Logo alguém vai dizer que os craques fazem mal aos times…

EAST RUTHERFORD, NEW JERSEY - JULY 13: Ousmane Dembele #10 of Paris Saint-Germain warms up prior to the FIFA Club World Cup 2025 Final match between Chelsea FC and Paris Saint-Germain at MetLife Stadium on July 13, 2025 in East Rutherford, New Jersey. (Photo by Hector Vivas - FIFA/FIFA via Getty Images)

O craque francês Dembele foi escolhido o melhor do mundo

Tostão
Folha

Independentemente dos detalhes e fatos atuais, as pessoas costumam enxergar as coisas e criar conceitos e narrativas de acordo com o que pensam e desejam. Tornam-se tendenciosas, umas mais que as outras. É difícil ser um observador totalmente neutro.

As manifestações pelas ruas do país contra a anistia e contra a PEC da Blindagem  em favor dos congressistas, autorização para a bandidagem, são bem-vindas e necessárias. Outras deveriam ocorrer, contra as absurdas emendas parlamentares, o roubo dos aposentados no INSS, a crescente violência e criminalidade e tantas outras situações que assolam o Brasil há décadas, em diferentes tipos de governos.

O ESCOLHIDO – O melhor jogador do mundo é Mbappé, mesmo não sendo o melhor do ano. Dembélé, eleito, é um ótimo atacante, irregular e que teve um momento excepcional. É evidente a queda técnica e de prestígio de Vinicius Junior. Tomara que seja passageira.

Depois de meus dez dias de férias, sem ver futebol retorno e encontro situações diferentes e iguais. Os árbitros continuam ruins. Pior, o VAR, que deveria ter a função de corrigir um nítido erro do árbitro, fez o contrário: induziu o árbitro a marcar um pênalti que nunca existiu e que o árbitro não tinha assinalado.

Dez dias atrás, o melhor time do Brasil era o Flamengo. Agora falam que é o Palmeiras. Um analista disse que o Palmeiras melhorou porque não depende mais de Estêvão, com o argumento de que o time se concentrava demais no jogador. Daqui a pouco alguém vai dizer que os craques fazem mal aos times.

BONS OU RUINS – Quem não mudou é o Cruzeiro, que continua muito forte sob o comando de Leonardo Jardim. Difícil é entender o que ele fala.

No mundo do futebol, os jogadores e treinadores costumam ser rotulados de bons ou ruins, heróis ou vilões. Não é bem assim.

Guardiola é um excepcional treinador, revolucionário, mas também comete erros, embora raramente seja criticado. O Mancheste United, sob o comando de Guardiola, perdeu excelentes jogadores, como De Bruyne e Alvarez, e contratou outros que não se destacaram.

COMETER FALHAS – Rogério Ceni talvez seja entre os brasileiros o que teria hoje mais condições de ser técnico da seleção se Ancelotti não tivesse sido contratado. Porém Ceni comete falhas.

Contra o Ceará, no momento em que o Bahia jogava melhor, sob o comando criativo de Everton Ribeiro, Ceni substituiu o jogador e o time piorou. Esperei na entrevista que ele desse uma explicação, mas ninguém perguntou.

Contra o Flamengo, Fernando Diniz foi bastante elogiado pela agressividade e xingamentos ao jovem e talentoso Rayan.

EXAGEROS – A justificativa seria de que esse comportamento do treinador faz com que o atleta cresça no jogo e na carreira. Não há necessidade daquilo, que pode até surtir efeito contrário. Além do mais, o fator essencial para a evolução de um jovem é seu talento.

Sempre que Fernando Diniz dirige um time, exaltam o dinizismo, como se fosse uma grande novidade a saída de bola desde o goleiro com troca de passes. Hoje, quase todos os times do Brasil e do mundo adotam essa postura e a pressão para recuperar a bola na saída do goleiro. O futebol fica mais bonito e intenso.

A beleza é importantíssima, desde que associada à técnica e à eficiência. Não basta jogar bonito. É preciso vencer.

4 thoughts on “Logo alguém vai dizer que os craques fazem mal aos times…

  1. equívoco do craque Tostão que, pelo jeito, não foi percebido nem pela própria Folha: Guardiola não é técnico do Manchester United, como escreveu Tostão, mas do Manchester City.

  2. Os times(STF), em onze, são formados para fazer mal aos
    “torce-dores”!
    “Onze (11) é um número sagrado, embora represente “… tudo o que é pecaminoso, prejudicial e imperfeito” [Wescott, pág. 100].”

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