retaliar o Brasil, primeiro com o aumento das tarifas comerciais, de 10 para 25 por cento.

Lula precisa tomar cuidado, porque o governo Trump está passando o trator em cima de meio mundo. Nós não temos condições de enfrentar a cavalaria trumpista. Teria sido melhor deixar o Itamaraty entrar em ação por meio da diplomacia.

Moraes tem prazo de 21 dias para responder ao processo nos Estados Unidos

Moraes é processado nos EUA por tentativa de censura a empresa ...Karina Ferreira
Estadão

A Justiça da Flórida, nos Estados Unidos, assinou nesta terça-feira, 8, uma nova citação contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido das empresas Trump Media & Technology Group, ligada ao presidente americano Donald Trump, e da plataforma de vídeos Rumble.

Ao Estadão, a assessoria da Suprema Corte disse que não tem informações e não vai comentar o caso. A ação é movida pelas duas empresas, que acusam Moraes de censurar conteúdos publicados nessas redes sociais no Brasil. Duas tentativas de notificação anteriores, em março e em junho, foram frustradas. A diferença da citação anterior para esta é que, agora, o endereço do ministro aparece completo no documento.

PRIMEIRA EMENDA – A Rumble e a Trump Media alegam que Moraes violou a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que garante a liberdade de expressão, ao ordenar a remoção de contas de influenciadores brasileiros de direita na plataforma e por outras supostas “tentativas de censura”.

As empresas pedem que a Justiça americana declare as ordens de Moraes “inexequíveis” em território norte-americano, por violarem a Primeira Emenda. Também solicitam indenização financeira e a responsabilização pessoal do ministro brasileiro.

A ação é movida pelas duas empresas, que acusam Moraes de censurar conteúdos publicados nessas redes sociais no Brasil. Duas tentativas de notificação anteriores, em março e em junho, foram frustradas. A diferença da citação anterior para esta é que, agora, o endereço do ministro aparece completo no documento.

PRAZO FATAL – Segundo a Justiça distrital da Flórida, Moraes tem um prazo determinado de 21 dias para responder à queixa, ou poderá ser julgado à revelia, o que significa que uma decisão poderá ser tomada contra o réu sem que ele apresente defesa.

A citação garante o devido processo legal, assegurando que a pessoa contra quem a ação foi ajuizada tenha conhecimento da existência do processo e a chance de exercer seu direito de defesa.

A notificação foi anexada nesta segunda-feira, 7, ao sistema de Justiça americano, poucas horas antes da declaração de Trump, defendendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmando que o réu por golpe de Estado, em ação cuja relatoria é de Moraes, sofre uma “caça às bruxas”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Agora, Moraes percebe que o caso é sério. Se não se defender, será condenado à revelia. Comprem pipocas. (C.N.)

Devemos agradecer a Musk e Trump por criticarem o capitalismo moderno

Qual a contradição expressa na charge "grandes momentos do capitalismo ...Juan Torres López
Site Resistir

Os intelectuais de esquerda passam a vida a tentar explicar, em milhares de artigos e livros, como funciona o capitalismo. De repente, aqueles que o governam e dele se aproveitam mostram isso com toda a clareza numa frase.

Foi o que fizeram, com poucos dias de diferença, o homem mais rico do mundo, o político mais poderoso do planeta e o representante das grandes empresas espanholas. Mostrando os efeitos da recente lei orçamental de Trump, Elon Musk denunciou o que dezenas de economistas tentam explicar há anos:  não é verdade que, por trás das políticas chamadas de austeridade e agora de motosserra, haja economia.

CORTES SOCIAIS – Efetivamente, há cortes nas despesas, mas apenas nas sociais, destinadas a melhorar a vida das pessoas com menos recursos. No entanto, ao mesmo tempo, aumentam-se os gastos militares que beneficiam as grandes corporações e os destinados a dar-lhes ajudas de todo o tipo, e reduzem-se os impostos sobre as grandes fortunas e empresas. Portanto, o gasto total aumenta e a dívida dispara.

Isso é exatamente o que sempre aconteceu com os governos liberais ou libertários que se gabavam de cortar gastos para economizar. Aconteceu na Europa da austeridade e no primeiro mandato de Trump.

