
Faixa intermediária da população paga as maiores taxas
Isabela Bolzani
G1
Trabalhadores que recebem acima de R$ 6 mil por mês já pagam mais Imposto de Renda do que milionários no Brasil, segundo estudo do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco). O estudo tem por base os dados do IR de 2024 (ano-calendário 2023), quando o salário mínimo era de R$ 1.320. Os dados foram antecipados ao g1.
Segundo a pesquisa, os milionários brasileiros pagaram, em média, uma alíquota efetiva de 5,28% naquele ano — maior apenas que a dos trabalhadores com renda entre 1 e 5 salários mínimos (de R$ 1.320 a R$ 6.600). Nesse caso, as alíquotas efetivas iam de 0,61% a 3,59%.
A pior situação é a dos trabalhadores do “meio da pirâmide”. Entre 5 e 7 salários mínimos, a alíquota efetiva foi de 6,63%. O imposto atinge o ápice para os salários de R$ 19.800 a R$ 26.400 (15 a 20 salários mínimos), chegando a 11,40%. Isso é mais que o dobro da taxa paga pelos milionários.
RELAÇÃO CRESCENTE – Segundo o sindicato, os dados mostram uma relação crescente entre a renda total declarada e a renda isenta e não tributável — ou seja, quanto mais rico é o contribuinte, maior também a fatia livre de impostos. Ainda segundo o sindicato, entre os que recebem acima de 240 salários mínimos por mês (R$ 316.800), cerca de 71% dos rendimentos (R$ 224.928) correspondem à renda isenta e não tributável. Já nas faixas de renda mais baixas, ocorre o oposto: em alguns casos, apenas 5% da renda é isenta, segundo o Sindifisco.
De acordo com o presidente do sindicato, Dão Real Pereira dos Santos, a parcela da renda atribuída a lucros e dividendos, que são isentos de tributação, tem aumentado cada vez mais na composição da renda. Os dados analisados pelo estudo, por exemplo, indicam que aproximadamente 35% do total da renda declarada no IRPF 2024 (ano-calendário 2023) pelos brasileiros responde por rendimentos isentos e não tributáveis.
Dessa parcela, cerca de 35% correspondem à categoria de lucros e dividendos recebidos – o que totalizou mais de R$ 700 bilhões no ano, um aumento de cerca de 14% em relação a 2022, quando somaram R$ 614,9 bilhões. “Essa mudança na lei, que isentou lucros e dividendos, também deu início ao processo que chamamos de ‘pejotização’, ou seja, de trabalhadores sendo convertidos a pessoas jurídicas justamente para receberem lucros isentos em vez de salários tributados”, afirma. “Vemos cada vez mais um planejamento tributário que amplia as rendas isentas e onera as rendas mais baixas”, completa Santos.
CONCENTRAÇÃO – O presidente do Sindifisco ressalta que 94% dos declarantes têm renda de até 20 salários mínimos (até R$ 26.400 mensais) e concentram 52% do total declarado. Já os 6% que ganham acima desse valor respondem pelos 48% restantes. “É justamente nesses 6% que se concentra a maior parte das parcelas isentas. E esse movimento tem se intensificado nos últimos anos, com uma queda na alíquota efetiva das rendas mais altas e um leve aumento para as rendas mais baixas”, diz o executivo.
Após 30 anos de debate, a reforma tributária foi aprovada no fim de 2023. Mas foi apenas em julho deste ano que a Câmara dos Deputados aprovou a primeira etapa do processo, que regulamenta a cobrança de impostos sobre o consumo de bens e serviços. A expectativa é que essas mudanças entrem em vigor de forma completa apenas em 2033.
A segunda parte do projeto, que trata da tributação sobre a renda, ainda está em discussão. No fim de agosto, por exemplo, a Câmara aprovou urgência para o projeto que amplia a faixa de isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil mensais.
PROMESSA – A ampliação da faixa de isenção foi uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e é uma das principais apostas do governo. Além disso, discute-se a possibilidade de taxar lucros e dividendos e de criar uma alíquota mínima para a alta renda.
Segundo Santos, a reforma busca reverter a tendência de cobrar alíquotas mais altas das rendas baixas do que das rendas milionárias. “Esse projeto do governo deve desonerar quem ganha até R$ 5 mil. Mas isso ainda é uma correção parcial do problema e precisará ser revisitado”, diz. “O correto seria a gente revogar a isenção de lucros e dividendos e corrigir a tabela do IR. Isso poderia reduzir a carga tributária sobre todos os trabalhadores ou até diminuir a alíquota sobre o consumo”, afirma.
O executivo ressalta que este é apenas o primeiro passo de uma longa jornada para aprimorar o sistema tributário brasileiro. “Em 2026, praticamente se encerra a discussão tributária. Esse é um primeiro passo, mas nunca poderá ser considerado um passo definitivo.”
Uai! Não votam na Organização Petsia e tem que sustentar seu bem estar na Civilização?
https://revistaoeste.com/politica/lula-disse-metalurgico-salario-r-8-mil-nao-quer-votar-na-gente/
Uai! Não votam na Organização Petista e têm que sustentar seu bem estar na Civilização?
Quem banca alçados, exige retorno.
A Anistia, dado a sacanagem judicial da Organização Petista, urge, porque as pessoas inocentes não podem pegar canas maiores que narcotraficantes e assaltantes dos aposentados e cumprirem em regime fechado.
Mas o correto é a anulação dos processos nascidos nulos!
O lawfare é o maior beneficiado.
https://www.instagram.com/biakicis/reel/DOuZ50CiaYT/
Estão com o ânus inter-dígitos.
“Animus Mihi In Genu Est”, segundo os insignes.
Digamos assim: “não passa um mínimo caroço de abacate”.
Creio que uma anistia “in femoribus” (prave factum) não evitará os B2s imperialistas nas cucas vazias dos pré-julgadores. Daí, deverá mesmo ser ampla, geral e irrestrita..
1) Licença… antigo ditado latino: “Vox Populi Vox Day”=’A Voz do Povo é a Voz de Deus”…
2) Apelidaram a PEC da Blindagem de ‘PEC da Bandidagem’… e já está circulando na web…
Infelizmente, e muito pragamaticamente, a PEC da blindagem é o instrumento, no momento, adequado pra tirar o controle da máquina judiciários totalitária da Organização Petista sobre o Legislativo.
E-XA-TA-MEN-TE (mas é difícil fazer torcedores perceberem isso).