Charge do Jônatas (Instagram)
Julia Chaib
Folha
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (14) que o Brasil é um parceiro comercial ruim, tem leis ruins e promove uma execução política do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “O Brasil tem sido um parceiro comercial horrível em termos de tarifas. Como você sabe, eles nos cobram tarifas enormes, muito, muito maiores do que as que cobrávamos deles. Na verdade, praticamente não cobramos nada”, afirmou Trump a jornalistas no Salão Oval da Casa Branca.
O Brasil, no entanto, registra déficit na relação comercial com os EUA há 17 anos —ou seja, os americanos mais vendem que compram. Ao ser questionado, Trump também afirmou que não há preocupação sobre a aproximação comercial do Brasil e do México com a China.
LULA REAGE – “Eles [o Brasil] também nos trataram muito mal como parceiros comerciais por muitos anos. Um dos piores. Um dos piores países do mundo nesse sentido. Eles cobravam tarifas enormes e tornavam tudo muito difícil. Então agora estão sendo cobrados com tarifas de 50%, e não estão felizes, mas é assim que as coisas são”, afirmou.
Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que Trump mente ao afirmar que o Brasil é um mau parceiro comercial. “O Brasil é bom, só não vai andar de joelhos para o governo americano”, disse ele, que foi aplaudido.
A fala do petista ocorreu no final da tarde, durante discurso na cerimônia de entrega de 599 títulos de regularização fundiária de interesse social a moradores da comunidade de Brasília Teimosa, no Recife. Nos dados parciais de 2025, a vantagem americana é de US$ 1,6 bilhão. O Brasil exporta principalmente commodities e produtos primários –como petróleo bruto, café e bens de ferro e aço. Já as importações de itens americanos ao Brasil têm no topo componentes de aeronaves.
FALHA DE TRUMP – O comentário foi feito após Trump dizer que o Brasil tem leis ruins e repetir que acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro é um bom homem.
“E o Brasil tem algumas leis muito ruins acontecendo. Eles pegaram um presidente e o colocaram na prisão ou estão tentando prendê-lo. E eu conheço esse homem, e vou te dizer: eu sou bom em avaliar as pessoas. Acho que ele é um homem honesto, e acho que o que fizeram… Isso é uma… Isso é realmente uma execução política que estão tentando fazer com o Bolsonaro. Acho isso terrível.”
A sobretaxa de 50% imposta por Trump a exportações brasileiras para o mercado americano entrou em vigor no último dia 6 de agosto. A tarifa atinge 36% dos produtos exportados pelo Brasil aos EUA, segundo o governo brasileiro, incluindo itens importantes na relação comercial entre os dois países, como máquinas agrícolas, carnes e café.
HÁ EXCEÇÕES – Graças a cerca de 700 exceções previstas no decreto (leia a íntegra) que oficializou a medida, 43% do valor de itens brasileiros exportados para o país escapam das novas alíquotas, como mostrou levantamento feito pela Folha. Estão isentos deste tarifaço, por exemplo, derivados de petróleo, ferro-gusa, produtos de aviação civil —o que livra a Embraer— e suco de laranja. Cerca de 20% das exportações, como aço, alumínio e autopeças, são sujeitas a tarifas setoriais específicas.
Desde abril, o país já sofria uma sobretaxa de 10% imposta pelos EUA a uma série de países. No mês passado, Trump adicionou mais 40% devido a questões políticas. Com isso, produtos brasileiros que estão fora da lista de exceções passam a pagar sobretaxa de 50%, além das tarifas que já incidem normalmente.
O etanol, por exemplo, pagava tarifa de 2,5% antes de Trump voltar ao poder. Agora, a alíquota passará a 52,5%.
CRÍTICAS AO BRASIL – O decreto assinado por Trump, embora trate de uma medida econômica, foca críticas ao governo brasileiro e a decisões do Judiciário e não menciona o comércio bilateral.
O texto do decreto, por sua vez, menciona diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu em inquérito que apura tentativa de golpe em 2022. A Casa Branca afirma que a medida visa “lidar com ameaças incomuns e extraordinárias à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”.