Neste último, os gastos públicos aumentaram 2,3 milhões de milhões de dólares e a dívida 36%, e no atual mandato isso vai acontecer novamente. O Gabinete de Orçamento do Congresso prevê que a lei recém-aprovada aumente a dívida em 3,8 milhões de milhões de dólares nos próximos dez anos.

GRAÇAS A MUSK – O capitalismo e as políticas de motosserra são os principais geradores de gastos supérfluos e dívida, e devemos agradecer a Elon Musk por reconhecer isso.

Por outro lado, Donald Trump denunciou que Elon Musk e as suas empresas conseguiram lucros multimilionários graças a ajudas muito generosas do governo que ele ataca.

É verdade, mas isso não acontece apenas com as empresas de Musk. 60% da receita das empresas de defesa, tecnologia e consultoria vem dos governos. Só nos Estados Unidos, os contratos estatais com empresas totalizaram 759 mil milhões de dólares em 2023 e estima-se que recebam, no total, entre 1 e 1,8 milhão de milhões por ano (segundo diferentes estimativas) em subsídios, contratos públicos, compras governamentais, isenções fiscais específicas e outras formas de receitas diretas ou indiretas provenientes do Estado.

OBRIGADO A TRUMP – O capitalismo dos nossos dias (na verdade, o de sempre, mas agora muito mais) não pode viver sem os gastos do Estado, e as empresas capitalistas precisam da sua injeção constante. Muito obrigado também a Donald Trump por lembrar isso.

Finalmente, o presidente da patronal espanhola, Antonio Garamendi, disse “corrompe quem tem o poder». Ele tem toda a razão.

Faltou-lhe dizer que se referia ao poder económico, embora talvez quisesse ir mais longe e reconhecer, também com grande realismo, que quem detém este último detém igualmente o poder político, mediático, cultural, académico:   o poder, numa só palavra.

CAUSAS DA CORRUPÇÃO – É muito gratificante que ninguém menos do que o representante das grandes empresas espanholas reconheça que são elas as causadoras da corrupção que nos envergonha e repugna.

É óbvio que não haveria corrupção se as empresas decidissem não corromper, mas é de agradecer que o diga o seu máximo representante.

Muito obrigado, portanto, aos três. Se continuarem com esse trabalho pedagógico, a explicarem tão claramente como funciona o capitalismo, vão deixar sem trabalho os intelectuais e economistas críticos.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Excelente texto enviado por José Guilherme Schossland. O autor, Juan Torres López, é catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Sevilha. Realmente, precisamos agradecer a Musk e Trump por explicarem como funciona o capitalismo moderno. (C.N.)

Fluminense se apresenta bem, perde com pênalti “roubado” e merece parabéns

Imagem

O erro do VAR foi clamoroso: se a bola passasse, o craque Thiago Silva poderia marcar

Carlos Newton

Não é verdade que tenha sido um pênalti roubado. Na verdade, foi roubadíssimo, porque jamais poderia ser aceita a justificativa de que não prejudicou o lance. Sinceramente, o juiz francês François Letexier puxou o tapete do tricolor.

Ele marcou acertadamente o pênalti, que poderia deixar empatada a partida, não quis nenhum ouvir as reclamações dos jogadores do Chelsea.

SEM MORAL – Contudo, ao ser chamado pela cabine do VAR para rever as imagens, não teve moral para dizer que a análise do VAR estava equivocada. Jamais caberia a anulação sob pretexto de que o braço aberto não causou impacto decisivo no lance.

Primeiro, porque o braço não deveria estar aberto, a posição correta do defensor é com os braços para trás. E o impacto no lance foi decisivo, pois havia dois jogadores do Fluminense atrás do zagueiro inglês, um deles era Thiago Silva, e qualquer um deles poderia marcar, se a bola passasse.

O árbitro François Letexier assistiu muito rapidamente o VAR e não se fixou nessa imagem definitiva. Portanto, a posição do juiz tem de ser mais questionadora em relação ao VAR, cujos técnicos também erram. Ou seja, foi um juiz cagão ou ladrão, como diria Mario Vianna com dois enes.

MUITA REPERCUSSÃO – A anulação causou grande repercussão nas redes sociais, com muitos torcedores e jornalistas se posicionando em relação ao lance. O mais importante é que a Copa de Clubes veio para ficar. Nessa primeira edição, o Brasil fez bonito, único país a ter quatro equipes nas oitavas, três nas quartas-de-final. Deu para entender que essa famosa diferença de “intensidade” para os europeus é uma balela. O fato é que eles marcam mais e erram menos.

O Flamengo perdeu para o Chelsea com três vacilos quando tinha a bola dominada. O primeiro do lateral Wesley, o segundo do goleiro Rossi e o terceiro do ponta Luiz Araújo. E o Fluminense perdeu também após dois vacilos com bola dominada na intermediária, que pararam nos pés de João Pedro, creio eu, caso não esteja enganado como o VAR.

Marcando mais e errando menos, temos futebol para enfrentar qualquer time do mundo.

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P.S. –
E o gol que o maravilhoso lateral Cucarella salvou em cima da linha? (C.N.)

Ministros do STF não temem Trump, porque sanções só atingirão Moraes

Alfabetizado pela avó, fã de futebol e querido pelos alunos: A ...

Dino ri da própria piada que inventou sobre Moraes

Ana Pompeu e Catia Seabra
Folha

Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) minimizaram as críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no caso da trama golpista. A avaliação é a de que as declarações fazem parte de uma narrativa política e não merecem reação institucional da corte.

Afirmam ainda que não houve nenhuma medida concreta contra o Brasil ou os ministros. Para os magistrados, portanto, a resposta deve ser dada pela política ou pela diplomacia. Ou seja, pelo presidente Lula (PT) ou pelo Itamaraty —algo que o petista fez pouco depois da mensagem de Trump.

DISSE TRUMP – Nesta segunda-feira (7), Trump afirmou que o Brasil está fazendo uma “coisa horrível” no tratamento dado ao ex-presidente. O americano também disse que o Supremo persegue Bolsonaro.

“Eu tenho assistido, assim como o mundo, enquanto eles não fazem nada além de persegui-lo, dia após dia, noite após noite, mês após mês, ano após ano. Ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo povo”, afirmou Trump em um post na Truth Social.

A publicação do presidente americano também não tem poder, segundo a análise de ministros ouvidos pela Folha, de interferir no processo por tentativa de golpe de Estado contra Bolsonaro. Dessa forma, os magistrados afirmam se tratar de “barulho”.

A manifestação de Trump seria abusiva, na avaliação de um ministro ouvido sob reserva, mas teria efeito apenas simbólico. A declaração poderia, inclusive, “aumentar a antipatia” em relação a Bolsonaro e piorar sua situação, nas palavras desse mesmo integrante da corte.

EFEITO SIMBÓLICO – Em outros momentos, o governo americano já fez ameaças de sanções. Em maio, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que o país restringiria a entrada de “funcionários estrangeiros e pessoas cúmplices na censura de americanos” e que o ministro Alexandre de Moraes poderia ser punido.

O relator da trama golpista tem sido alvo de pressões por parte do governo americano. Em fevereiro, já sob Trump, o Departamento de Estado divulgou uma mensagem com referências explícitas à determinação do magistrado para bloquear a plataforma de vídeos Rumble, usada por influenciadores de direita.

Lula reagiu nesta segunda-feira. Em nota, o petista afirmou não aceitar interferências nas políticas internas do Brasil. “A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano”.

MARCA PONTOS – Há uma avaliação de integrantes do governo de que nos momentos em que Lula  se coloca de frente ao governo dos EUA, a repercussão é positiva para ele.

Outra resposta foi dada por Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais). Na mesma linha da defesa da soberania do Estado brasileiro, a ministra também recorreu à tática da comparação da postura do governo Lula com a do ex-presidente Bolsonaro na relação com os Estados Unidos.

“O tempo em que o Brasil foi subserviente aos EUA foi o tempo de Bolsonaro, que batia continência para sua bandeira e não defendia os interesses nacionais”, disse.

SANÇÕES A MORAES – A mensagem de Trump ocorre em meio à pressão e expectativa de bolsonaristas para que os Estados Unidos apliquem uma sanção a Moraes. A articulação conta com pessoas próximas ao presidente dos EUA, como o ex-assessor de Trump Jason Miller.

