Bolsonarismo em colapso: de anistia frustrada a elogios de Trump a Lula

Bolsonaristas vivem “semana-bomba”

Bela Megale
O Globo

“Semana-bomba”. É assim que aliados de Jair Bolsonaro de dentro e de fora do Congresso têm se referido, em reservado, aos acontecimentos dos últimos dias. A convocação das manifestações de domingo (21) contra a PEC da Blindagem, que dificulta a investigação de parlamentares, e contra a anistia do ex-presidente e condenados do 8 de janeiro marcaram o início da “maré de azar bolsonarista”.

Surpreendidos pela dimensão dos atos, que chegaram a superar o tamanho de manifestações de grande porte convocadas pela direita, como o último 7 de setembro na Avenida Paulista, os bolsonaristas passaram a criticar a vinculação da PEC da Blindagem à anistia.

QUEIXAS – Os líderes do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante e Zucco, e no Senado, Rogério Marinho, entraram no radar das queixas de expoentes da direita por terem articulado a votação da anistia próxima a uma pauta tóxica como a blindagem dos parlamentares.

O revés de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na Câmara, após ser nomeado como líder pelo PL para não ter as faltas contabilizadas e, assim, evitar sua cassação, foi outro banho de água fria.

Na terça-feira (23), o presidente da casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), barrou a estratégia e vetou a indicação do parlamentar. Em paralelo, o Conselho de Ética da Câmara abriu um processo que pode levar à cassação do deputado por condutas incompatíveis com o mandato.

COAÇÃO – Além disso, ele foi denunciado por coação pela Procuradoria-Geral da República por sua atuação nos Estados Unidos de estimular sanções a autoridades brasileiras para interferir no julgamento de Jair Bolsonaro.

Os elogios inesperados de Donald Trump a Lula durante a Assembleia Geral da ONU foram o fator, que segundo aliados do ex-presidente, coroou a “semana-bomba”. Apesar de a ordem ser minimizar a fala do presidente americano de que ele e o petista tiveram uma “ótima química”, o gesto esvazia a narrativa de que só Eduardo Bolsonaro e seus aliados têm o monopólio do acesso ao americano.

“CARA MUITO LEGAL” – “Ele parece um cara muito legal, ele gosta de mim e eu gostei dele. E eu só faço negócio com gente de quem eu gosto. Quando não gosto deles, eu não faço. Quando eu não gosto, eu não gosto. Por 39 segundos, nós tivemos uma ótima química e isso é um bom sinal”, disse Trump em seu discurso sobre Lula.

A torcida para que a conversa marcada para a semana que vem entre ambos sobre o tarifaço não prospere passou a ser o foco dos aliados de Jair Bolsonaro, que temem que a aproximação entre os dois presidentes possa enterrar de vez a anistia.

13 thoughts on “Bolsonarismo em colapso: de anistia frustrada a elogios de Trump a Lula

  1. COM OS ELOGIOS A LULA AO VIVO NA ONU, TRUMP NÃO SÓ SURPREENDEU O PLANETA COMO ABALOU O EX-MITO E FILHOS, NOTADAMENTE O BANANINHA, DEIXANDO-OS E AOS SEUS ASSECLAS TOTALMENTE DESNORTEADOS.

  2. Kkkkkkkkkkkkkkk

    Trump adora elogiar ditadores infames.

    🔹 **Sobre Vladimir Putin (Rússia):**

    * Trump disse que Putin era “muito inteligente” e um “grande estrategista”, inclusive após movimentos militares da Rússia.
    * Afirmou: *“Se ele diz coisas boas sobre mim, eu direi coisas boas sobre ele”*.
    * Em 2016, declarou: *“Ao menos Putin é um líder, ao contrário do que temos nos Estados Unidos”*.

