Comunicação segue entre os principais desafios do Planalto
Malu Gaspar
O Globo
A nova rodada de pesquisa de avaliação do presidente Lula divulgada na última semana pela Genial/Quaest apontou uma estabilidade nos índices do petista, mas trouxe uma péssima notícia para o governo: a quase um ano da eleição, a comunicação segue entre seus principais desafios do Palácio do Planalto. De acordo com o levantamento, 43% dos entrevistados disseram não ter ouvido nenhuma notícia positiva relacionada à sua gestão.
O percentual se refere a respostas espontâneas ao questionamento sobre as informações mais positivas do governo Lula. O percentual está muito à frente dos outros temas que se destacaram, como a ampliação dos programas sociais (7%) e o enfrentamento ao tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (6%).
SALÁRIO MÍNIMO – O aumento do salário mínimo, que tem sido reajustado acima da inflação e é bandeira histórica do PT, só foi citado por 1% dos entrevistados. Além disso, o índice dos que não souberam citar boas notícias relacionadas à gestão petista é o dobro daqueles que disseram não ter tido ciência de informações negativas sobre o governo (24%).
Quando os entrevistados foram questionados de forma estimulada se ouviram mais notícias boas ou ruins a respeito de Lula, as “mais negativas” (45%) também se sobrepuseram às ‘mais positivas” (27%). Logo atrás estão os que afirmaram não ter acompanhado notícias (23%).
Outro recorte da Genial/Quaest que chama atenção é o dos programas do governo do PT. Em relação ao Agora Tem Especialistas, carro-chefe do Ministério da Saúde que Lula espera apresentar como uma vitrine de seu terceiro mandato na campanha à reeleição, 80% disseram não conhecê-lo e, por isso, não podiam opinar sobre ele.
DEMISSÃO – Como mostrou O Globo, as dificuldades na implementação do programa na gestão Nísia Trindade na pasta contribuíram para a demissão da então ministra em fevereiro passado pelo presidente. Pelo mesmo motivo, a bandeira foi abraçada como a principal prioridade de seu sucessor, Alexandre Padilha.
Para efeito de comparação, outra novidade do governo Lula, a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, é desconhecida por apenas 30% dos entrevistados. Por outro lado, a taxa desaba no caso de programas consolidados desde as primeiras gestões do PT como o Bolsa Família (1%).
A comunicação tem sido um dos principais desafios do presidente no seu retorno ao Palácio do Planalto em um ambiente de polarização, notícias falsas e pulverização de conteúdos por diferentes redes sociais. Além disso, o domínio da direita bolsonarista nesta seara torna o processo ainda mais pedregoso para o presidente, pouco afeito às redes sociais antes de voltar ao poder.
BUSCA DE SOLUÇÃO – Atribuir índices de popularidade abaixo do esperado à dificuldade em se comunicar com a população tornou-se um chavão entre ministros desde a posse de Lula, que aparentemente caminha rumo às eleições sem uma fórmula que solucione a questão.
Depois de dois anos com tropeços do governo, o presidente decidiu demitir o então ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, e nomear o marqueteiro de sua campanha em 2022, Sidônio Palmeira, para o cargo com ares de “bala de prata”. A movimentação, inclusive, seria o prenúncio de uma ampla reforma ministerial que não se concretizou.
Passados nove meses desde a nomeação de Sidônio, os números da Genial/Quaest sugerem que o desafio está longe de ser superado – ainda que o titular da Secom tenha declarado na última quarta-feira não ter “absolutamente nenhuma preocupação” com os resultados da pesquisa.
LICITAÇÃO – A maior aposta do governo Lula para o setor segue sendo uma licitação de comunicação digital que se arrasta desde 2023. O edital foi finalmente aberto em 2024 projetando o contrato mais caro da história do Planalto no âmbito da comunicação, R$ 197,7 milhões.