Se, no geral, os ministros têm optado pelo silêncio ou por reduzir esses episódios, em fevereiro, no entanto, depois da escalada da ofensiva de políticos dos EUA contra ele, Moraes fez comentários no plenário do STF. Sem mencionar os Estados Unidos, o ministro defendeu a soberania do Brasil e afirmou que o país deixou de ser colônia em 1822.

Moraes também citou a defesa feita pelo colega Flávio Dino por meio de redes sociais. Dino escreveu que os ministros do Supremo, ao tomarem posse, juram defender a Constituição e os princípios de autodeterminação dos povos, não intervenção e igualdade entre os Estados —incisos do artigo 4º da Constituição Federal.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
As repórteres Ana Pompeu e Catia Seabra contam que Dino é um tremendo gozador. Ele escreveu ainda que Moraes permanecerá proferindo palestras no Brasil e no exterior. “E se quiser passar lindas férias, pode ir para Carolina, no Maranhão. Não vai sentir falta de outros lugares com o mesmo nome”, afirmou Dino, em referência aos estados homônimos dos Estados Unidos. Moraes rumo a Carolina, no Maranhão, é grande Piada do Ano. (C.N.)

Lula caiu na armadilha e respondeu imediatamente às críticas de Trump

Lula rebate defesa que Trump fez de Bolsonaro: “Não aceitamos tutela” | Agência Brasil

Lula rebate Trump e afirma: “Não aceitamos tutela” |

Vicente Limongi Netto

Engomados palacianos ou do Congresso garantem que não vão passar recibo. Mas o presidente Lula caiu na armadilha e lançou uma nota contra Donald Trump, alegando que o Brasil é uma democracia soberana, não admite interferência externa etc e tal.

A mídia amestrada, como diria Helio Fernandes, tentou disfarçar, mas ficou atônita. Queiram ou não os petistas e lulistas, é claro que a reprimenda de Trump para deixar Bolsonaro em paz dominará o noticiário.

SUPERHOMENS – Sábios do judiciário deram de ombros, fingiram desconhecer a importância de Trump. Alegam que são superhomens e não temem arreganhos de ninguém.

Notáveis de outros setores da vida brasileira debocharam da arrogância de Trump, lembrando que o presidente norte-americano não pretende obter cidadania brasileira para, então, vir votar no Brasil.

Acamado, Bolsonaro ficou com o ego nas nuvens. Constata,  junto aos filhos e apaniguados, que na pior das hipóteses será recebido com todas as pompas pelo chefão Trump. caso venha a ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e consiga fugir para os Estados Unidos, imitando o roteiro turístico de Carla Zambelli.

ABERRAÇÃO – Jair Bolsonaro chamou de “aberração jurídica”, o que a Suprema Corte faz com o couro dele. Já um valente ministro do STF, comodamente no anonimato, considerou “risível” declarações de Donald Trump defendendo Bolsonaro. É preciso que autoridades tenham cuidado com as palavras. Palavras escritas ficam. As faladas, voam. Algumas vezes, as palavras escritas voltam-se contra seus autores.
Exemplos: muitos julgam Bolsonaro como a aberração em pessoa. Outras tantas, afirmam de pés juntos que não há nada mais risível na vida brasileira, do que o atual Supremo Tribunal Federal e seus ministros. Até os buracos das ruas sabem disso.
ENVELHECER – Em recente coluna no Correio Braziliense, a jornalista Ana Dubeux deu lições de como viver saudável, com o forte e belo texto “envelhecer é moderno”. Dubeux afirmava: “Sempre amei pessoas mais velhas. Nunca escondi a idade. Não me envergonho no que me tornei.”

No último domingo, a jornalista voltou ao tema e contou haver vibrado porque foi ao teatro e garante aos céus que saiu mais jovem. Excelente notícia. Ana acentua que “ter relações duradouras, posso apostar, está na prescrição para uma vida longeva, assim como todos os hábitos que nos renovam, como fazer exercícios físicos, dormir bem, ter uma alimentação adequada”.

NATURALMENTE – De minha parte, um idoso caminhando para os 81 anos de idade, envelheço naturalmente. Sem traumas. Os labirintos da alma e do coração exigem que não me entregue ao desânimo.