    🔹 **Sobre Xi Jinping (China):**

    * Trump afirmou diversas vezes: *“Xi Jinping é um grande líder, talvez o maior da China em 100 anos”*.
    * Disse que Xi é *“muito inteligente, muito forte, sempre sabe o que está fazendo”*.
    * Em 2019, chamou-o de *“um rei vitalício”* e completou: *“Acho ótimo, talvez devêssemos tentar isso algum dia”* (em tom irônico, mas polêmico).

    🔹 **Sobre Kim Jong-un (Coreia do Norte):**

    * Trump declarou que Kim *“é muito inteligente, um grande negociador”*.
    * Disse: *“Nós nos apaixonamos. Ele me mandava lindas cartas”*.
    * Após a primeira reunião em Singapura (2018), chamou-o de *“líder talentoso”* que *“ama muito seu povo”*.

    Fonte: ChatGpt

  3. OS ELOGIOS INESPERADOS DE TRUMP A LULA NA ASSEMBLÉIA DA ONU, TRANSMITIDOS AO VIVO PARA O PLANETA, NÃO SÓ SURPREENDEU A TODOS COMO ABALOU O EX-MITO E SEUS FILHOS, PRINCIPALMENTE BANANINHA, TUMULTUANDO OS BOLSONAROS E DEIXANDO-OS E SEUS ASSECLAS TOTALMENTE DESNORTEADOS.

    A FALA DE TRUMP DE QUE ELE E O LULA TIVERAM UMA “ÓTIMA QUÍMICA’ FOI UMA MUDANÇA DE PARADIGMA NA RELAÇÃO ATUAL BRASIL/EUA, ESVAZIANDO DE VEZ A NARRATIVA BOLSONARISTA DE QUE SÓ O EX-MITO, BANANINHA E SEUS ALIADOS “TÊM O MONOPÓLIO DO ACESSO” AO LARANJÃO.

  4. “Nos últimos dias, a repercussão das falas de Donald Trump sobre o presidente Lula revelou mais uma vez como a imprensa brasileira escolhe o que destacar e o que deixar de lado.

    A maioria dos veículos enfatizou apenas o “elogio sarcástico” de Trump, manchetes rápidas, fáceis de consumir e que despertam curiosidade imediata. Mas, ao fazer isso, deixaram em segundo plano as críticas pesadas que ele também dirigiu ao governo brasileiro.

    Esse recorte seletivo não é casual. O “elogio” irônico rende cliques, alimenta a polarização e é facilmente transformado em meme ou conteúdo viral nas redes sociais.

    Já as críticas diretas, quando colocadas em evidência, exigem contexto e podem gerar desconforto político, principalmente quando atingem o chefe de Estado em exercício.

    Ao privilegiar apenas a parte mais caricata, a imprensa cumpre o papel de entretenimento, mas falha no seu dever essencial: informar plenamente.

    Há também a dimensão ideológica. Parte dos veículos brasileiros, por alinhamento político ou por medo de enfrentar a reação de autoridades, evita destacar de forma clara as críticas ao governo. Essa seletividade acaba construindo uma narrativa parcial, em que o público recebe apenas o recorte conveniente, e não o quadro completo. O resultado é um jornalismo que mais protege do que questiona, mais ameniza do que aprofunda.

    O problema é que essa prática enfraquece o próprio debate público. Ao esconder críticas relevantes de figuras internacionais, a imprensa impede que a sociedade avalie o peso das palavras e reflita sobre a posição do Brasil no cenário global. Não se trata de concordar ou discordar de Trump, mas de reconhecer que suas falas têm impacto e merecem ser conhecidas por inteiro.

    Quando a informação é filtrada, a democracia perde. O cidadão tem o direito de receber os fatos como eles são, e não apenas o recorte mais conveniente. No fim das contas, a escolha da imprensa em destacar apenas o sarcasmo de Trump diz menos sobre o ex-presidente americano e muito mais sobre a fragilidade do jornalismo político brasileiro, que insiste em subestimar a capacidade de análise do seu público.”

    Coluna de Opinião: por @graziellecoppola
    Via:@ch7brasil

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *