Flávio Dino e Moraes são ministros sem autocontenção
Marcus André Melo
Folha
“No geral, juízes ambiciosos filosoficamente são maus juízes.” A afirmação é de Joseph Raz, em “The Politics of the Rule of Law”, clássico sobre a interseção entre a política e o império ou regra da lei. A questão adquire suma importância em um quadro em que a ausência de autocontenção dos juízes do STF passa a ser tema de discussões cotidianas.
O último exemplo vem do ministro Flávio Dino, que debochou — em uma conjuntura crítica — das repercussões de sua decisão no mercado financeiro.
NINGUÉM GOVERNA – Dele também aprendemos, na semana anterior, como funcionaria o sistema político brasileiro: “Nenhuma força política constrói hegemonia. Com o sistema estruturado como está, nenhuma força política governa o país”. No que se seguiu proposta de mudanças como se agente político fosse.
Aqui a ambição não é apenas filosófica. Estende-se sobre outros domínios.
Raz continua: “A exigência de justificativas públicas fundamentadas não é uma demanda por grande sofisticação filosófica”. Trata-se de uma definição parcimoniosa. Ela não exclui a sofisticação analítica do juiz que pode ser um acadêmico reconhecido; antes, delimita a forma de justificação pública das decisões, o que tem grande impacto sobre sua legitimidade.
VALORES E PRÁTICAS – “É uma exigência de justificação com referência aos valores e práticas compartilhados da cultura legal.” Mas como falar de cultura legal ou constitucional quando a jurisprudência é volátil e as interpretações dependem em larga medida do julgador, como nas decisões recentes de Dias Toffoli?
Há clamor pela autocontenção. Mas, do ponto de vista de uma análise positiva, o que efetivamente importa é a estrutura de incentivos dos atores envolvidos.
O hiperprotagonismo de agentes judiciais tem causas estruturais. Como argumentam Ferejohn, Weingast e Chavez, quando forças rivais controlam os poderes Executivo e Legislativo, as condições institucionais para a autonomia do Judiciário ampliam-se. E vice-versa.
ESTUDO DO SUPREMO – O grau de controle hegemônico do Executivo sobre o Judiciário no Brasil é o menor da América Latina em um estudo cobrindo um século. E isso independe do desenho institucional.
Historicamente Argentina, Brasil, Chile e México copiaram a fórmula dos Federalistas de nomeação dos Juízes da Suprema Corte pelo Executivo, ratificação pelo Senado e vitaliciedade. Nos demais, prevaleceu a escolha pelo Legislativo (em geral controlados pelo Executivo). Salvo Uruguai, isso não resultou em tribunais independentes, pelo contrário. Embora mandatos —em alguns países chegaram a apenas três anos— importem.
No Brasil, não escapou a Jacques Lambert, em 1966, que, executado o golpe militar, o regime acatou habeas corpus em nome de um inimigo político (Miguel Arraes) e optou pela solução rooseveltiana de aumentar a composição da corte, e não destituir o tribunal tout court, como era comum na região. A partir de 1988, a autonomia (relativa) foi brutalmente magnificada pela jurisdição criminal da corte (como mostrei aqui) e por padrão personalístico de nomeações. O resto é conhecido: tribunal e juízes hipertrofiados.
https://x.com/RafaelTezari/status/1960173206293127651?t=WlD5NSPV5oEs2RAexFQc5A&s=08
PQP! Esse Valdemar, não deve saber nem quem ele é.
Não tem vergonha nenhuma de mostrar a burrice. É um destemido, que nem a própria burrice o assusta.
O pior é que disse que o Che Guevara, era cubano.
Será que pra ele o Fidel, era argentino?
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!
Socorro Armando!
EU SI DIVIRTO!!!
🤪😂🤣🤪😂🤣😂🤪🤣😂🤪🤣🤯🤯🤯
QUE PREGUIÇAAAAAA!!!!
🥱🥱🥱🥱🥱🥱
José Luis
P.S. A jaula tá pronta!
🥳🥳🥳🍾🍾🍾🥂🥂🥂
https://x.com/sampaiolaura23/status/1960050385458016385?t=HketP6Z9yIq_bEtmlrouDg&s=08
Representam interesses de pessoas, grupos, ideologias e não da nação, do estado, da população.
Sr. Newton
Está ai a grande diferença entre democracia e demogracinha bostileira ..
Quem sabe um dia o Brasil não chegá lá…..
A modesta vida dos juízes do Supremo da Suécia, sem auxílio-moradia nem carro com motorista
“Não almoço à custa do dinheiro do contribuinte”
“”..Não consigo entender por que um ser humano gostaria de ter tais privilégios. Só vivemos uma vez e, portanto, penso que a vida deve ser vivida com bons padrões éticos. Não posso compreender um ser humano que tenta obter privilégios com o dinheiro público”,
“Juízes não podem agir em nome dos próprios interesses, particularmente em tamanho grau, com tal ganância e egoísmo, e esperar que os cidadãos obedeçam à lei”, diz o juiz.
“Um sistema de justiça deve ser justo”, ele acrescenta. “As Cortes de um país são o último posto avançado da garantia de justiça em uma sociedade, e, por essa razão, os magistrados devem ser fundamentalmente honestos e tratar os cidadãos com respeito. Se os juízes e tribunais não forem capazes de transmitir essa confiança e segurança básica aos cidadãos, os cidadãos não irão respeitar o Judiciário. E, consequentemente, não irão respeitar a lei”,
É simplesmente impossível, segundo Carsten, imaginar a aprovação de benefícios extra-salariais a juízes na Suécia.
“Porque não temos um sistema imoral”, ele diz. “Temos um sistema democrático, que regulamenta o nível salarial da categoria dos magistrados, assim como dos políticos. E temos uma opinião pública que não aceitaria atos imorais como a concessão de benefícios para alimentar os juízes às custas do dinheiro público”,
“E temos uma opinião pública que não aceitaria atos imorais como a concessão de benefícios para alimentar os juízes às custas do dinheiro público”.
Amigão, tudo passa por uma coisa que se chama educação, pessoas esclarecidas, não aceitam essas e outras barbaridades que por estas plagas, são aceitas normalmente.
Pagamos até plano de saúde para os enteados dos parlamentares até os trinta anos, (não sei se estou enganado) mas já li algo a respeito.
Um abração,
José Luis
P.S. Já encomendou sua camiseta com a estampa do Che Guevara(“pequeña”)?
🤣🤣🤣🤣🤣🤣
“Eu si divirto”!
🙋
Autocontenção não existe, isso é uma bobagem repetida por quem não quer resolver nada, o que existe é contenção por medo de punição.