Com a partida da minha amada e inesquecível mulher, companheira maravilhosa por 54 anos, precisei reformular hábitos e costumes. A ausência dela me maltrata muito. Há pouco tempo, Ana Dubeux me puxou as orelhas, pelo telefone: “Não se isole. Saia, passeie, viva mais”

Os preciosos desperdícios do poeta Manoel de Barros

Paulo Peres
Poemas & Canções

O advogado e poeta mato-grossense Manoel Wenceslau Leite de Barros afirma ser na vida um “apanhador de desperdícios”, sempre inspirado na natureza e que através das palavras compõe seus silêncios.

O APANHADOR DE DESPERDÍCIOS
Manoel de Barros

Uso a palavra
para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água, pedra, sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.

Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.

Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos,
como as boas moscas.
Queria que a minha voz
tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra
para compor meus silêncios.

Eduardo Bolsonaro ironiza resposta de Lula: “Go home, yankees” não vai colar

PL escala Eduardo Bolsonaro para repetir Steve Bannon na área ...

Eduardo Bolsonaro deu entrevista a Steve Bannon

Johanns Eller
O Globo

Cotado para concorrer à Presidência da República em 2026 com o apoio do pai, Jair Bolsonaro, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) rebateu na noite da segunda-feira (7) a resposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às críticas de Donald Trump ao processo do Supremo Tribunal Federal (STF) que julgará o suposto envolvimento de Bolsonaro na trama golpista para impedir a posse do petista em 2023.

Em nota oficial divulgada horas após um post de Trump na rede social Truth Social acusando a Justiça brasileira de promover uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro, Lula declarou que o Brasil “é um país soberano” que não aceitará “interferência ou tutela de quem quer que seja”.

“Temos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei — sobretudo aqueles que atentam contra a liberdade e o Estado de Direito”, completou no comunicado.

COM BANNON – Em tom de pré-candidato, Eduardo disse que o discurso de interferência estrangeira não terá êxito no Brasil durante uma entrevista ao podcast War Room, apresentado pelo aliado de longa data Steve Bannon, ex-assessor de Trump na Casa Branca. Bannon, por sua vez, enfatizou várias vezes durante o programa que o brasileiro lidera pesquisas de segundo turno contra Lula, sem especificar quais.

“Lula da Silva não terá êxito em construir uma narrativa aos brasileiros de ‘vamos nos unir contra um inimigo externo, go home, yankees’. Ele não pode fazer isso porque a vida real do povo é péssima. É tão ruim que até Bolsonaro e seu filho, eu, estão liderando as pesquisas”, disparou o deputado licenciado.

“As próximas pesquisas serão ainda melhores para nós. Este é um governo morto e não há possibilidade de permanecerem no poder no ano que vem. A única forma seria impedir que um candidato da direita e um membro da família Bolsonaro concorra através do Judiciário”.

PAULO FIGUEIREDO – Popular na direita americana, o War Room também recebeu o jornalista brasileiro Paulo Figueiredo, denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no âmbito da trama golpista.

Figueiredo fez coro à cobrança de Eduardo por sanções econômicas dos EUA contra o ministro do Supremo Alexandre de Moraes. Em dado momento, a transmissão ao vivo era acompanhada por mais de 20 mil pessoas.

Falando para uma audiência majoritariamente americana com parcos conhecimentos sobre a política interna do Brasil, Eduardo buscou criticar o desempenho de Lula neste terceiro mandato.

BOA LEMBRANÇA – “[Na eleição de 2022] Lula contava com uma boa lembrança por parte dos mais pobres porque no seu primeiro e segundo mandato ele teve muita sorte. A China estava comprando todas as commodities, cujos preços estavam em alta, e ele tinha dinheiro suficiente para executar programas assistencialistas. Agora que não temos essa verba, as pessoas estão percebendo que ele não está entregando o que prometeu durante a campanha. Lula disse claramente que traria de volta o churrasquinho do final de semana, mas a carne está cara”, criticou.

Apesar de remeter à campanha eleitoral na qual o petista derrotou Bolsonaro, Eduardo não rebateu Steve Bannon quando o aliado de Trump declarou que as eleições de 2022 foram “roubadas” do então presidente brasileiro.