O governo brasileiro afirma que não vai ceder nos pontos considerados políticos da medida e tenta levar as conversas para a seara comercial. Enquanto isso, porém, as negociações com os EUA seguem travadas. Uma conversa que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) teria com seu equivalente nos EUA, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, por exemplo, acabou cancelada há duas semanas repentinamente.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É o maior espetáculo da Terra, melhor do que o filme de Cecil B. DeMille. De um lado, um lunático como Trump; e de outro, um político corrupto e desclassificado. Comprem pipocas, porque a tarifa do milho também deve subir. (C.N.)
Putin e Laranjão se reúnem para ratear ‘espólio’ da Ucrânia entre si
Laranjão e Putin se reúnem sem Zelensky, e tratam da anexação de parte do território ucraniano à Rússia e da exploração de terras raras ucranianas pelos EUA.
A ver cenas dos próximos capítulos.
Medíocre, Zelensky usa a guera para se manter no cargo de presidente
Com mandato de presidente vencido em 20 de maio do ano passado, Zelensky se mantém no comando da Ucrânia por força de lei marcial.
Para ele, continuar a guerra significa continuar no cargo, ao qual se apega com unhas e dentes sem se interessar na busca de paz com a Rússia, que provocaria realização de eleição presidencial na Ucrânia.
O Brasil tornou-se vítima
De uma guerra sem armas
Provocada por facínoras
Que têm tudo menos alma.
Das terras do norte
Um governo deletério
Sai aplicando golpes
Para manter seu império.
Com promessas de privilégios
Reúne os mais vis soldados
E assim forma um exército
De falsos patriotas infiltrados.
Prevendo sua derrocada
O império usa todo o arsenal
Para que não seja alcançada
A hegemonia do Sul Global.
Quem hasteia a bandeira
Do exército inimigo
Não merece pisar na areia
Que cobre o solo traído.
Os pérfidos soldados torcem
Pela vitória do imperador senil
Enquanto seus rostos cobrem
Com a bandeira do Brasil.
Salte da muralha
Que divide a batalha
Entre agredido e agressor
Não há espaço para covardia
Ou você defende a democracia
Ou se torna um reles traidor.
Eduardo de Paula Barreto
JL
“Quem hasteia a bandeira
Do exército inimigo
Não merece pisar na areia
Que cobre o solo traído.”
‘Réquiem’ para Bananinha.
Entre os crassos erros cometidos por Bananinha, o mais grave deles pode ter sido mexer com o ‘brio’ do paraibano Mottinha.
O desconforto com o Trump não se trata de quaisquer questõeo político-ideológicas, trata-se de um cara que resolveu exercer seu mandato.
O que temos visto pelo mundo é um entra e sai de governantes, ainda que sejam opostos ideologicamente, sem qualquer mínima mudança significante na governança, num “deja vu” eterno.
Alguém notou quaisquer mudanças no troca-troca de governantes nos últimos 20 anos?
Nem notamos as transições FHC/Lula/Dilma/Temer/Bolsonaro/Lula e outras mundo afora.
Definitivamente o Trump não é um lunático vivendo numa realidade paralela, mas um cara absolutamente ligado na realidade concreta.
Finalmente um materialista histórico-dialético no poder.
Temos um biden, mas esqueçam se teremos um trump dos trópicos, ainda que haja o Tarcísio.
Trata-se de um falso idealista metafísico rompendo com a filosofia clássica da direita, como bem expresso po Conte e Durkheim.
É assim que funciona a máquina temporal da realidade concreta.
O tempo é tão determinante que nem mesmos conservadores radicais o fazem parar.
https://www.youtube.com/watch?v=_Jcn10Iiuu4
É mesmo um absurdo insuportável um conservador (conservadorismo idiota que, conceitualmente, pensa ser possível segurar a evolução do tempo ou retornar ao passado) tocando a máquina temporal.
Pra quem não tem mecanismos metodológicos de análise real da concretude, é mesmo muito difícil compreender o que se passa.
Trump faz História ainda que não compreenda o que faz.
Gostemos ou não dele.
Reunião TrumPutin é o maior prostíbulo da Terra.
Megalomaníacos como Lula e Bolsonaro adorariam estar nessa fria em pleno verão.
Dom Trump manda parte de sua máquina de guerra para a região do Caribe, vai dar uma escovada no tráfico internacional de drogas, nessa altura narcotraficantes e padrinhos da empreitada vão colocar as barbas de molho, vão encarar os Mariners (Fuzileiros Navais) a turma do breu.
Produtores, cheiradores e fumadores do mundo estão mais alvoroçados que porcos no cio.
Tapas e brilhos vão encarecer…