
Deputada fugiu do Brasil e está presa na Itália
Por Elisa Clavery
G1
A deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) deve participar nesta quarta-feira (10), por videoconferência, de uma reunião na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados para analisar o processo sobre a perda do seu mandato. A informação foi confirmada pelo advogado dela, Fábio Pagnozzi, pelo presidente da CCJ, Paulo Azi (União-BA), e pelo relator do caso, Diego Garcia (Republicanos-PR).
Segundo o relator, a perda de mandato de Zambelli não foi analisada antes porque a Câmara estava aguardando o posicionamento da justiça italiana. “Nunca houve parlamentar do Brasil preso no exterior respondendo à ação de perda de mandato”, complementa Azi.
AVAL – Como foi condenada, a Câmara dos Deputados precisa dar aval à perda do seu mandato. Como a deputada fugiu do Brasil e está presa na Itália, o relator e a defesa consideram um caso inédito na Câmara. Segundo a defesa, a autorização foi feita pela justiça italiana. Carla Zambelli está presa na prisão italiana de Rebibbia.
A deputada foi autorizada a participar da oitiva de duas testemunhas – do hacker Walter Delgatti e de Michel Spiero, assistente técnico da defesa na ação penal. Segundo a defesa, uma das estratégias vai ser “mostrar que Delgatti mentiu”. A fase técnica para que a deputada faça a defesa na CCJ será no dia 17 de setembro.
Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por participar de uma invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em janeiro de 2023. A deputada saiu do Brasil no final de maio, dias após ser condenada por unanimidade pela Primeira Turma do STF. O processo transitou em julgado (não cabem mais recursos). Ela passou pela Argentina e pela Flórida (EUA) antes de se refugiar na Itália.
LISTA DA INTERPOL – Zambelli foi presa no final de julho pelas autoridades italianas, que a localizaram em um apartamento em Roma. Ela estava na lista de procurados da Interpol, a polícia internacional. A polícia fez um cerco ao prédio para evitar que ela deixasse o local.
A defesa de Zambelli disse que ela se entregou espontaneamente, o que é contrariado pelos registros da movimentação policial. Ela, contudo, não ofereceu resistência à prisão. De acordo com o advogado Fábio Pagnozzi, a deputada estava no apartamento pintando e lavando o cabelo quando a polícia italiana chegou para efetuar a prisão. Em seguida, ela pegou seus remédios e foi levada para a delegacia.
A melhor figura da política atual é Karoline Claire Leavitt.
Belíssima Porta-Voz da Casa Branca.
Karoline com K
Como cantava Gonzagão
Karolina foi o maior estrupício que encontrei na minha vida
Ah mulher bagunceira da mulesta
Mulé cangaceira, arruaceira, trambiqueira
Conheci Karolina num forró que eu tava tocando
Quando eu avistei aquela mulézona diferente, sem dançar com ninguém
No meio do salão, só mangando dos matutos
Pensei comigo: “Aquele deve ser um pedaço de mau caminho”
E era mesmo!
Agora era bonita, já viu
Era uma rola de nega, que dava era gosto de ver
Cabelão cumprido, cinturinha de pilão, boa linha de lombo
Uma dentadura, que dente bonito assim memo’ só… só dente de cachorro
Mas a mulher era bagunceira mermo
Comecei a caprichar na sanfona veia, pra ver se ela dava fé d’eu
Mas a danada nem fé d’eu deu
Eu chamei Anselmo: “Ôh, Anselmo”
Pegue essa sanfona aqui, que eu vou aculá
Anselmo pegou o fole veio
E eu me botei pra banca de Samarica
Samarica, tem celveja?
Bote um calice
Oxen!
Cerrejinha é essa, Samarica? Só tem escuma
Oxente! Celveja quente é assim mermo!
Pois bote duas encangada no fundo do pote, que ainda volto aqui hoje!
Me butei pro salão com mais de mil
Cheguei perto, e disse
Vosmecê que é a Carolina?
Ela disse: “Advinha!”
Toda inteirinha, Karolina com “K”
Que dançar mais eu?
Só se for agora!
Agarrei essa mulé e abufelei
E saí experimentando
Ali, aparpando dervagarzinho, pra ver se a bicha era serena
Quando decidi que a bicha era maneira memo’
Joguei pras esquerda, ela veio e tinindo, veio firme
Dermanchei, joguei pras esquerda, a mulher tá aí: fácil, fácil!
