
PCC, o crime organizado, dá as cartas também na política
Hélio Schwartsman
Folha
São importantes as operações policiais deflagradas contra o PCC. A infiltração da economia formal e do próprio poder público pelo crime organizado é um fenômeno que precisa ser combatido com urgência, já que, quanto mais avança, mais difícil se torna seu enfrentamento.
É pena que a boa notícia institucional tenha sido maculada pelo que parece ser uma disputa eleitoreira entre Lula e Tarcísio de Freitas, que provavelmente se enfrentarão no pleito presidencial de 2026, pela paternidade das ações.
Apesar de lamentável, o episódio ilustra bem um dos problemas da democracia. Na maioria das situações, o eleitor atua no escuro. Isso é óbvio quando os cidadãos escolhem alguém novo para um cargo.
VOTO SEM BASE – Os eleitores mais conscienciosos ainda procurarão se informar, analisando o passado e as ligações do postulante, mas a maioria não se dá ao trabalho, formando seu voto por outras vias.
No caso de reeleições, o cidadão opera com uma carga maior de informações, já que teve a oportunidade de avaliar o desempenho do governante. É esse o motivo por que alguns cientistas políticos são contra o fim da reeleição. Nós eliminaríamos uma das poucas situações em que o eleitor não agiria às cegas.
O problema é que não é tão fácil separar o que, numa administração, resulta de virtudes ou de vícios do governante e o que se deve a outros fatores. Essa é uma tarefa difícil até para cientistas montados em toneladas de dados. De um modo geral, o eleitorado acaba recompensando ou punindo o gestor por coisas que ele não fez ou sobre as quais tem parcela diminuta de responsabilidade.
NA UNDÉCIMA HORA – É bem esse o caso dessas operações anti-PCC. Elas foram conduzidas por órgãos como o Ministério Público paulista, PF e Receita Federal, que são compostos por servidores com carreira de Estado e que operam com grande autonomia.
Em muitos casos, até para evitar vazamentos, só informam suas chefias políticas das operações vindouras na undécima hora.
A democracia funciona não porque gere bons líderes, mas porque assegura transições pacíficas de poder.
O voto nessas circunstâncias é o imprescindível AVAL a um sistema corrupto!
Pé-no-saco!
Alguém tem duvida de quem apoia e é aliado do PCC?
“Com o PT nós tinhamos um dialógo cabuloso…”
“Queremos para Eduardo Bolsonaro a degeneração de alguém que, preso numa terra estrangeira, sem acesso aos bens e privilégios que eram pagos pela sociedade brasileira, sendo lentamente abandonado pelos seus aliados, perceba a verdade derradeira: ele nunca mais abraçará seu pai”, disse o deputado Felipe Santos Silva.
Fonte: Metrópoles.
Por morte de quem ?
Certamente, a iniciativa partiu de SP, pois, se fosse o contrário, o MPF estaria agindo. Como todos sabem, o MP-SP é órgão à frente da investigação.
O larápio iria atacar seus amigos do outro lado ? Mas, sabemos: quando chegar o caso a Brasília, haverá um erro de procedimento no processo (exemplo de “uso da criatividade”) e todos os bandidos do PCC estarão soltos.