Luiz Felipe Pondé
Folha
Somos mesmo uma raça de desesperados, como diz o filósofo e sociólogo alemão Max Horkheimer no seu “Eclipse da Razão”. Fazemos qualquer negócio para aliviar esse desespero. Este se constitui numa das maiores commodities para a produção de conteúdo no mundo, sejam livros, cursos, palestras, programas de TV, engajamento em mídias sociais, políticas públicas, marketing, enfim, não sobra nada.
O campo da cultura que sempre cuidou desse desespero estrutural foi a religião. Grande parte das raízes das religiões repousa na solidão cósmica decorrente desse desespero —ou vice-versa. Freud já havia identificado no seu “Futuro de uma Ilusão” que a fonte da religião é o desamparo. Desespero, solidão, desamparo, medo, os motores dinâmicos e estruturais da alma. O resto é migalha e poeira.
DEUS E SOLIDÃO – A solidão cósmica alimenta quase tudo na história da cultura e da religião. Ter um Deus, deuses ou demônios —melhor um deus cruel do que a pura contingência— tem se mostrado essencial para nós, desde a pré-história. Ao longo do século 19 muitos desistiram desses deuses e passaram a adorar a história, a política, a ciência e, mais recentemente, os hormônios. Deram com os burros n’água. Acreditar em Deus ainda é mais elegante.
O mundo contemporâneo tem preguiça do transcendente. A fúria pela eficácia e por resultados matou o Deus transcendente. Agora, ou Deus é meu assessor de sucesso e meu consultor nas horas em que esse desespero estrutural vem à tona e inunda a minha ama ou o demito.
Essa morte de Deus o filósofo e filólogo Friedrich Nietzsche não podia ver claramente, porque a dinâmica da boçalidade moderna ainda não estava plenamente instalada em nossa alma. Deus hoje é um dos nossos “colaboradores”. Desde a cruz, Jesus Cristo deve ser meu “coach”.
SÉCULO 21 – Com o final do século 20 e adentrando já a antessala do coração do século 21, cada vez fica mais claro que não haverá lugar para uma filosofia —e derivados, porque todo o conhecimento é uma derivação da arte filosófica— que não seja de cepa autoajuda ou motivacional.
O “homem psicológico” de Philip Rieff se transformou no homem motivacional. A “cultura do narcisismo” de Christopher Lasch se vestiu com o manto da autoajuda. E não há saída para esse cataclisma da inteligência, porque a única outra opção de cultura do pensamento é o lixo da esquerda.
A política não salva nada, quando funciona, apenas consegue evitar a erupção vulcânica que é a psicose estrutural do sapiens.
SEM VOLTA – A mercantilização da filosofia e derivados é um processo sem volta porque todo mundo tem que agradar ao público para pagar boletos. E a vida intelectual fora do mercado é um ninho de ratos. E, no mercado, a vida intelectual é um enxame de hienas e chacais, como diria o príncipe de Salinas do livro “O Leopardo”, de Giuseppe Tomasi di Lampedusa, acerca da revolução social moderna.
Apesar de a análise da commoditização do pensamento ser consistente e indiscutível, para além dela, ou melhor, antes dela, persiste o desespero como substância da condição humana. Da religião ao discurso motivacional, não saímos da mesma rota do medo, do desamparo, da solidão.
Por isso eu disse aqui que o desespero dinâmico e estrutural da condição humana no século 21 se tornará uma commodity, assim como a saúde mental. Daí que a tendência dos profissionais da saúde mental é ou assimilarem a “política como a verdadeira clínica” — e se fazerem uns chatos ideológicos — ou se tornarem profissionais da cultura motivacional, mesmo que sob o manto de um discurso que imita a ciência, que, por sua vez, não escapará desse vaticínio.
