
Renato Bolsonaro perdeu sete eleições e já foi investigado
Sérgio Quintella
O Globo
O empresário Renato Antonio Bolsonaro, de 61 anos, irmão mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro, é a principal aposta do PL para carregar nas urnas o sobrenome da família em São Paulo. Praticamente sem poder contar com o deputado federal Eduardo Bolsonaro em 2026, que está nos Estados Unidos desde o começo do ano, a legenda de Valdemar Costa Neto vai apostar em uma solução “caseira” para tentar puxar votos ao Congresso.
Na manifestação de 7 de Setembro, na Avenida Paulista, Renato vestiu a camisa amarela da Seleção Brasileira e chamava a atenção das pessoas pela semelhança com o irmão do ex-presidente. O mesmo ocorreu no ato anterior, em agosto. A diferença é que agora, o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, usou o microfone para apresentar o caçula de Bolsonaro.
“NOSSO CANDIDATO” – “É vermelho como o Bolsonaro, mas não é bonito como o Bolsonaro (…) O Renato vai ser nosso candidato a deputado federal por São Paulo. O presidente Bolsonaro foi quem decidiu. E ele usará o número 2222”, afirmou, ao microfone (e também ao O Globo), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Mas a ideia de lançar o irmão do ex-presidente em São Paulo pode esbarrar em uma questão importante: das oito vezes em que foi candidato no Vale do Ribeira, a região mais pobre do estado, e também no Litoral Sul, Renato só ganhou uma. Em 1996, foi eleito vereador por Praia Grande.
A última das derrotas ocorreu no ano passado, quando disputou a Prefeitura de Registro, no interior paulista. Apesar do apoio do irmão famoso e também do governador Tarcísio de Freitas, que estiveram pessoalmente na cidade para pedir votos, Renato foi escolhido por apenas 9.708 eleitores, a metade do computado pelo vencedor, o ex-deputado Samuel Moreira (PSD).
“RUIM DE VOTO” – Da última eleição fracassada, restou a Renato Bolsonaro, além da pecha de “ruim de voto”, uma condenação por propaganda eleitoral negativa, cuja ação foi movida pelo prefeito eleito. Durante a campanha, o irmão do ex-presidente da República disparou mensagens de WhatsApp citando termos como “máfia da saúde”.
Obrigado em novembro passado a pagar uma multa de R$ 5 mil, Renato pediu para parcelar o débito em seis vezes, mas a Justiça Eleitoral negou a solicitação, afirmando que ele possui um patrimônio de R$ 3 milhões e que deveria quitar o débito à vista. A multa ainda não foi paga.
Em 2016, outra ação judicial, caso tivesse sido julgada procedente, poderia ter gerado consequências piores para o futuro candidato a parlamentar. Na época, Renato, que atuava como secretário parlamentar no gabinete do deputado estadual André do Prado, hoje presidente da Assembleia Legislativa, foi acusado de ser funcionário “fantasma”. Uma reportagem do SBT mostrou que Renato, em vez de dar expediente na Alesp, trabalhava em suas lojas de móveis, em Miracatu e outras cidades da região.
FOTOS – Para provar que exercia a função mesmo à distância, Renato incluiu no processo uma série de fotos em eventos com o chefe. A primeira delas foi com o então secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, atual ministro do Supremo Tribunal Federal, responsável por determinar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.
Na ocasião, André do Prado e Renato Bolsonaro solicitaram uma audiência com Moraes para pedir melhor policiamento na região, o que foi prometido. As fotos com o então secretário (entre outras de eventos em geral) serviram como prova para o Ministério Público pedir o arquivamento do caso, aceito pela Justiça no ano seguinte.
Apesar do histórico de poucos votos e do desgaste provocado pela acusação de ser funcionário fantasma, Renato foi um importante nome na política de Miracatu na época em que o irmão era presidente da República. Chefe de gabinete do prefeito Vinicius Brandão, conhecido como Vinicius do Iraque (PL), por diversas vezes nos últimos anos (a última foi de janeiro a junho de 2025), Renato Bolsonaro conseguiu angariar, entre 2020 e 2022, R$ 72 milhões (R$ 86 milhões atuais) em recursos da União e outros R$ 12,6 milhões (R$ 14 milhões corrigidos) via emendas parlamentares do chamado orçamento secreto.
INFLUÊNCIA – Na época, como comparação, o orçamento da cidade era de R$ 81 milhões. Os recursos foram destinados para compra de máquinas, equipamentos e obras viárias. Segundo opositores, o poder de Renato era tão grande na cidade que ele costumava sentar na cadeira do prefeito e comandar reuniões, o que nunca foi confirmado por imagens.
A exemplo do irmão Jair, Renato também é capitão reformado do Exército e torce para o mesmo time que o ex-presidente, o Palmeiras. As semelhanças, que incluem também o físico de ambos, não são sinal de que “qualquer” sobrenome Bolsonaro será aceito no meio bolsonarista. A reportagem do O Globo conversou com dois personagens influentes na “direita radical” e ouviu deles que a chance do ex-capitão Renato se viabilizar eleitoralmente é muito difícil.
“Não vamos deixar nenhum paraquedista cair no nosso lado, pois temos nomes fortes. Não é porque tem sobrenome que vai entrar no grupo. Além disso, a candidatura do Renato tem chance zero de dar certo, pois ele não é bom de voto e nunca será”, afirma um bolsonarista descontente com a ideia de o PL transformar Renato em candidato.
NOTA – Procurado, Renato Bolsonaro não concedeu entrevista, mas enviou uma nota dizendo-se potencial puxador de votos. “O presidente Valdemar me convidou para ser candidato a deputado em 2026, por ser bolsonarista e um potencial puxador de votos. No momento, estou rodando o estado, defendendo o legado do meu irmão e as pautas da direita”, disse o futuro postulante.
O deputado estadual André do Prado afirmou, em nota, que a investigação do MP sobre Renato foi arquivada. Ambos permanecem amigos. No domingo, 7, o presidente da Alesp chegou antes de Renato à Avenida Paulista e só subiu ao trio elétrico após a chegada do irmão do ex-presidente da República.
Começou a circular o expresso 2222
Projeto de Tiririca pra 2026
E depooooooooiiis
O clone pé frio e mais novo consegue ser ainda mais feio do que o original.
A estupidez é imortal
E o Bolsonarismo é ilimitado
O lulobolsonarismo é o pior estágio da politica pós-ditadura.
Reduzir a pilitica a esta corrente reacionaria e atrasada é garantir que sejamos eternamente exportadores de bananinhas.
O objetivo desta turma.:
https://m.youtube.com/watch?v=jDN1tt_0wcY
Não há o menos ruim.
E é muita mediocridade deixar de criticar um com a desculpa de não fortalecer o outro.