Trump intensifica ofensiva contra o Brasil e provoca reação firme do governo Lula

Lula rebate Trump sobre Brasil ser um mau parceiro comercial

Pedro do Coutto

A escalada de tensão diplomática entre os Estados Unidos e o Brasil, impulsionada por ações recentes do presidente Donald Trump, reflete uma estratégia audaciosa de pressão sobre o governo de Lula da Silva. Trump acusou o Brasil de ser um “parceiro comercial horrível”, em retaliação ao andamento do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro — aliado do republicano — classificado por ele como injusto, o que acabou desembocando na imposição de tarifas de 50 % sobre os produtos brasileiros.

Em resposta, o presidente Lula não hesitou: repudiou o que definiu como interferência na soberania nacional, anunciou o programa “Brasil Soberano”, com R$ 30 bilhões (aproximadamente US$ 5,5 bilhões) em linhas de crédito, estímulos fiscais e seguros para preservar exportadores afetados, enquanto busca novos mercados, sobretudo na Europa.

ARTICULAÇÃO – Simultaneamente, em Washington, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro tornou-se protagonista dessa ofensiva diplomática coordenada. Desde março de 2025, ele reside nos EUA para articular sanções contra autoridades brasileiras, em especial o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal .

Recentemente, reivindicou que sanções sejam estendidas aos presidentes da Câmara e do Senado — Hugo Motta e Davi Alcolumbre — caso não pautem, na Câmara, a proposta de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, e, no Senado, o pedido de impeachment contra Moraes.

As pressões motivaram reações duras no Brasil. Organizações políticas e institucionais denunciaram as ameaças como um “crime intolerável” contra a democracia e a soberania nacional, qualificando-as como chantagem com patrocínio estrangeiro.

SUPERÁVIT – Do lado econômico e estratégico, analistas destacam que, ao contrário do que a retórica de Trump possa insinuar, o país mantém um superávit comercial em relação aos EUA — além disso, o Brasil possui uma economia exportadora diversificada, com forte dependência de mercados como China e União Europeia, o que reduz sua vulnerabilidade à retaliação americana.

A guerra diplomática desencadeada representa, assim, mais do que divergências comerciais: trata-se de um confronto envolvendo poder geopolítico, institucionalidade e o caráter das relações internacionais. Trump adota medidas unilaterais — desde tarifas punitivas a sanções via Magnitsky contra juízes e autoridades brasileiras — que, embora visem pressionar o Judiciário do país, têm gerado retaliações vigilantes do governo Lula e solidariedade diplomática entre os Brics.

VOLATILIDADE – O uso político de instrumentos econômicos como forma de contenção, somado a tentativas de influenciar decisões legislativas no Brasil, sinalizam um momento de alta volatilidade nas relações bilaterais e de risco para a independência das instituições democráticas brasileiras.

O embate entre Donald Trump e o governo Lula transcende a esfera comercial e se consolida como um teste de resistência para a democracia e a soberania brasileiras. As tarifas e sanções impostas pelos Estados Unidos, somadas à atuação de atores políticos brasileiros em território estrangeiro contra o próprio país, revelam um cenário em que interesses pessoais e ideológicos se sobrepõem ao diálogo diplomático.

21 thoughts on “Trump intensifica ofensiva contra o Brasil e provoca reação firme do governo Lula

  1. O conflito geopolítico não é regional, mas global. Trata-se da luta pela hegemonia da Nova Ordem Mundial advinda da Quarta Revolução Tecnológica, de que o Brasil está há pelo menos meio século de atraso.

    Atraso cultuado pelo atual Governo e sua Organização, que extraem a mais valia absolutssíima da Indústria da Miséria e Exclusão.

    Fazem tudo para que permaneçamos exportadores de bananinhas.

    O tal Presidente, se assim possamos nomeá-lo, agarra-se à China, mas tão somente politicamente, à busca que a Ditadura venha salvar nossa “Democracia” do ataque do nazifascismo com outra cara. De lá poderia trazer a tecnologia, mas só busca os métodos de censura e autoritarismo.

    Afinal, como é bom viver seu bem estar na Civilização proporcionado pelo voto fácil dos famélicos!

    • Diversificação de mercado não é algo fácil e de curto prazo.

      Só mesmo na cabeça oca de gente como o tal do Lula. Que pensa que a moeda é um mero papel que possa ser trocada da noite para o dia, como se não fosse o reflexo das condições e fundamentos político-econômicos concretos.

      Vivendo na sua esquizo realidade paralela, lá neste mundo (inexistente) tudo se pode fazer num passe de mágica.

      Mas o buraco negro pra onde tocam o país é mais embaixo.

      • A Organização Petista e seu líder, que terceirizou a Presidência, em conjunto estão neste mato sem cahorro porque cometeram os mais primários erros na Realpolitik:

        – humilhar os adversários,

        – desreconhecer a mutabilidade da realidade concreta;

        – derrubar as pontes que ficaram pra trás.

        Não há saída possível. Só lhes resta continuarem sempre à frente até cairem no imenso buraco negro que se avizinha.

      • Ó grande Boi Pusilânime e passador de pano do que dizem “adevogados”, cronista pé-de-cana etc, defina “mercado”, por favor.

        É um país ? Não chega a 200. É um bloco de países ? Pior ainda. É um mercado, uma feira ou um armazém ? Aí serão milhares. Mas fica difícil imaginar o ladrão ou o turco (Haddad) visitando estes lugares para vender produtos brasileiros, hein ?

        Next, please.

  2. Seu do Coutto, procure atendimento médico com urgência. De preferência nas especialidades psíquicas. Caramba!, vai escrever besteiras assim na casa do caralh…, perdão, do chapéu! Meu alívio é que nem o leio. Apenas advinho.

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