NOVA RELIGIÃO – O coração da “nova religião motivacional”, na qual Jesus se transforma num “colaborador na gestão da vida”, é a promessa de felicidade aqui e agora. Dane-se a vida eterna. Lembre a preguiça da transcendência. A felicidade eterna deve ser aqui e agora ou estou fora. A tendência à direita desse processo é inevitável porque há, essencialmente, um caráter empresarial nessa religião do mercado religioso. O empreendedorismo da fé veio para ficar.
Somos seres medicantes do acolhimento. Sempre fomos. A questão a se pensar é se haverá sobrevivência para a atividade originada na filosofia quando o filósofo, e seus derivados, devem pensar para agradar, engajar, seduzir, fidelizar, sendo todas categorias da ciência do marketing. Com a passagem das gerações e a vocação natural das novas à fé no marketing, alguma forma de inteligência sobreviverá?
Quando olho à minha volta, tenho dúvidas. A fúria da felicidade nos destrói a todos. Ninguém precisa da inteligência artificial para silenciar a inteligência.
Curiosidade.
Viva Israel
Você sabia uma curiosidade que muita gente não tem coragem de falar? O maior “líder palestino” da história, Yasser Arafat, não era palestino. Ele nasceu no Cairo, Egito, em 1929, cresceu fora da Palestina e passou a vida inteira vendendo ao mundo uma mentira. O homem que deveria simbolizar um povo é, na verdade, a maior prova de que essa identidade palestina foi fabricada como arma política.
Arafat nunca buscou paz. Foi ele quem comandou a OLP, uma organização que espalhou terror pelo mundo: sequestros de aviões, atentados contra atletas olímpicos, massacres de civis. Sempre preferiu o sangue ao diálogo. E quando teve oportunidades reais de aceitar um Estado ao lado de Israel, ele rejeitou porque o objetivo não era coexistir, mas sim tentar apagar Israel do mapa.
Enquanto isso, Arafat desviava bilhões de dólares da ajuda internacional. Viveu como milionário, acumulando fortuna pessoal, enquanto os árabes que dizia representar ficavam sem dignidade, sem direitos e sem futuro. E aqui está a verdade incômoda: muitos desses árabes que hoje se chamam “palestinos” eram justamente aqueles que nenhum país árabe queria acolher.
A verdade histórica não mente: não existe um povo palestino de origem única. O que chamam de palestinos são árabes vindos do Egito, Jordânia, Síria, Líbano, Arábia e de outros cantos do Oriente Médio. Uma mistura que foi transformada em bandeira política contra Israel, nada além disso.
O maior “líder palestino” não era palestino. E o povo que ele dizia representar foi inventado para negar a legitimidade de Israel. Essa é a verdade que derruba a farsa da “causa palestina” e que tantos preferem esconder.
Mistério
Uma aeronave militar norte-americana pousou no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, no fim da tarde desta terça-feira (19). O Boeing C-32B, de matrícula 00-9001, aterrissou às 17h13 vindo de San Juan, em Porto Rico, e permaneceu pouco mais de duas horas na capital gaúcha antes de decolar às 19h52 com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.
A Fraport, empresa que gere o Aeroporto Internacional Salgado Filho, não informou qual a missão do voo, que aterrissou sem identificação externa.
Segundo informações da Força Aérea dos Estados Unidos, o C-32 é uma versão militar do Boeing 757-200, adaptado para o transporte de autoridades do governo, como o presidente, o vice-presidente, membros do gabinete e líderes militares. A aeronave também é utilizada em operações especiais, incluindo tarefas ligadas à CIA.
O itinerário do avião começou na segunda-feira (18), quando deixou uma base aérea em Wrightstown, Nova Jersey, com destino a Tampa, na Flórida. Ainda no mesmo dia, seguiu para San Juan, em Porto Rico, de onde partiu para Porto Alegre.
De volta ao passado.
O novo presidente da CBF vetou a camisa vermelha que quiseram emplacar na Seleção Brasileira, mandou parar a confecção.
Volta a amarela como uniforme número um e a azul a número dois.
Vão tomar vergonha na cara comunas tóxicos!
Deu a lógica que sempre respeito.
https://www.youtube.com/watch?v=vV5z6_E83JY