Eduardo Bolsonaro é cobrado por faltas e pode entrar na Dívida Ativa da União

Câmara cobra Eduardo por faltas e dívida de R$ 13,9 mil

Luísa Marzullo
O Globo

A Câmara dos Deputados abriu um processo administrativo para cobrar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por faltas não justificadas ao longo do mês de março deste ano. O valor devido é de R$ 13,9 mil. A informação foi divulgada inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmada pelo O Globo.

As ausências se referem ao período em que o filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro já estava nos Estados Unidos, onde permanece desde fevereiro. Ele formalizou a licença apenas em 20 de março. Neste meio tempo, não justificou sua ausência.Na volta do recesso parlamentar, em agosto, voltou a mesma situação e suas faltas de agora podem ser cobradas no futuro.

DÉBITO NÃO QUITADO – No dia 13 de agosto, o gabinete recebeu a guia de recolhimento com vencimento em 12 de setembro. Até agora, porém, o débito não foi quitado. O cálculo do valor foi feito em cumprimento a um acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU). Em agosto, o tribunal recomendou que a Câmara investigasse o uso indevido de recursos públicos, direta ou indiretamente, para custear a estadia de Eduardo nos Estados Unidos.

Em nota, a Câmara afirmou que, diante da insuficiência de saldo em sua folha de pagamento, instaurou uma cobrança individualizada. Segundo o texto, “estão em curso os trâmites para inclusão do nome do devedor no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) e, posteriormente, o envio do processo à Dívida Ativa da União (DAU), para prosseguimento da cobrança”.

PESO POLÍTICO – O Cadin funciona como uma lista de devedores da União, que impede o acesso a benefícios e contratos com o poder público. Embora seja um procedimento administrativo, o episódio tem peso político. Eduardo foi indicado recentemente pelo PL para a liderança da Minoria, numa tentativa de blindá-lo das pressões internas, mas o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), indeferiu a escolha, alegando que não é possível exercer a função a partir do exterior.

A cobrança financeira se soma a outros focos de desgaste. Também nesta semana, o Conselho de Ética instaurou um processo que pode levar à cassação de seu mandato, a partir de uma representação do PT que o acusa de quebra de decoro por articular, no exterior, sanções contra autoridades brasileiras.

Fora do país há sete meses, Eduardo caminha para perder o mandato por excesso de faltas ainda em outubro, mas a oficialização do processo pode se arrastar para o próximo ano. O conjunto de medidas — da cobrança administrativa ao avanço no Conselho de Ética — é visto por aliados nos bastidores como um sinal de que a margem de proteção ao filho do ex-presidente está cada vez mais estreita.

9 thoughts on “Eduardo Bolsonaro é cobrado por faltas e pode entrar na Dívida Ativa da União

  1. No lawfare da Teoria Penal do Inimigo do STF, braço judicial da Organização Petista, os adversários são punidos pelo que são e não pelo que fazem. Isto preventivamente e inconstitucionalmente.

    Se continuarmos neste totalitarismo nepalizante, os filhos dos que sao serão punidos ainda no ventre.

    Ventre livre!

    _____

    Da Cidade Maravilhosa!

  2. Lula e sua Organização putrefata, decante e reacionária estão destruindo o país, notadamente seu acervo dos pensamentos críticos e científicos.

    Haja vista o balde de PHDs transformados em gênios imbecilizados.

    A Justiça tornou-se uma confraria de seus amiguinhos. Um teatro de horrores totalitários.

    Só o Zé U pra nos salvar. Quando a Suprema chega a este nivel de degradação, só mesmo intervenção externa.

  3. Falar bem ou mal do país é um direito do cidadão. Mas dentro do país! Fora do país, soa como traição. E mais: não se trata só de falar mal, houve incitamento a punições de nossas autoridades. Isso pega muito mal.

    • Não se preocupe Sr. Sablons,

      O caminho de Bangu 8, já está pavimentado pra esse traidor da pátria.

      É só uma questão de tempo…

      Esse canalha merece ver o sol quadrado por 30 anos no mínimo.

      Um abraço,
      José Luis

  4. Quando as autoridades partem pra decisões totalitarias e querem submeter o pais a seus desejos escabrosos, nefastos, escusos, egoistas, carentes de moralidade e legalidade, é hora da desobediência civil. Se não é possível no país, cuja Corte tornou-se uma confraria política de amiguinhos oportunistas e interresseiros, que se a faça de fora pra dentro.

    Algo como muitos fizeram à epoca da Ditadura sob nossos aplausos.

    Acho Figueiredo e Eduardo os ós, mas é justamente os contrários que devem ser respeitados e protegidos em regimes democráticos. Ainda que no campo das ideias os combatamos.

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