TRUMP E LULA – Nas redes, em referência ao inquérito da trama golpista, Trump afirmou que “o único julgamento que deveria estar ocorrendo neste momento é o julgamento [de Bolsonaro] pelos eleitores do Brasil – o que chamamos de eleições.

“DEIXEM BOLSONARO EM PAZ!”, concluiu Trump, em maiúsculas.

Antes da divulgação na nota oficial, na Cúpula dos Brics no Rio de Janeiro, Lula ironizou o posicionamento de Donald Trump. “Não vou comentar essa coisa do Trump e do Bolsonaro. Tenho coisas mais importantes para comentar do que isso. Esse país tem leis, regras e um dono chamado povo brasileiro, portanto dê palpite na sua vida, e não na nossa”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A novela vai render muito. O Brasil precisará importar pipocas. (C.N.)

Previdência: o desafio está no equilíbrio, não apenas na despesa

Acredite se quiser! Mais uma vez, a Tribuna está sob ataques de hackers

Memorial da Democracia - Nova lei criminaliza a livre expressão

Charge do Fortuna (O Pasquim)

Carlos Newton

Não é nenhuma novidade. Sempre que se aproximam as eleições — sejam municipais ou gerais, não interessa — aumenta a disputa de espaço na web e a Tribuna da Internet começa a sofrer ataques de hackers. De uma forma ou outra, esses bucaneiros cibernéticos sempre acabam nos tirando do ar.

Esse tipo de investida é recebido aqui na TI com naturalidade. Não nos interessa saber de onde partem os ataques e quais são os autores. Jamais nos preocupamos com isso. Pessoalmente, sou adepto da teoria budista da impermanência. Assim como o pessoal do clube de Esquina, sei que nada será como antes, amanhã, na belíssima composição de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos.

É DESAGRADÁVEL – É claro que todo ataque de hackers é muito desagradável, porque esculhamba nosso trabalho, tira as informações do ar e os tribunários reclamam, sentem-se afrontados.

Já acostumado com censura de verdade desde os meus primeiros anos na antiga Tribuna da Imprensa de Helio Fernandes, não ligo e vou em frente. Apenas lamento o excesso de violência, como os ataques de alguns anos atrás, que corromperam e desformatizaram nossos arquivos.

Perdemos uma quantidade enorme de textos de Helio Fernandes, Carlos Chagas, Sebastião Nery, Pedro do Coutto, Vicente Limongi, José Carlos Werneck, Roberto Nascimento, Paulo Peres e tantos mais.

REVOLTA – Essa destruição dos arquivos realmente causa indignação. O mais revoltado é o jurista Jorge Béja, porque perdeu textos que eram únicos e contavam passagens de sua luta permanente pelos direitos humanos das classes mais pobres, incluindo seu esforço para criação das leis em defesa do consumidor, da criança e do idoso.

Agora, estamos novamente sob ataque de hackers. Nesta segunda-feira, levamos mais de quatro horas até ter acesso à edição do blog. 

O que nos anima é que somente nos tiram do ar episodicamente, pois os técnicos do servidor UOL acabam normalizando o acesso e a gente segue em frente.

BALANÇO DE JUNHO – Como sempre fazemos, vamos divulgar agora o balanço de junho, agradecendo muitíssimo a todos os que partilham conosco essa utopia de uma internet livre. De inicio, as contribuições recebidas na Caixa Econômica Federal:

DIA    REGISTRO   OPERAÇÃO         VALOR
02      0211648     DEP DIN LOT…… 100,00

10      101118       DEP DIN LOT…… 230,00
18      181648       DEP DIN LOT…….100,00

Agora, os depósitos no banco Itaú/Unibanco:

01      PIX TRANS JOSE F……………….150,00
02      TED 001.5977 JOSE ANT……..302,07
03      PIX TRANS PAULO ROBER……100,00
09      PIX TRANS JOAO NA……………..50,00
16      TED MARIO ACRO………………..300,00
30      PIX TRANS PAULO ROBER……100,00
30      TED 033.3591, ROBER SNA…200,00

Por fim, a contribuição no Bradesco:

06 TRANSF BDN JOSE DANTAS……….60,00

Agradecendo muitíssimo a todos, vamos enfrentar os hackers com serenidade, porque o maior mal que poderiam nos fazer eles já fizeram, que foi a corrupção dos arquivos. (C.N.)