Sabe como é, né? Mulher querendo é bom demais
Aí truxe pro meio
Aqui eu… butei no meio
Aí joguei a mulher no voo do carcará: zwo!
Sabe cumé’ o carcará, né?
Ele voa na vertical, para no ar e fica penerando
Aí vim vortando com ela nos meus braço
Vim vortando, quando ela trincou os pés no chão
Dei uma gaitada servergonha: Ha-hai!
É hoje! É!
Mulher querendo é bom demais!
Aí eu disse pra ela: “Carolina!”
Ramo aculá?
Bora!
Boca de Samarica, Samarica!
Cerrejinha… cerrejinha… bote aquelas duas
E vá logo butando mais duas no fundo do pote
Bebemo’ as duas, voltemo’ pro salão
Agora nós ‘tamos ali: câmera lenta
Eu tava até… estava esquecido de que o tocador do samba era eu
Nós tamo ali: testa com testa e corpo do mesmo jeito
Chegou Zé de Baiha, e bateu no meu ombro
Gozanga, tenha paciência!
Você virou artista? Tá aí dando uma de artista de teatro
Vá po’ seu canto, vá tocar, porque o tocador é você
E eu vou tirar a cota
Digo: “Vem comigo, Carolina”
Cheguei perto do Anselmo
Anselmo, passa a sanfona pra mim
E vai dançar com Carolina
Mas num deixa ninguém chegar perto dela
Num deixa ninguém… num deixa ninguém tomar de tu, não
Nós vamos rachar os quarenta mil réis
Eu tava ganhando quarenta
Aí peguei o fole véio e Zé de Bahia
Epa, tá na hora da cota
Quem não pagar não dança, é dez mil réis! Dez mil réis! Dez mil réis!
Tirou a cota, fez sinal pra mim
Passei a sanfona pra Pedro, minha garrafa
E saí com Anselmo e Carolina
Com os quarenta mil réis pra a gente dividir
Peguemo’ um escurinho assim, um lugar quietinho
Pronto, Anselmo, aqui tem quarenta mil réis
Nós vamo’ rachar no meio
Preste atenção, ein
Que eu vou contar o dinheiro
Anselmo com as butuca em cima de Carolina
Nunca tinha dançado com mulher cheirosa
Tava de cabeça virada
E eu já tava até com ciúme
Aí me vinguei dele
Vou cantar o dinheiro! Vou contar! Vou contar, preste atenção!
Um pra eu, um pra tu, um pra eu
Um pra eu, um pra tu, um pra eu
Um pra eu, um pra tu, um pra eu
Pronto, Anselmo! Aqui tá o teu! Aqui tá o meu!
Agora tu vai cantar até de manhã, que eu já vou com Carolina
Fui pr’onde tava minha eguinha
‘Marrada lá debaixo do pé do sombrião
Acolchei assim, a dona em mar
Passei a perna, joguei Carolina na garupa e queimemo’ o chão
Eita, Carolina! Ninguém viu a gente sair
Pois sim, Gonzaga! Puxa memo’, que os cabra vem aí
Parece que eles vão butar… querem butar gosto ruim no nosso amor
Vamo’ simbora
Sapequei a espora do suvaco com o vazio dessa égua
Chega ela ia… chega ia baixinha
Chegou na baira do riacho, a égua refugou a água
O rio tava cheio, e eu num sabia
E agora, Carolina?
Ela disse: “É, os cabra vem aí”
Vamo se esconder dento’ dos mato?
Eu achei foi bom
Se escondemo detrás de um pé de…
Marmeleira, uma moita de marmeleira
Detrás da moita, a gente se escondeu
A cabrurada chegou depois
Home, será que eles… atravessaro o rio, cheio desse jeito?
Não, acho que eles tão escondido dento’ dos mato
Vamo caçar eles?
Home, vamo vortar é pro forró, que nóis tem uma hora de dança, home
É mermo!
E eu achei foi bom demais
Fiquemo nós três ali
Eu, Carolina e a égua
Olhei pra minha éguinha, coitandinha, tão cansada
Espiei pra Carolina
Ela olhou pra mim e falou: “Zóio servergonho”
Tirei a sela
Espaiei a manta
Ha! E…
Lavei a égua!
Carolina!
Mas não adianta chorar, não temos Fux como porta-voz do STF.
https://www.youtube.com/watch?v=L8sl8xS-chk
Fux e Nepal são pedras no caminho da pretensa venezuelização.
Trump não está sozinho.
Ademais fica mais barto segurar a bagaça ainda na gênese.