O certame foi aberto na modalidade de melhor técnica no lugar da escolha pelo menor preço, como é de praxe na administração pública, mas acabou suspenso pelo Tribunal de Contas da União (TCU) depois que a lista de agências vencedoras foi antecipada na véspera da divulgação do resultado pelo site O Antagonista. A corte contábil posteriormente liberou a retomada da concorrência, mas, já empossado na Secom, Sidônio preferiu abrir uma nova licitação. Isso só ocorreu em julho passado, e o custo estimado agora é de R$ 98 milhões.
O processo ainda está em curso, sem previsão de conclusão. A julgar pelos números da Genial/Quaest e pela proximidade do período eleitoral, a missão de corrigir as falhas de Lula na comunicação se assemelha cada vez mais a uma corrida contra o relógio, apesar do favoritismo nos cenários eleitorais a mais de um ano da eleição em uma disputa sem candidatos definidos.
Lula recupera popularidade em meio aos erros de seus adversários
Numa semana em que a Câmara jogou “às favas todos os escrúpulos de consciência”, (…) as pesquisas revelaram que Lula não apenas se mantém à frente de todos os candidatos de 2026 como corre sozinho, sem adversários, na raia de esquerda e centro-esquerda.
Lula entrou em 2025 com popularidade e perspectivas de reeleição no fundo do poço, mas se recuperou ao longo do ano, não exatamente pelos acertos e feitos do governo, mas pelo acúmulo de erros do bolsonarismo. Lula joga parado, a oposição faz gol contra.
A recuperação começou com o discurso de “pobres contra ricos”, quando o governo lançou a isenção do IR até R$ 5 mil e a oposição defendeu os super-ricos da compensação.
Dudu Bananinha, gênio da política, contribuiu bastante: desertar e armar os States contra o Brasil foi um tiro de canhão no bolsonarismo.
Lula voltou a ser competitivo e único adversário dos bolsonaristas, como defensor dos pobres e da soberania do Brasil, contra o “imperador do mundo”, Laranjão.
O julgamento do ex-mito e do “núcleo crucial” fez o resto: as provas são fartas e os ministros da 1ª Turma do STF foram didáticos, ao detalhar a tentativa de cooptação das Forças Armadas para anular o resultado das eleições, impedir a posse do eleito e levar o País ao caos.
Mas a melhor notícia para Lula é que o sobrenome Bolsonaro está em queda livre e isso inclui Jair, Michelle e Eduardo.
Fonte: O Estado de S. Paulo, Política, 20/09/2025 | 20h00 Por Eliane Cantanhêde
Assistam!
“Instruções para golpes!”
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PS. “O Conto da Carochinha”!
“Em resumo, “Conto da Carochinha” pode ser tanto o título de um livro de contos tradicionais quanto um termo coloquial para histórias fictícias ou mentiras óbvias.”
Conclusão: Eventos que comprovam ações do Sindicato Internacional de Crime Organizado, que fez a infiltrada “inteligência” nacional, emburrecer!
“Para tanto alçados e LOCUPLETOS” ,optaram por trair paises e povos!
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A resposta está no próprio texto da jornalista: o reajuste do salário mínimo acima da inflação. Um feito tão “grandioso” que merecia busto em praça pública — se não fosse só maquiagem de planilha. Afinal, quem acredita nos índices do desgoverno? São tão confiáveis quanto pesquisa eleitoral de véspera. E convenhamos: quem é que sobrevive apenas de salário mínimo neste cabaré tropical? Talvez os eternos “bolsa-qualquer-coisa”, massa de manobra de cada populista da vez. Ironia maior é que esses nem piscam para o ajuste, pois já estão ocupados batendo palmas para o messias de pesquisas, enquanto continuam devidamente acorrentados ao cabresto do populismo.
Apátridas, atentai!
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infelizmente o STF não tem poder algum de mudar a realidade e, ao que parece, não está conseguindo conter o crescimento do bolsonarismo e da Direita, que certamente sairá vencedora, notadamente no Legislativo.
Uma eventual reeleição do Lula será a exposição da incompetência e inutlidade deste sujeito explicitamente.
Não há mais grana estatal pra compra de votos dos “jornalistas, intelectuais, artiatas” e famélicos.