
Partidos resistem a apoiar projeto de deputado autoexilado
Deu na Folha
Atritado com o PL, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP) não terá vida fácil para encontrar um novo partido que viabilize seu plano de se candidatar a presidente em 2026. As principais legendas de direita, como União Brasil, PP, Republicanos e Novo, já têm seus projetos traçados. A maioria tende a apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso decida buscar o Planalto, ou lançará nomes próprios.
Uma possibilidade para Eduardo seria o PRD, que surgiu da fusão de PTB e o Patriota. O problema é que o partido forma uma federação com o Solidariedade, que resiste a Bolsonaro e tem como presidente Paulinho da Força, alvo de ataques do próprio Eduardo por rejeitar a anistia.
CONDIÇÃO JURÍDICA – “Além disso, é preciso saber em que condição jurídica estará o Eduardo no ano que vem, e se estará elegível e podendo fazer campanha”, diz Marcus Vinicius Ferreira, presidente do PRD. O Avante é mencionado por alguns aliados de Eduardo como uma alternativa, mas dependerá da saída do partido do deputado federal André Janones (MG), que lulista.
Restam as legendas menores, mas mesmo nelas há resistências. O DC (Democracia Cristã), cujo comando recentemente mudou de José Maria Eymael para o ex-deputado João Caldas, trabalha pela candidatura presidencial do ex-ministro Aldo Rebelo.
SIMPATIA – No PRTB, o nome de Eduardo tinha a simpatia do ex-presidente Leonardo Avalanche, mas enfrenta resistência do novo comandante do partido, Amauri Pinho. Já o PMB já teve filiados de direita radical como o ex-ministro Abraham Weintraub, mas aproximou-se da esquerda e chegou a apoiar a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) a prefeito de São Paulo no ano passado.
Entre as microlegendas de direita resta o Agir, que não foi localizado pelo Painel. Sem representação no Congresso, o partido não tem tempo de TV nem fundo partidário, no entanto.
Eduardo talvez nem enfrente esse dilema, uma vez que poderá ter os direitos políticos cassados pelo Congresso ou pelo STF. Na semana passada, ele foi denunciado pela Procuradoria Geral da República por coação no processo do golpe. Caso esteja elegível, em tese poderá se candidatar à distância, uma vez que não há nada na legislação eleitoral que impeça essa possibilidade.
No curtume da Folha a família Bolsonaro já tem o couro e a carcaça salgada há muito tempo.
Quando se entra na Folha e logo em cima está escrito, Deu na Folha, até os menos avisados já sabem que o Judas de Quaresma já está pendurado no poste.
Isso aqui não dá na Folha.
Governo injeta milhões onde Dirceu faz palestra
Obcecado por um mandato em 2026, o ex-ministro José Dirceu, preso nos escândalos do Mensalão e da Lava Jato, fará nesta quinta (2) “aula magna” em uma Universidade Brasil. A Ceisp Serviços Educacionais, a mantenedora, deve gratidão pelas verbas milionárias, como isenções fiscais que certamente não correm risco de corte por Fernando Haddad. À coluna, a entidade disse explicou que os repasses seriam do Fies e exclusivamente destinados ao pagamento das mensalidades dos alunos. E que a isenção fiscal relacionada ao Prouni, gerenciado pela Secretaria de Educação Superior . (CH)
Esta também não dá na Folha
‘Ordem superior’ mandou soltar o sócio de Careca
Hattem está entre os que desconfiam de “costas largas” de Robson Costa
28/09/2025 7:50 | Atualizado 28/09/2025 12:52
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Rubens Oliveira Costa, apontado como sócio do ‘Careca do INSS’. (Foto: Carlos Moura/Agência Senado).
Redação
Intrigou parlamentares da CPMI a rápida soltura de Rubens Costa, sócio e braço direito de Antônio Carlos Antunes, o Careca do INSS”, horas depois de haver recebido voz de prisão em flagrante por mentir e tentar enganar a comissão. Chamada, a “Polícia Legislativa” levou o preso, mas depois se soube que o havia soltado logo em seguida e sem pagar fiança. Foi mais uma demonstração de que o esquema liderado pelo Careca do INSS tem mesmo apoio político e “costas largas” no Senado. A informação é da Coluna Claudio Humberto, do Diário do Poder.
O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) tem lá suas desconfianças. Acha que Robson Costa foi solto por “ordem superior”, no Senado.
Os parlamentares querem exigir explicações do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, único que eles imaginam capaz de haver dado a ordem.
A rigor, somente o presidente da CPMI ou ministro do Supremo Tribunal Federal teriam poder de soltar o preso, e não o fizeram.
E essa?
Israel no Brasil
Em um gesto sem precedentes, o discurso do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu na Assembleia Geral foi transmitido ao vivo por alto-falantes de alta potência na fronteira com Gaza, dirigindo-se diretamente aos reféns do Hamas: “Aos nossos amados heróis: O Primeiro-Ministro Netanyahu fala com vocês ao vivo da Sede das Nações Unidas. Não os esquecemos por um único segundo. O povo de Israel está com vocês. Não cederemos nem descansaremos até que todos vocês retornem para casa.”
Politicamente, Bananinha não tem mais qualquer relevância
Ele será cassado, e se voltar ao Brasil será preso, porque vai ser condenado por obstrução da justiça; ele não tem escapatória.
Está num mundo de dimensão diferente da realidade, acha até que tem capacidade (vejam só!) de ser candidato a presidente.
Bananinha virou um pária, figura responsabilizada por ataques ao Brasil.
Mas o sonho dele é assumir a liderança que o ex-mito tem ou tinha, imediatamente. É uma questão psicanalítica, que Freud pode explicar, mas politicamente não tem nenhuma relevância.
Fonte: O Globo, Opinião, 29/09/2025 14h34 Por Merval Pereira
Bananinha tem complexo de grandeza. Mas, complexo só não resolve. É preciso ser de fato importante.